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Exemplos de

Ra

66 resultados encontrados


1. Marte

Existe uma parte da Geologia especialmente criada pa‎
estudar Marte ,é a Areologia ( de Ares, deus grego da guer
estudar Marte ,é a Areologia ( de Ares, deus grego da guer-‎
.)

2. Itaquaquecetuba

Itaquaquecetuba do tupi-gua‎
ní : itaquá (ra) = bambu quicé = faca tuba = lugar abunda
Itaquaquecetuba do tupi-guaraní : itaquá (‎
) = bambu quicé = faca tuba = lugar abundante em

3. Egito

Menos de 4% do terriório do Egito é próprio pa‎
a agricultu- ra , mas mesmo assim o país é o 10º maior p
de 4% do terriório do Egito é próprio para a agricultu- ‎
, mas mesmo assim o país é o 10º maior produtor de algod

4. Radical

Fulano gosta de correr riscos, só p‎
tica esportes radicais. Para resolver o problema tem que faz
Fulano gosta de correr riscos, só pratica esportes ‎
dicais. Para resolver o problema tem que fazer uma operaçã
no gosta de correr riscos, só pratica esportes radicais. Pa‎
resolver o problema tem que fazer uma operação ra- dical.
tes radicais. Para resolver o problema tem que fazer uma ope‎
ção ra- dical.
cais. Para resolver o problema tem que fazer uma operação ‎
- dical.


5. Mirtilo

Estudos apontam o mirtilo como eficaz no combate aos ‎
- dicais livres e ao colesterol ruim .

6. Paracleto

Classe g‎
matical de paracleto: Substantivo masculino Separação das
Classe gramatical de pa‎
cleto: Substantivo masculino Separação das sílabas de par
Classe gramatical de paracleto: Substantivo masculino Sepa‎
ção das sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plural de para
acleto: Substantivo masculino Separação das sílabas de pa‎
cleto: pa-ra-cle-to Plural de paracleto: paracletos Possui 9
tantivo masculino Separação das sílabas de paracleto: pa-‎
-cle-to Plural de paracleto: paracletos Possui 9 letras Poss
lino Separação das sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plu‎
l de paracleto: paracletos Possui 9 letras Possui as vogais:
ração das sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plural de pa‎
cleto: paracletos Possui 9 letras Possui as vogais: a e o Po
sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plural de paracleto: pa‎
cletos Possui 9 letras Possui as vogais: a e o Possui as con
o: pa-ra-cle-to Plural de paracleto: paracletos Possui 9 let‎
s Possui as vogais: a e o Possui as consoantes: c l p r t Pa
s Possui as vogais: a e o Possui as consoantes: c l p r t Pa‎
cleto escrita ao contrário: otelcarap
onsoantes: c l p r t Paracleto escrita ao contrário: otelca‎
p

7. Diego garcia

ão geográfica, sendo usada com frequência pela Inglater- ‎
e pelos EE.UU.

8. Paciência

É preciso ter paciência paatravessar por momentos difíce
ra É preciso ter paciência paat‎
vessar por momentos difíceis na vida crendo que tudo dará
momentos difíceis na vida crendo que tudo dará certo. Espe‎
r por boas novas, novidade de vida, apesar das dificuldades.


9. Carapicuíba

O nome "Ca‎
picuíba" tem origem na língua tupi. Porém seu significado
em poços", "cascudo", "escamose", "cará ruim comprido" (at‎
vés da junção dos termos ka'rá ("cará"), puku ("comprid
uku ("comprido") e aíb ("ruim"), "acará ruim comprido" (at‎
vés do termo aka'ra ("acará"), "aquele que se resolve em p
íb ("ruim"), "acará ruim comprido" (através do termo aka'‎
("acará"), "aquele que se resolve em poços" (derivado de
se resolve em poços" (derivado de "Quar-I-Picui-Bae", que e‎
o nome dado pelos índios ao ribeirão que, cortando a cida
e, cortando a cidade, faz divisa com Osasco) ou "fruto de ca‎
picu (Urena sinuata)", através da junção dos termos akar
ivisa com Osasco) ou "fruto de carapicu (Urena sinuata)", at‎
vés da junção dos termos akará, puku e 'ybá ("fruto).

10. Barca

rão, o amor se faz No barquinho pelo mar Que desliza sem pa‎
r Sem intenção, nossa canção Vai saindo desse mar E o so
ade de cantar Céu tão azul, ilhas do sul E o barquinho, co‎
ção Deslizando na canção Tudo isso é paz Tudo isso traz
oração Deslizando na canção Tudo isso é paz Tudo isso t‎
z Uma calma de verão E então O barquinho vai E a tardinha
------------------------------------------------- Auto de mo‎
lidade composto por Gil Vicente por contemplação da seren
icente por contemplação da sereníssima e muito católica ‎
inha Lianor, nossa senhora, e representado por seu mandado a
da sereníssima e muito católica rainha Lianor, nossa senho‎
, e representado por seu mandado ao poderoso príncipe e mui
rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome. Começa a decla‎
ção e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto,
ortugal deste nome. Começa a declaração e argumento da ob‎
. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no ponto q
ste nome. Começa a declaração e argumento da obra. Primei‎
mente, no presente auto, se fegura que, no ponto que acabamo
argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegu‎
que, no ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente
presente auto, se fegura que, no ponto que acabamos de espi‎
r, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos
atéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pe‎
o paraíso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem c
que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o pa‎
íso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um
stão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pe‎
o inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa:
o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um seu ar‎
is na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais
no: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do pa‎
íso um anjo, e o do inferno um arrais infernal e um companh
arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um ar‎
is infernal e um companheiro. O primeiro intrelocutor é um
ocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um ‎
bo mui comprido e üa cadeira de espaldas. E começa o Arrai
a com um Paje, que lhe leva um rabo mui comprido e üa cadei‎
de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidal
rabo mui comprido e üa cadeira de espaldas. E começa o Ar‎
is do Inferno ante que o Fidalgo venha. DIABO À barca, à b
IABO À barca, à barca, houlá! que temos gentil maré! - O‎
venha o carro a ré! COMPANHEIRO Feito, feito! Bem está! V
ro a ré! COMPANHEIRO Feito, feito! Bem está! Vai tu muitie‎
má, e atesa aquele palanco e despeja aquele banco, pera a g
itieramá, e atesa aquele palanco e despeja aquele banco, pe‎
a gente que virá. À barca, à barca, hu-u! Asinha, que se
se quer ir! Oh, que tempo de partir, louvores a Berzebu! - O‎
, sus! que fazes tu? Despeja todo esse leito! COMPANHEIRO Em
que fazes tu? Despeja todo esse leito! COMPANHEIRO Em boa ho‎
! Feito, feito! DIABO Abaixa aramá esse cu! Faze aquela poj
leito! COMPANHEIRO Em boa hora! Feito, feito! DIABO Abaixa a‎
má esse cu! Faze aquela poja lesta e alija aquela driça. C
OMPANHEIRO Oh-oh, caça! Oh-oh, iça, iça! DIABO Oh, que ca‎
vela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga alta! Âncora
Oh-oh, iça, iça! DIABO Oh, que caravela esta! Põe bandei‎
s, que é festa. Verga alta! Âncora a pique! - Ó poderoso
ravela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga alta! Ânco‎
a pique! - Ó poderoso dom Anrique, cá vindes vós?... Que
egando ao batel infernal, diz: FIDALGO Esta barca onde vai o‎
, que assi está apercebida? DIABO Vai pera a ilha perdida,
barca onde vai ora, que assi está apercebida? DIABO Vai pe‎
a ilha perdida, e há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pera
a? DIABO Vai pera a ilha perdida, e há-de partir logo ess'o‎
. FIDALGO Pera lá vai a senhora? DIABO Senhor, a vosso serv
era a ilha perdida, e há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pe‎
lá vai a senhora? DIABO Senhor, a vosso serviço. FIDALGO
, e há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pera lá vai a senho‎
? DIABO Senhor, a vosso serviço. FIDALGO Parece-me isso cor
GO Parece-me isso cortiço... DIABO Porque a vedes lá de fo‎
. FIDALGO Porém, a que terra passais? DIABO Pera o inferno,
DIABO Porque a vedes lá de fora. FIDALGO Porém, a que ter‎
passais? DIABO Pera o inferno, senhor. FIDALGO Terra é bem
s lá de fora. FIDALGO Porém, a que terra passais? DIABO Pe‎
o inferno, senhor. FIDALGO Terra é bem sem-sabor. DIABO Qu
que terra passais? DIABO Pera o inferno, senhor. FIDALGO Ter‎
é bem sem-sabor. DIABO Quê?... E também cá zombais? FID
?... E também cá zombais? FIDALGO E passageiros achais pe‎
tal habitação? DIABO Vejo-vos eu em feição pera ir ao n
chais pera tal habitação? DIABO Vejo-vos eu em feição pe‎
ir ao nosso cais... FIDALGO Parece-te a ti assi!... DIABO E
so cais... FIDALGO Parece-te a ti assi!... DIABO Em que espe‎
s ter guarida? FIDALGO Que leixo na outra vida quem reze sem
. DIABO Em que esperas ter guarida? FIDALGO Que leixo na out‎
vida quem reze sempre por mi. DIABO Quem reze sempre por ti
r ti?!.. Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi!... E tu viveste a teu p‎
zer, cuidando cá guarecer por que rezam lá por ti?!... Emb
por ti?!... Embarca - ou embarcai... que haveis de ir à der‎
deira! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. FI
i?!... Embarca - ou embarcai... que haveis de ir à derradei‎
! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. FIDALGO
rcai... que haveis de ir à derradeira! Mandai meter a cadei‎
, que assi passou vosso pai. FIDALGO Quê? Quê? Quê? Assi
DIABO Não, senhor, que este fretastes, e primeiro que expi‎
stes me destes logo sinal. FIDALGO Que sinal foi esse tal? D
se tal? DIABO Do que vós vos contentastes. FIDALGO A estout‎
barca me vou. Hou da barca! Para onde is? Ah, barqueiros! N
tentastes. FIDALGO A estoutra barca me vou. Hou da barca! Pa‎
onde is? Ah, barqueiros! Não me ouvis? Respondei-me! Houl
O Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do Pa‎
íso é esta em que navegais. ANJO Esta é; que demandais? F
o de solar, é bem que me recolhais. ANJO Não se embarca ti‎
nia neste batel divinal. FIDALGO Não sei porque haveis por
porque haveis por mal que entre a minha senhoria... ANJO Pe‎
vossa fantesia mui estreita é esta barca. FIDALGO Pera sen
O Pera vossa fantesia mui estreita é esta barca. FIDALGO Pe‎
senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a pra
ra senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a p‎
ncha e atavio! Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós
ais cortesia? Venha a prancha e atavio! Levai-me desta ribei‎
! ANJO Não vindes vós de maneira pera entrar neste navio.
avio! Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de manei‎
pera entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira
Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de maneira pe‎
entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entr
-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de maneira pera ent‎
r neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e
ra pera entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadei‎
entrará e o rabo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá
a entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira ent‎
rá e o rabo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá mais e
este navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e o ‎
bo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá mais espaçoso,
is lá mais espaçoso, vós e vossa senhoria, cuidando na ti‎
nia do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezas
DIABO À barca, à barca, senhores! Oh! que maré tão de p‎
ta! Um ventozinho que mata e valentes remadores! Diz, cantan
me veniredes. FIDALGO Ao Inferno, todavia! Inferno há i pe‎
mi? Oh triste! Enquanto vivi não cuidei que o i havia: Tiv
triste! Enquanto vivi não cuidei que o i havia: Tive que e‎
fantesia! Folgava ser adorado, confiei em meu estado e não
cuidei que o i havia: Tive que era fantesia! Folgava ser ado‎
do, confiei em meu estado e não vi que me perdia. Venha ess
confiei em meu estado e não vi que me perdia. Venha essa p‎
ncha! Veremos esta barca de tristura. DIABO Embarque vossa d
me perdia. Venha essa prancha! Veremos esta barca de tristu‎
. DIABO Embarque vossa doçura, que cá nos entenderemos...
! Veremos esta barca de tristura. DIABO Embarque vossa doçu‎
, que cá nos entenderemos... Tomarês um par de remos, vere
egando ao nosso cais, todos bem vos serviremos. FIDALGO Espe‎
r-me-ês vós aqui, tornarei à outra vida ver minha dama qu
erviremos. FIDALGO Esperar-me-ês vós aqui, tornarei à out‎
vida ver minha dama querida que se quer matar por mi. Dia,
r por ti?!... FIDALGO Isto bem certo o sei eu. DIABO Ó namo‎
do sandeu, o maior que nunca vi!... FIDALGO Como pod'rá iss
d'rá isso ser, que m'escrevia mil dias? DIABO Quantas menti‎
s que lias, e tu... morto de prazer!... FIDALGO Pera que é
il dias? DIABO Quantas mentiras que lias, e tu... morto de p‎
zer!... FIDALGO Pera que é escarnecer, quem nom havia mais
as mentiras que lias, e tu... morto de prazer!... FIDALGO Pe‎
que é escarnecer, quem nom havia mais no bem? DIABO Assi v
Isto quanto ao que eu conheço... DIABO Pois estando tu expi‎
ndo, se estava ela requebrando com outro de menos preço. FI
ço... DIABO Pois estando tu expirando, se estava ela requeb‎
ndo com outro de menos preço. FIDALGO Dá-me licença, te p
Quanto ela hoje rezou, antre seus gritos e gritas, foi dar g‎
ças infinitas a quem a desassombrou. FIDALGO Cant'a ela, be
E as lástimas que dezia? DIABO Sua mãe lhas ensinou... Ent‎
i, meu senhor, entrai: Ei la prancha! Ponde o pé... FIDALGO
ezia? DIABO Sua mãe lhas ensinou... Entrai, meu senhor, ent‎
i: Ei la prancha! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que
Sua mãe lhas ensinou... Entrai, meu senhor, entrai: Ei la p‎
ncha! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que assi é. DIA
! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que assi é. DIABO O‎
, senhor, descansai, passeai e suspirai. Em tanto virá mais
s que assi é. DIABO Ora, senhor, descansai, passeai e suspi‎
i. Em tanto virá mais gente. FIDALGO Ó barca, como és ard
dente! Maldito quem em ti vai! Diz o Diabo ao Moço da cadei‎
: DIABO Nom entras cá! Vai-te d'i! A cadeira é cá sobeja;
em em ti vai! Diz o Diabo ao Moço da cadeira: DIABO Nom ent‎
s cá! Vai-te d'i! A cadeira é cá sobeja; cousa que esteve
Moço da cadeira: DIABO Nom entras cá! Vai-te d'i! A cadei‎
é cá sobeja; cousa que esteve na igreja nom se há-de emb
hetada de dolores, com tais modos de lavores, que estará fo‎
de si... À barca, à barca, boa gente, que queremos dar à
! que barca tão valente! Vem um Onzeneiro, e pergunta ao Ar‎
is do Inferno, dizendo: ONZENEIRO Pera onde caminhais? DIABO
eiro, e pergunta ao Arrais do Inferno, dizendo: ONZENEIRO Pe‎
onde caminhais? DIABO Oh! que má-hora venhais, onzeneiro,
dizendo: ONZENEIRO Pera onde caminhais? DIABO Oh! que má-ho‎
venhais, onzeneiro, meu parente! Como tardastes vós tanto?
meu parente! Como tardastes vós tanto? ONZENEIRO Mais quise‎
eu lá tardar... Na safra do apanhar me deu Saturno quebran
s vós tanto? ONZENEIRO Mais quisera eu lá tardar... Na saf‎
do apanhar me deu Saturno quebranto. DIABO Ora mui muito m'
era eu lá tardar... Na safra do apanhar me deu Saturno queb‎
nto. DIABO Ora mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro
dar... Na safra do apanhar me deu Saturno quebranto. DIABO O‎
mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro!... ONZENEIRO
Saturno quebranto. DIABO Ora mui muito m'espanto nom vos liv‎
r o dinheiro!... ONZENEIRO Solamente para o barqueiro nom me
espanto nom vos livrar o dinheiro!... ONZENEIRO Solamente pa‎
o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO Ora entrai,
nheiro!... ONZENEIRO Solamente para o barqueiro nom me leixa‎
m nem tanto... DIABO Ora entrai, entrai aqui! ONZENEIRO Não
amente para o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO O‎
entrai, entrai aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar! DI
para o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO Ora ent‎
i, entrai aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar! DIABO Oh
barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO Ora entrai, ent‎
i aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar! DIABO Oh! que ge
u i d'embarcar! DIABO Oh! que gentil recear, e que cousas pe‎
mi!... ONZENEIRO Ainda agora faleci, leixa-me buscar batel!
gentil recear, e que cousas pera mi!... ONZENEIRO Ainda ago‎
faleci, leixa-me buscar batel! DIABO Pesar de Jam Pimentel!
r de Jam Pimentel! Porque não irás aqui?... ONZENEIRO E pe‎
onde é a viagem? DIABO Pera onde tu hás-de ir. ONZENEIRO
o irás aqui?... ONZENEIRO E pera onde é a viagem? DIABO Pe‎
onde tu hás-de ir. ONZENEIRO Havemos logo de partir? DIABO
partir? DIABO Não cures de mais linguagem. ONZENEIRO Mas pe‎
onde é a passagem? DIABO Pera a infernal comarca. ONZENEIR
s linguagem. ONZENEIRO Mas pera onde é a passagem? DIABO Pe‎
a infernal comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu tal barca. Es
nfernal comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu tal barca. Estout‎
tem avantagem. Vai-se à barca do Anjo, e diz: Hou da barca
is logo de partir? ANJO E onde queres tu ir? ONZENEIRO Eu pe‎
o Paraíso vou. ANJO Pois cant'eu mui fora estou de te leva
de partir? ANJO E onde queres tu ir? ONZENEIRO Eu pera o Pa‎
íso vou. ANJO Pois cant'eu mui fora estou de te levar para
? ONZENEIRO Eu pera o Paraíso vou. ANJO Pois cant'eu mui fo‎
estou de te levar para lá. Essoutra te levará; vai pera q
araíso vou. ANJO Pois cant'eu mui fora estou de te levar pa‎
lá. Essoutra te levará; vai pera quem te enganou! ONZENEI
NJO Pois cant'eu mui fora estou de te levar para lá. Essout‎
te levará; vai pera quem te enganou! ONZENEIRO Porquê? AN
fora estou de te levar para lá. Essoutra te levará; vai pe‎
quem te enganou! ONZENEIRO Porquê? ANJO Porque esse bolsã
ONZENEIRO Juro a Deus que vai vazio! ANJO Não já no teu co‎
ção. ONZENEIRO Lá me fica, de rondão, minha fazenda e al
! Sabês vós no que me fundo? Quero lá tornar ao mundo e t‎
zer o meu dinheiro. que aqueloutro marinheiro, porque me vê
, porque me vê vir sem nada, dá-me tanta borregada como ar‎
is lá do Barreiro. DIABO Entra, entra, e remarás! Nom perc
á-me tanta borregada como arrais lá do Barreiro. DIABO Ent‎
, entra, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENEIRO Toda
anta borregada como arrais lá do Barreiro. DIABO Entra, ent‎
, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENEIRO Todavia...
ZENEIRO Todavia... DIABO Per força é! Que te pês, cá ent‎
rás! Irás servir Satanás, pois que sempre te ajudou. ONZE
ZENEIRO Oh! Triste, quem me cegou? DIABO Cal'te, que cá cho‎
rás. Entrando o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo em
Triste, quem me cegou? DIABO Cal'te, que cá chorarás. Ent‎
ndo o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo embarcado, di
o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo embarcado, diz ti‎
ndo o barrete: ONZENEIRO Santa Joana de Valdês! Cá é voss
a com um remo que renegueis! Vem Joane, o Parvo, e diz ao Ar‎
is do Inferno: PARVO Hou daquesta! DIABO Quem é? PARVO Eu s
Hou daquesta! DIABO Quem é? PARVO Eu soo. É esta a naviar‎
nossa? DIABO De quem? PARVO Dos tolos. DIABO Vossa. Entra!
arra nossa? DIABO De quem? PARVO Dos tolos. DIABO Vossa. Ent‎
! PARVO De pulo ou de voo? Hou! Pesar de meu avô! Soma, vim
voo? Hou! Pesar de meu avô! Soma, vim adoecer e fui má-ho‎
morrer, e nela, pera mi só. DIABO De que morreste? PARVO D
eu avô! Soma, vim adoecer e fui má-hora morrer, e nela, pe‎
mi só. DIABO De que morreste? PARVO De quê? Samicas de ca
ó. DIABO De que morreste? PARVO De quê? Samicas de caganei‎
. DIABO De quê? PARVO De caga merdeira! Má rabugem que te
? Samicas de caganeira. DIABO De quê? PARVO De caga merdei‎
! Má rabugem que te dê! DIABO Entra! Põe aqui o pé! PARV
as de caganeira. DIABO De quê? PARVO De caga merdeira! Má ‎
bugem que te dê! DIABO Entra! Põe aqui o pé! PARVO Houlá
? PARVO De caga merdeira! Má rabugem que te dê! DIABO Ent‎
! Põe aqui o pé! PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco! DIABO
õe aqui o pé! PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco! DIABO Ent‎
, tolaço eunuco, que se nos vai a maré! PARVO Aguardai, ag
Ao porto de Lucifer. PARVO Ha-á-a... DIABO Ó Inferno! Ent‎
cá! PARVO Ò Inferno?... Eramá... Hiu! Hiu! Barca do corn
-á-a... DIABO Ó Inferno! Entra cá! PARVO Ò Inferno?... E‎
má... Hiu! Hiu! Barca do cornudo. Pêro Vinagre, beiçudo,
má... Hiu! Hiu! Barca do cornudo. Pêro Vinagre, beiçudo, ‎
chador d'Alverca, huhá! Sapateiro da Candosa! Antrecosto de
or d'Alverca, huhá! Sapateiro da Candosa! Antrecosto de car‎
pato! Hiu! Hiu! Caga no sapato, filho da grande aleivosa! Tu
ntrecosto de carrapato! Hiu! Hiu! Caga no sapato, filho da g‎
nde aleivosa! Tua mulher é tinhosa e há-de parir um sapo c
pão que te caiu! A mulher que te fugiu per'a Ilha da Madei‎
! Cornudo atá mangueira, toma o pão que te caiu! Hiu! Hiu!
her que te fugiu per'a Ilha da Madeira! Cornudo atá manguei‎
, toma o pão que te caiu! Hiu! Hiu! Lanço-te üa pulha! D
! Hump! Caga na vela! Hio, cabeça de grulha! Perna de cigar‎
velha, caganita de coelha, pelourinho da Pampulha! Mija n'a
e quiseres; porque em todos teus fazeres per malícia nom er‎
ste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos prazeres. Espera e
s fazeres per malícia nom erraste. Tua simpreza t'abaste pe‎
gozar dos prazeres. Espera entanto per i: veremos se vem al
malícia nom erraste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos p‎
zeres. Espera entanto per i: veremos se vem alguém, mereced
erraste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos prazeres. Espe‎
entanto per i: veremos se vem alguém, merecedor de tal bem
eremos se vem alguém, merecedor de tal bem, que deva de ent‎
r aqui. Vem um Sapateiro com seu avental e carregado de form
APATEIRO Hou da barca! DIABO Quem vem i? Santo sapateiro hon‎
do, como vens tão carregado?... SAPATEIRO Mandaram-me vir a
ateiro honrado, como vens tão carregado?... SAPATEIRO Manda‎
m-me vir assi... E pera onde é a viagem? DIABO Pera o lago
ns tão carregado?... SAPATEIRO Mandaram-me vir assi... E pe‎
onde é a viagem? DIABO Pera o lago dos danados. SAPATEIRO
RO Mandaram-me vir assi... E pera onde é a viagem? DIABO Pe‎
o lago dos danados. SAPATEIRO Os que morrem confessados ond
.. DIABO Tu morreste excomungado: Nom o quiseste dizer. Espe‎
vas de viver, calaste dous mil enganos... Tu roubaste bem tr
Tu roubaste bem trint'anos o povo com teu mester. Embarca, e‎
má pera ti, que há já muito que t'espero! SAPATEIRO Pois
ste bem trint'anos o povo com teu mester. Embarca, eramá pe‎
ti, que há já muito que t'espero! SAPATEIRO Pois digo-te
caminho per'aqui. SAPATEIRO E as ofertas que darão? E as ho‎
s dos finados? DIABO E os dinheiros mal levados, que foi da
os mal levados, que foi da satisfação? SAPATEIRO Ah! Nom p‎
za ò cordovão, nem à puta da badana, se é esta boa traqu
praza ò cordovão, nem à puta da badana, se é esta boa t‎
quitana em que se vê Jan Antão! Ora juro a Deus que é gra
adana, se é esta boa traquitana em que se vê Jan Antão! O‎
juro a Deus que é graça! Vai-se à barca do Anjo, e diz:
raquitana em que se vê Jan Antão! Ora juro a Deus que é g‎
ça! Vai-se à barca do Anjo, e diz: Hou da santa caravela,
e é graça! Vai-se à barca do Anjo, e diz: Hou da santa ca‎
vela, poderês levar-me nela? ANJO A cárrega t'embaraça. S
nta caravela, poderês levar-me nela? ANJO A cárrega t'emba‎
ça. SAPATEIRO Nom há mercê que me Deus faça? Isto uxique
uer irá. ANJO Essa barca que lá está Leva quem rouba de p‎
ça. Oh! almas embaraçadas! SAPATEIRO Ora eu me maravilho h
arca que lá está Leva quem rouba de praça. Oh! almas emba‎
çadas! SAPATEIRO Ora eu me maravilho haverdes por grão peg
va quem rouba de praça. Oh! almas embaraçadas! SAPATEIRO O‎
eu me maravilho haverdes por grão peguilho quatro forminha
ba de praça. Oh! almas embaraçadas! SAPATEIRO Ora eu me ma‎
vilho haverdes por grão peguilho quatro forminhas cagadas q
bem ir i chantadas num cantinho desse leito! ANJO Se tu vive‎
s dereito, Elas foram cá escusadas. SAPATEIRO Assi que dete
um cantinho desse leito! ANJO Se tu viveras dereito, Elas fo‎
m cá escusadas. SAPATEIRO Assi que determinais que vá coze
z: SAPATEIRO Hou barqueiros! Que aguardais? Vamos, venha a p‎
ncha logo e levai-me àquele fogo! Não nos detenhamos mais!
e levai-me àquele fogo! Não nos detenhamos mais! Vem um F‎
de com üa Moça pela mão, e um broquel e üa espada na out
de com üa Moça pela mão, e um broquel e üa espada na out‎
, e um casco debaixo do capelo; e, ele mesmo fazendo a baixa
, ele mesmo fazendo a baixa, começou de dançar, dizendo: F‎
DE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai
mo fazendo a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-‎
i-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-r
azendo a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-rai-‎
i-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: t
do a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-‎
-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-t
ançar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-‎
i-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Hu
ar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-‎
i-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huhá!
dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-‎
i-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huhá! DIA
im-rim-rã. Huhá! DIABO Que é isso, padre?! Que vai lá? F‎
DE Deo gratias! Som cortesão. DIABO Sabês também o tordi
. Huhá! DIABO Que é isso, padre?! Que vai lá? FRADE Deo g‎
tias! Som cortesão. DIABO Sabês também o tordião? FRADE
o gratias! Som cortesão. DIABO Sabês também o tordião? F‎
DE Porque não? Como ora sei! DIABO Pois entrai! Eu tangerei
. DIABO Sabês também o tordião? FRADE Porque não? Como o‎
sei! DIABO Pois entrai! Eu tangerei e faremos um serão. Es
o tordião? FRADE Porque não? Como ora sei! DIABO Pois ent‎
i! Eu tangerei e faremos um serão. Essa dama é ela vossa?
! Eu tangerei e faremos um serão. Essa dama é ela vossa? F‎
DE Por minha la tenho eu, e sempre a tive de meu, DIABO Feze
mosa! E não vos punham lá grosa no vosso convento santo? F‎
DE E eles fazem outro tanto! DIABO Que cousa tão preciosa..
eles fazem outro tanto! DIABO Que cousa tão preciosa... Ent‎
i, padre reverendo! FRADE Para onde levais gente? DIABO Pera
DIABO Que cousa tão preciosa... Entrai, padre reverendo! F‎
DE Para onde levais gente? DIABO Pera aquele fogo ardente qu
Que cousa tão preciosa... Entrai, padre reverendo! FRADE Pa‎
onde levais gente? DIABO Pera aquele fogo ardente que nom t
rai, padre reverendo! FRADE Para onde levais gente? DIABO Pe‎
aquele fogo ardente que nom temestes vivendo. FRADE Juro a
? DIABO Pera aquele fogo ardente que nom temestes vivendo. F‎
DE Juro a Deus que nom t'entendo! E este hábito no me val?
val? DIABO Gentil padre mundanal, a Berzebu vos encomendo! F‎
DE Corpo de Deus consagrado! Pela fé de Jesu Cristo, que eu
undanal, a Berzebu vos encomendo! FRADE Corpo de Deus consag‎
do! Pela fé de Jesu Cristo, que eu nom posso entender isto!
tender isto! Eu hei-de ser condenado?!... Um padre tão namo‎
do e tanto dado à virtude? Assi Deus me dê saúde, que eu
to dado à virtude? Assi Deus me dê saúde, que eu estou ma‎
vilhado! DIABO Não curês de mais detença. Embarcai e part
de mais detença. Embarcai e partiremos: tomareis um par de ‎
mos. FRADE Nom ficou isso n'avença. DIABO Pois dada está j
detença. Embarcai e partiremos: tomareis um par de ramos. F‎
DE Nom ficou isso n'avença. DIABO Pois dada está já a sen
cou isso n'avença. DIABO Pois dada está já a sentença! F‎
DE Pardeus! Essa seria ela! Não vai em tal caravela minha s
sentença! FRADE Pardeus! Essa seria ela! Não vai em tal ca‎
vela minha senhora Florença. Como? Por ser namorado e folga
ardeus! Essa seria ela! Não vai em tal caravela minha senho‎
Florença. Como? Por ser namorado e folgar com üa mulher s
em tal caravela minha senhora Florença. Como? Por ser namo‎
do e folgar com üa mulher se há um frade de perder, com ta
. Como? Por ser namorado e folgar com üa mulher se há um f‎
de de perder, com tanto salmo rezado?!... DIABO Ora estás b
há um frade de perder, com tanto salmo rezado?!... DIABO O‎
estás bem aviado! FRADE Mais estás bem corregido! DIABO D
, com tanto salmo rezado?!... DIABO Ora estás bem aviado! F‎
DE Mais estás bem corregido! DIABO Dovoto padre marido, hav
oto padre marido, haveis de ser cá pingado... Descobriu o F‎
de a cabeça, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o
haveis de ser cá pingado... Descobriu o Frade a cabeça, ti‎
ndo o capelo; e apareceu o casco, e diz o Frade: FRADE Mante
e a cabeça, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o F‎
de: FRADE Mantenha Deus esta c'oroa! DIABO ó padre Frei Cap
eça, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o Frade: F‎
DE Mantenha Deus esta c'oroa! DIABO ó padre Frei Capacete!
ABO ó padre Frei Capacete! Cuidei que tínheis barrete... F‎
DE Sabê que fui da pessoa! Esta espada é roloa e este broq
Reverença lição d'esgrima, que é cousa boa! Começou o f‎
de a dar lição d'esgrima com a espada e broquel, que eram
frade a dar lição d'esgrima com a espada e broquel, que e‎
m d'esgrimir, e diz desta maneira: FRADE Deo gratias! Demos
m a espada e broquel, que eram d'esgrimir, e diz desta manei‎
: FRADE Deo gratias! Demos caçada! Pera sempre contra sus!
spada e broquel, que eram d'esgrimir, e diz desta maneira: F‎
DE Deo gratias! Demos caçada! Pera sempre contra sus! Um fe
oquel, que eram d'esgrimir, e diz desta maneira: FRADE Deo g‎
tias! Demos caçada! Pera sempre contra sus! Um fendente! Or
r, e diz desta maneira: FRADE Deo gratias! Demos caçada! Pe‎
sempre contra sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primeira
maneira: FRADE Deo gratias! Demos caçada! Pera sempre cont‎
sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primeira levada. Alto!
atias! Demos caçada! Pera sempre contra sus! Um fendente! O‎
sus! Esta é a primeira levada. Alto! Levantai a espada! Ta
ra sempre contra sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primei‎
levada. Alto! Levantai a espada! Talho largo, e um revés!
nada! Quando o recolher se tarda o ferir nom é prudente. O‎
, sus! Mui largamente, cortai na segunda guarda! - Guarde-me
lá! Guardai as queixadas! DIABO Oh que valentes levadas! F‎
DE Ainda isto nom é nada... Demos outra vez caçada! Contra
valentes levadas! FRADE Ainda isto nom é nada... Demos out‎
vez caçada! Contra sus e um fendente, e, cortando largamen
RADE Ainda isto nom é nada... Demos outra vez caçada! Cont‎
sus e um fendente, e, cortando largamente, eis aqui sexta f
sexta feitada. Daqui saio com üa guia e um revés da primei‎
: esta é a quinta verdadeira. - Oh! quantos daqui feria!...
üa guia e um revés da primeira: esta é a quinta verdadei‎
. - Oh! quantos daqui feria!... Padre que tal aprendia no In
e tal aprendia no Inferno há-de haver pingos?!... Ah! Nom p‎
za a São Domingos com tanta descortesia! Tornou a tomar a M
ta descortesia! Tornou a tomar a Moça pela mão, dizendo: F‎
DE Vamos à barca da Glória! Começou o Frade a fazer o tor
mão, dizendo: FRADE Vamos à barca da Glória! Começou o F‎
de a fazer o tordião e foram dançando até o batel do Anjo
barca da Glória! Começou o Frade a fazer o tordião e fo‎
m dançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-ra-
tordião e foram dançando até o batel do Anjo desta manei‎
: FRADE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-r
ião e foram dançando até o batel do Anjo desta maneira: F‎
DE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-
oram dançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-‎
-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-
m dançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-ra-‎
-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-
ançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-ra-ra-‎
i-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-
njo desta maneira: FRADE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; ‎
i-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo gratias! H
desta maneira: FRADE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-‎
i-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo gratias! Há l
i-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo g‎
tias! Há lugar cá pera minha reverença? E a senhora Flore
i-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo gratias! Há lugar cá pe‎
minha reverença? E a senhora Florença polo meu entrará l
Deo gratias! Há lugar cá pera minha reverença? E a senho‎
Florença polo meu entrará lá! PARVO Andar, muitieramá!
á pera minha reverença? E a senhora Florença polo meu ent‎
rá lá! PARVO Andar, muitieramá! Furtaste esse trinchão,
senhora Florença polo meu entrará lá! PARVO Andar, muitie‎
má! Furtaste esse trinchão, frade? FRADE Senhora, dá-me
á lá! PARVO Andar, muitieramá! Furtaste esse trinchão, f‎
de? FRADE Senhora, dá-me à vontade que este feito mal est
PARVO Andar, muitieramá! Furtaste esse trinchão, frade? F‎
DE Senhora, dá-me à vontade que este feito mal está. Vamo
ar, muitieramá! Furtaste esse trinchão, frade? FRADE Senho‎
, dá-me à vontade que este feito mal está. Vamos onde hav
de que este feito mal está. Vamos onde havemos d'ir! Não p‎
za a Deus coa a ribeira! Eu não vejo aqui maneira senão, e
stá. Vamos onde havemos d'ir! Não praza a Deus coa a ribei‎
! Eu não vejo aqui maneira senão, enfim, concrudir. DIABO
ir! Não praza a Deus coa a ribeira! Eu não vejo aqui manei‎
senão, enfim, concrudir. DIABO Haveis, padre, de viir. FRA
ra senão, enfim, concrudir. DIABO Haveis, padre, de viir. F‎
DE Agasalhai-me lá Florença, e compra-se esta sentença: o
is, padre, de viir. FRADE Agasalhai-me lá Florença, e comp‎
-se esta sentença: ordenemos de partir. Tanto que o Frade f
compra-se esta sentença: ordenemos de partir. Tanto que o F‎
de foi embarcado, veio üa Alcoviteira, per nome Brízida Va
partir. Tanto que o Frade foi embarcado, veio üa Alcovitei‎
, per nome Brízida Vaz, a qual chegando à barca infernal,
zida Vaz, a qual chegando à barca infernal, diz desta manei‎
: BRÍZIDA Hou lá da barca, hou lá! DIABO Quem chama? BRÍ
IABO Quem chama? BRÍZIDA Brízida Vaz. DIABO E aguarda-me, ‎
paz? Como nom vem ela já? COMPANHEIRO Diz que nom há-de vi
O Diz que nom há-de vir cá sem Joana de Valdês. DIABO Ent‎
i vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu entrar lá. DIABO
s. DIABO Entrai vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu ent‎
r lá. DIABO Que sabroso arrecear! BRÍZIDA No é essa barca
o arrecear! BRÍZIDA No é essa barca que eu cato. DIABO E t‎
zês vós muito fato? BRÍZIDA O que me convém levar. Día.
tir, guarda-roupa d'encobrir, enfim - casa movediça; um est‎
do de cortiça com dous coxins d'encobrir. A mor cárrega qu
rir. A mor cárrega que é: essas moças que vendia. Daquest‎
mercadoria trago eu muita, à bofé! DIABO Ora ponde aqui o
rega que é: essas moças que vendia. Daquestra mercadoria t‎
go eu muita, à bofé! DIABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZID
ndia. Daquestra mercadoria trago eu muita, à bofé! DIABO O‎
ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pera o Paraíso!
fé! DIABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pe‎
o Paraíso! DIABO E quem te dixe a ti isso? BRÍZIDA Lá he
ABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pera o Pa‎
íso! DIABO E quem te dixe a ti isso? BRÍZIDA Lá hei-de ir
. Se fosse ò fogo infernal, lá iria todo o mundo! A estout‎
barca, cá fundo, me vou, que é mais real. Chegando à Bar
Barca da Glória diz ao Anjo: Barqueiro mano, meus olhos, p‎
ncha a Brísida Vaz. ANJO: Eu não sei quem te cá traz... B
hos, prancha a Brísida Vaz. ANJO: Eu não sei quem te cá t‎
z... BRÍZIDA Peço-vo-lo de giolhos! Cuidais que trago piol
e cá traz... BRÍZIDA Peço-vo-lo de giolhos! Cuidais que t‎
go piolhos, anjo de Deos, minha rosa? Eu sô aquela preciosa
iosa que dava as moças a molhos, a que criava as meninas pe‎
os cónegos da Sé... Passai-me, por vossa fé, meu amor, m
e nenhüa se perdeu. E prouve Àquele do Céu que todas acha‎
m dono. Cuidais que dormia eu sono? Nem ponto se me perdeu!
. Cuidais que dormia eu sono? Nem ponto se me perdeu! ANJO O‎
vai lá embarcar, não estês importunando. BRÍZIDA Pois e
e importunar, que não podes vir aqui. BRÍZIDA E que má-ho‎
eu servi, pois não me há-de aproveitar!... Torna-se Bríz
Barca do Inferno, dizendo: BRÍZIDA Hou barqueiros da má-ho‎
, que é da prancha, que eis me vou? E já há muito que aqu
o, dizendo: BRÍZIDA Hou barqueiros da má-hora, que é da p‎
ncha, que eis me vou? E já há muito que aqui estou, e pare
vou? E já há muito que aqui estou, e pareço mal cá de fo‎
. DIABO Ora entrai, minha senhora, e sereis bem recebida; se
há muito que aqui estou, e pareço mal cá de fora. DIABO O‎
entrai, minha senhora, e sereis bem recebida; se vivestes s
ito que aqui estou, e pareço mal cá de fora. DIABO Ora ent‎
i, minha senhora, e sereis bem recebida; se vivestes santa v
ou, e pareço mal cá de fora. DIABO Ora entrai, minha senho‎
, e sereis bem recebida; se vivestes santa vida, vós o sent
s bem recebida; se vivestes santa vida, vós o sentirês ago‎
... Tanto que Brízida Vaz se embarcou, veo um Judeu, com um
diz: JUDEU Que vai cá? Hou marinheiro! DIABO Oh! que má-ho‎
vieste!... JUDEU Cuj'é esta barca que preste? DIABO Esta b
om irá o judeu onde vai Brísida Vaz? Ao senhor meirinho ap‎
z? Senhor meirinho, irei eu? DIABO E o fidalgo, quem lhe deu
atel? Corregedor, coronel, castigai este sandeu! Azará, ped‎
miúda, lodo, chanto, fogo, lenha, caganeira que te venha!
eu! Azará, pedra miúda, lodo, chanto, fogo, lenha, caganei‎
que te venha! Má corrença que te acuda! Par el Deu, que t
la no dia de Nosso Senhor! E aperta o salvador, e mija na ca‎
vela! DIABO Sus, sus! Demos à vela! Vós, Judeu, irês à t
egado de feitos, e, chegando à barca do Inferno, com sua va‎
na mão, diz: CORREGEDOR Hou da barca! DIABO Que quereis? C
o senhor juiz? DIABO Oh amador de perdiz. gentil cárrega t‎
zeis! CORREGEDOR No meu ar conhecereis que nom é ela do meu
ai lá o direito? CORREGEDOR Nestes feitos o vereis. DIABO O‎
, pois, entrai. Veremos que diz i nesse papel... CORREGEDOR
ito? CORREGEDOR Nestes feitos o vereis. DIABO Ora, pois, ent‎
i. Veremos que diz i nesse papel... CORREGEDOR E onde vai o
atel? DIABO No Inferno vos poeremos. CORREGEDOR Como? À ter‎
dos demos há-de ir um corregedor? DIABO Santo descorregedo
regedor? DIABO Santo descorregedor, embarcai, e remaremos! O‎
, entrai, pois que viestes! CORREGEDOR Non est de regulae ju
? DIABO Santo descorregedor, embarcai, e remaremos! Ora, ent‎
i, pois que viestes! CORREGEDOR Non est de regulae juris, n
mão! Remaremos um remo destes. Fazei conta que nacestes pe‎
nosso companheiro. - Que fazes tu, barzoneiro? Faze-lhe ess
sso companheiro. - Que fazes tu, barzoneiro? Faze-lhe essa p‎
ncha prestes! CORREGEDOR Oh! Renego da viagem e de quem me h
m entendo esta barcagem, nem hoc nom potest esse. DIABO Se o‎
vos parecesse que nom sei mais que linguagem... Entrai, ent
O Se ora vos parecesse que nom sei mais que linguagem... Ent‎
i, entrai, corregedor! CORREGEDOR Hou! Videtis qui petatis -
vos parecesse que nom sei mais que linguagem... Entrai, ent‎
i, corregedor! CORREGEDOR Hou! Videtis qui petatis - Super j
o mando vigor? DIABO Quando éreis ouvidor nonne accepistis ‎
pina? Pois ireis pela bolina onde nossa mercê for... Oh! qu
a bolina onde nossa mercê for... Oh! que isca esse papel pe‎
um fogo que eu sei! CORREGEDOR Domine, memento mei! DIABO N
ue a vossa mulher levava? CORREGEDOR Isso eu não o tomava e‎
m lá percalços seus. Nom som pecatus meus, peccavit uxore
não temuistis Deus. A largo modo adquiristis sanguinis labo‎
torum ignorantis peccatorum. Ut quid eos non audistis? CORRE
is Deus. A largo modo adquiristis sanguinis laboratorum igno‎
ntis peccatorum. Ut quid eos non audistis? CORREGEDOR Vós,
is peccatorum. Ut quid eos non audistis? CORREGEDOR Vós, ar‎
is, nonne legistis que o dar quebra os pinedos? Os direitos
stis? CORREGEDOR Vós, arrais, nonne legistis que o dar queb‎
os pinedos? Os direitos estão quedos, sed aliquid tradidis
quebra os pinedos? Os direitos estão quedos, sed aliquid t‎
didistis... DIABO Ora entrai, nos negros fados! Ireis ao lag
s direitos estão quedos, sed aliquid tradidistis... DIABO O‎
entrai, nos negros fados! Ireis ao lago dos cães e vereis
itos estão quedos, sed aliquid tradidistis... DIABO Ora ent‎
i, nos negros fados! Ireis ao lago dos cães e vereis os esc
ago dos cães e vereis os escrivães como estão tão prospe‎
dos. CORREGEDOR E na terra dos danados estão os Evangelista
escrivães como estão tão prosperados. CORREGEDOR E na ter‎
dos danados estão os Evangelistas? DIABO Os mestres das bu
elistas? DIABO Os mestres das burlas vistas lá estão bem f‎
guados. Estando o Corregedor nesta prática com o Arrais inf
bem fraguados. Estando o Corregedor nesta prática com o Ar‎
is infernal chegou um Procurador, carregado de livros, e diz
regedor nesta prática com o Arrais infernal chegou um Procu‎
dor, carregado de livros, e diz o Corregedor ao Procurador:
Procurador, carregado de livros, e diz o Corregedor ao Procu‎
dor: CORREGEDOR Ó senhor Procurador! PROCURADOR Bejo-vo-las
e diz o Corregedor ao Procurador: CORREGEDOR Ó senhor Procu‎
dor! PROCURADOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse arrais
egedor ao Procurador: CORREGEDOR Ó senhor Procurador! PROCU‎
DOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse arrais? Que diz? D
curador! PROCURADOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse ar‎
is? Que diz? DIABO Que serês bom remador. Entrai, bacharel
diz esse arrais? Que diz? DIABO Que serês bom remador. Ent‎
i, bacharel doutor, e ireis dando na bomba. PROCURADOR E est
ador. Entrai, bacharel doutor, e ireis dando na bomba. PROCU‎
DOR E este barqueiro zomba... Jogatais de zombador? Essa gen
o zomba... Jogatais de zombador? Essa gente que aí está pe‎
onde a levais? DIABO Pera as penas infernais. PROCURADOR Di
bador? Essa gente que aí está pera onde a levais? DIABO Pe‎
as penas infernais. PROCURADOR Dix! Nom vou eu pera lá! Ou
tá pera onde a levais? DIABO Pera as penas infernais. PROCU‎
DOR Dix! Nom vou eu pera lá! Outro navio está cá, muito m
DIABO Pera as penas infernais. PROCURADOR Dix! Nom vou eu pe‎
lá! Outro navio está cá, muito milhor assombrado. DIABO
vou eu pera lá! Outro navio está cá, muito milhor assomb‎
do. DIABO Ora estás bem aviado! Entra, muitieramá! CORREGE
lá! Outro navio está cá, muito milhor assombrado. DIABO O‎
estás bem aviado! Entra, muitieramá! CORREGEDOR Confessas
, muito milhor assombrado. DIABO Ora estás bem aviado! Ent‎
, muitieramá! CORREGEDOR Confessaste-vos, doutor? PROCURADO
ilhor assombrado. DIABO Ora estás bem aviado! Entra, muitie‎
má! CORREGEDOR Confessaste-vos, doutor? PROCURADOR Bacharel
ntra, muitieramá! CORREGEDOR Confessaste-vos, doutor? PROCU‎
DOR Bacharel som. Dou-me à Demo! Não cuidei que era extrem
? PROCURADOR Bacharel som. Dou-me à Demo! Não cuidei que e‎
extremo, nem de morte minha dor. E vós, senhor Corregedor?
epois que o apanhais. DIABO Pois porque nom embarcais? PROCU‎
DOR Quia speramus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo...
anhais. DIABO Pois porque nom embarcais? PROCURADOR Quia spe‎
mus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo... Pera que espe
Quia speramus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo... Pe‎
que esperatis mais? Vão-se ambos ao batel da Glória, e, c
mus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo... Pera que espe‎
tis mais? Vão-se ambos ao batel da Glória, e, chegando, di
ria, e, chegando, diz o Corregedor ao Anjo: CORREGEDOR Ó ar‎
is dos gloriosos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pe
Ó arrais dos gloriosos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! p‎
gas pera papel, pera as almas odiosos! Como vindes preciosos
is dos gloriosos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pe‎
papel, pera as almas odiosos! Como vindes preciosos, sendo
osos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pera papel, pe‎
as almas odiosos! Como vindes preciosos, sendo filhos da ci
e passai-nos como vossos! PARVO Hou, homens dos breviairos, ‎
pinastis coelhorum et pernis perdigotorum e mijais nos campa
mijais nos campanairos! CORREGEDOR Oh! não nos sejais cont‎
iros, pois nom temos outra ponte! PARVO Belequinis ubi sunt?
ORREGEDOR Oh! não nos sejais contrairos, pois nom temos out‎
ponte! PARVO Belequinis ubi sunt? Ego latinus macairos. ANJ
vades embarcados nesse batel infernal. CORREGEDOR Oh! nom p‎
za a São Marçal! coa ribeira, nem co rio! Cuidam lá que
infernal. CORREGEDOR Oh! nom praza a São Marçal! coa ribei‎
, nem co rio! Cuidam lá que é desvario haver cá tamanho m
rio! Cuidam lá que é desvario haver cá tamanho mal! PROCU‎
DOR Que ribeira é esta tal! PARVO Parecês-me vós a mi com
que é desvario haver cá tamanho mal! PROCURADOR Que ribei‎
é esta tal! PARVO Parecês-me vós a mi como cagado nebri,
no Sardoal. Embarquetis in zambuquis! CORREGEDOR Venha a neg‎
prancha cá! Vamos ver este segredo. PROCURADOR Diz um text
ardoal. Embarquetis in zambuquis! CORREGEDOR Venha a negra p‎
ncha cá! Vamos ver este segredo. PROCURADOR Diz um texto do
DOR Venha a negra prancha cá! Vamos ver este segredo. PROCU‎
DOR Diz um texto do Degredo... DIABO Entrai, que cá se dir
ste segredo. PROCURADOR Diz um texto do Degredo... DIABO Ent‎
i, que cá se dirá! E Tanto que foram dentro no batel dos c
do Degredo... DIABO Entrai, que cá se dirá! E Tanto que fo‎
m dentro no batel dos condenados, disse o Corregedor a Bríz
rízida Vaz, porque a conhecia: CORREGEDOR Oh! esteis muitie‎
má, senhora Brízida Vaz! BRÍZIDA Já siquer estou em paz,
porque a conhecia: CORREGEDOR Oh! esteis muitieramá, senho‎
Brízida Vaz! BRÍZIDA Já siquer estou em paz, que não me
Já siquer estou em paz, que não me leixáveis lá. Cada ho‎
sentenciada: «Justiça que manda fazer....» CORREGEDOR E
fazer....» CORREGEDOR E vós... tornar a tecer e urdir out‎
meada. BRÍZIDA Dizede, juiz d'alçada: vem lá Pêro de Li
em que morreu Enforcado, e, chegando ao batel dos mal-aventu‎
dos, disse o Arrais, tanto que chegou: DIABO Venhais embora,
orcado, e, chegando ao batel dos mal-aventurados, disse o Ar‎
is, tanto que chegou: DIABO Venhais embora, enforcado! Que d
urados, disse o Arrais, tanto que chegou: DIABO Venhais embo‎
, enforcado! Que diz lá Garcia Moniz? ENFORCADO Eu te direi
Moniz? ENFORCADO Eu te direi que ele diz: que fui bem-aventu‎
do em morrer dependurado como o tordo na buiz, e diz que os
direi que ele diz: que fui bem-aventurado em morrer dependu‎
do como o tordo na buiz, e diz que os feitos que eu fiz me f
diz que os feitos que eu fiz me fazem canonizado. DIABO Ent‎
cá, governarás atá as portas do Inferno. ENFORCADO Nom
verno. DIABO Mando-te eu que aqui irás. ENFORCADO Oh! nom p‎
za a Barrabás! Se Garcia Moniz diz que os que morrem como e
BO Mando-te eu que aqui irás. ENFORCADO Oh! nom praza a Bar‎
bás! Se Garcia Moniz diz que os que morrem como eu fiz são
eu fiz são livres de Satanás... E disse que a Deus prouve‎
que fora ele o enforcado; e que fosse Deus louvado que em b
ão livres de Satanás... E disse que a Deus prouvera que fo‎
ele o enforcado; e que fosse Deus louvado que em bo'hora eu
fora ele o enforcado; e que fosse Deus louvado que em bo'ho‎
eu cá nacera; e que o Senhor m'escolhera; e por bem vi bel
forcado; e que fosse Deus louvado que em bo'hora eu cá nace‎
; e que o Senhor m'escolhera; e por bem vi beleguins. E com
uvado que em bo'hora eu cá nacera; e que o Senhor m'escolhe‎
; e por bem vi beleguins. E com isto mil latins, mui lindos,
i beleguins. E com isto mil latins, mui lindos, feitos de ce‎
. E, no passo derradeiro, me disse nos meus ouvidos que o lu
isto mil latins, mui lindos, feitos de cera. E, no passo der‎
deiro, me disse nos meus ouvidos que o lugar dos escolhidos
eiro, me disse nos meus ouvidos que o lugar dos escolhidos e‎
a forca e o Limoeiro; nem guardião do moesteiro nom tinha
ro nom tinha tão santa gente como Afonso Valente que é ago‎
carcereiro. DIABO Dava-te consolação isso, ou algum esfor
-te consolação isso, ou algum esforço? ENFORCADO Com o ba‎
ço no pescoço, mui mal presta a pregação... E ele leva a
as quem há-de estar no ar avorrece-lhe o sermão. DIABO Ent‎
, entra no batel, que ao Inferno hás-de ir! ENFORCADO O Mon
há-de estar no ar avorrece-lhe o sermão. DIABO Entra, ent‎
no batel, que ao Inferno hás-de ir! ENFORCADO O Moniz há-
São Miguel jentaria pão e mel tanto que fosse enforcado. O‎
, já passei meu fado, e já feito é o burel. Agora não se
rcado. Ora, já passei meu fado, e já feito é o burel. Ago‎
não sei que é isso: não me falou em ribeira, nem barquei
o burel. Agora não sei que é isso: não me falou em ribei‎
, nem barqueiro, nem barqueira, senão - logo ò Paraíso. I
isso: não me falou em ribeira, nem barqueiro, nem barquei‎
, senão - logo ò Paraíso. Isto muito em seu siso. e era s
m ribeira, nem barqueiro, nem barqueira, senão - logo ò Pa‎
íso. Isto muito em seu siso. e era santo o meu baraço... E
eira, senão - logo ò Paraíso. Isto muito em seu siso. e e‎
santo o meu baraço... Eu não sei que aqui faço: que é d
go ò Paraíso. Isto muito em seu siso. e era santo o meu ba‎
ço... Eu não sei que aqui faço: que é desta glória empr
roviso? DIABO Falou-te no Purgatório? ENFORCADO Disse que e‎
o Limoeiro, e ora por ele o salteiro e o pregão vitatório
u-te no Purgatório? ENFORCADO Disse que era o Limoeiro, e o‎
por ele o salteiro e o pregão vitatório; e que era mui no
ro, e ora por ele o salteiro e o pregão vitatório; e que e‎
mui notório que àqueles deciprinados eram horas dos finad
tatório; e que era mui notório que àqueles deciprinados e‎
m horas dos finados e missas de São Gregório. DIABO Quero-
io; e que era mui notório que àqueles deciprinados eram ho‎
s dos finados e missas de São Gregório. DIABO Quero-te des
o Gregório. DIABO Quero-te desenganar: se o que disse toma‎
s, certo é que te salvaras. Não o quiseste tomar... - Alto
te desenganar: se o que disse tomaras, certo é que te salva‎
s. Não o quiseste tomar... - Alto! Todos a tirar, que está
que te salvaras. Não o quiseste tomar... - Alto! Todos a ti‎
r, que está em seco o batel! - Saí vós, Frei Babriel! Aju
dai ali a botar! Vêm Quatro Cavaleiros cantando, os quais t‎
zem cada um a Cruz de Cristo, pelo qual Senhor e acrecentame
ual Senhor e acrecentamento de Sua santa fé católica morre‎
m em poder dos mouros. Absoltos a culpa e pena per privilég
Santa Igreja. E a cantiga que assi cantavam, quanto a palav‎
dela, é a seguinte: CAVALEIROS À barca, à barca segura,
avra dela, é a seguinte: CAVALEIROS À barca, à barca segu‎
, barca bem guarnecida, à barca, à barca da vida! Senhores
a bem guarnecida, à barca, à barca da vida! Senhores que t‎
balhais pola vida transitória, memória , por Deus, memóri
barca, à barca da vida! Senhores que trabalhais pola vida t‎
nsitória, memória , por Deus, memória deste temeroso cais
barca da vida! Vigiai-vos, pecadores, que, depois da sepultu‎
, neste rio está a ventura de prazeres ou dolores! À barca
pecadores, que, depois da sepultura, neste rio está a ventu‎
de prazeres ou dolores! À barca, à barca, senhores, barca
es, que, depois da sepultura, neste rio está a ventura de p‎
zeres ou dolores! À barca, à barca, senhores, barca mui no
anados assi cantando, com suas espadas e escudos, disse o Ar‎
is da perdição desta maneira: DIABO Cavaleiros, vós passa
espadas e escudos, disse o Arrais da perdição desta manei‎
: DIABO Cavaleiros, vós passais e nom perguntais onde is? 1
r conhecê-nos bem: morremos nas Partes d'Além, e não quei‎
is saber mais. DIABO Entrai cá! Que cousa é essa? Eu nom p
os nas Partes d'Além, e não queirais saber mais. DIABO Ent‎
i cá! Que cousa é essa? Eu nom posso entender isto! CAVALE
morre por Jesu Cristo não vai em tal barca como essa! Torna‎
m a prosseguir, cantando, seu caminho direito à barca da Gl
m, diz o Anjo: ANJO Ó cavaleiros de Deus, a vós estou espe‎
ndo, que morrestes pelejando por Cristo, Senhor dos Céus! S

11. Sépia

A sépia possue uma bolsa de tinta escu‎
que é usada pa- ra ajudá-la a fugir de predadores.
A sépia possue uma bolsa de tinta escura que é usada pa- ‎
ajudá-la a fugir de predadores.

12. Iletrado

Se tu vais continuar a ser assim tão ta‎
do, inda um dia hás-de acordar solenemente enrabado ... ape
ssim tão tarado, inda um dia hás-de acordar solenemente en‎
bado ... apenas p'ra variar e não morrer iletrado... MISSIV
da um dia hás-de acordar solenemente enrabado ... apenas p'‎
variar e não morrer iletrado... MISSIVA, Pedro Laranjeira
lenemente enrabado ... apenas p'ra variar e não morrer ilet‎
do... MISSIVA, Pedro Laranjeira
enas p'ra variar e não morrer iletrado... MISSIVA, Pedro La‎
njeira
'ra variar e não morrer iletrado... MISSIVA, Pedro Laranjei‎


13. Jurerê

Jurerê em tupi-gua‎
ni significa literalmente: ¨ o que se vi- ra (gira)¨. ( je
Jurerê em tupi-guarani significa lite‎
lmente: ¨ o que se vi- ra (gira)¨. ( jerê + jerê )
rê em tupi-guarani significa literalmente: ¨ o que se vi- ‎
(gira)¨. ( jerê + jerê )
tupi-guarani significa literalmente: ¨ o que se vi- ra (gi‎
)¨. ( jerê + jerê )

14. Ignorado

"Fulano" havia igno‎
do o companheiro "Beltrano" ao falar sobre os principais con
"Fulano" havia ignorado o companheiro "Belt‎
no" ao falar sobre os principais concorrentes ao título do
o" ao falar sobre os principais concorrentes ao título do B‎
sileirão. O projeto, porém, foi abandonado em 2009 pela ge
andonado em 2009 pela gestão de "Fulano"(Partido XT) e igno‎
do pela gestão de seu sucessor "Beltrano". Ele ignora as re
o"(Partido XT) e ignorado pela gestão de seu sucessor "Belt‎
no". Ele ignora as regras. Cumprimentou, mas foi ignorado. "
e ignorado pela gestão de seu sucessor "Beltrano". Ele igno‎
as regras. Cumprimentou, mas foi ignorado. "Quero ignorado,
o pela gestão de seu sucessor "Beltrano". Ele ignora as reg‎
s. Cumprimentou, mas foi ignorado. "Quero ignorado, e calmo
"Beltrano". Ele ignora as regras. Cumprimentou, mas foi igno‎
do. "Quero ignorado, e calmo Por ignorado, e próprio Por ca
gnora as regras. Cumprimentou, mas foi ignorado. "Quero igno‎
do, e calmo Por ignorado, e próprio Por calmo, encher meus
imentou, mas foi ignorado. "Quero ignorado, e calmo Por igno‎
do, e próprio Por calmo, encher meus dias " ( Fernando Pess
Pessoa) http://www.youtube.com/watch?v=BALj7sMOpIo Classe g‎
matical de ignorado: Adjetivo Separação das sílabas de ig
ww.youtube.com/watch?v=BALj7sMOpIo Classe gramatical de igno‎
do: Adjetivo Separação das sílabas de ignorado: ig-no-ra-
h?v=BALj7sMOpIo Classe gramatical de ignorado: Adjetivo Sepa‎
ção das sílabas de ignorado: ig-no-ra-do Possui 8 letras
tical de ignorado: Adjetivo Separação das sílabas de igno‎
do: ig-no-ra-do Possui 8 letras
orado: Adjetivo Separação das sílabas de ignorado: ig-no-‎
-do Possui 8 letras
paração das sílabas de ignorado: ig-no-ra-do Possui 8 let‎
s

15. Bacante

Existe um povo que a bandei‎
empresta = (o povo brasileiro...bandeira brasileira) P"ra c
Existe um povo que a bandeira empresta = (o povo b‎
sileiro...bandeira brasileira) P"ra cobrir tanta infâmia e
m povo que a bandeira empresta = (o povo brasileiro...bandei‎
brasileira) P"ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (ve
vo que a bandeira empresta = (o povo brasileiro...bandeira b‎
sileira) P"ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (vergon
a bandeira empresta = (o povo brasileiro...bandeira brasilei‎
) P"ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (vergonhosa co
eira empresta = (o povo brasileiro...bandeira brasileira) P"‎
cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (vergonhosa covardia
infâmia e cobardia!... = (vergonhosa covardia) E deixa-a t‎
nsformar-se nessa festa =(festa macabra) Em manto impuro de
covardia) E deixa-a transformar-se nessa festa =(festa macab‎
) Em manto impuro de bacante fria!... =(manto sujo de mulher
que participa em suruba) Meu Deus! meu Deus! mas que bandei‎
é esta, = (admirado com tanta pouca vergonha) Que impudent
uruba) Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, = (admi‎
do com tanta pouca vergonha) Que impudente na gávea tripudi

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