Exemplos de
Ra
66 resultados encontrados
1. Marte
Existe uma parte da Geologia especialmente criada pa
estudar Marte ,é a Areologia ( de Ares, deus grego da guer
2. Itaquaquecetuba
3. Egito
Menos de 4% do terriório do Egito é próprio pa
a agricultu- ra , mas mesmo assim o país é o 10º maior p
de 4% do terriório do Egito é próprio para a agricultu-
, mas mesmo assim o país é o 10º maior produtor de algod
4. Radical
Fulano gosta de correr riscos, só p
tica esportes radicais. Para resolver o problema tem que faz
Fulano gosta de correr riscos, só pratica esportes
dicais. Para resolver o problema tem que fazer uma operaçã
no gosta de correr riscos, só pratica esportes radicais. Pa
resolver o problema tem que fazer uma operação ra- dical.
5. Mirtilo
6. Paracleto
Classe gramatical de paracleto: Substantivo masculino Sepa
ção das sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plural de para
acleto: Substantivo masculino Separação das sílabas de pa
cleto: pa-ra-cle-to Plural de paracleto: paracletos Possui 9
tantivo masculino Separação das sílabas de paracleto: pa-
-cle-to Plural de paracleto: paracletos Possui 9 letras Poss
lino Separação das sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plu
l de paracleto: paracletos Possui 9 letras Possui as vogais:
ração das sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plural de pa
cleto: paracletos Possui 9 letras Possui as vogais: a e o Po
sílabas de paracleto: pa-ra-cle-to Plural de paracleto: pa
cletos Possui 9 letras Possui as vogais: a e o Possui as con
o: pa-ra-cle-to Plural de paracleto: paracletos Possui 9 let
s Possui as vogais: a e o Possui as consoantes: c l p r t Pa
s Possui as vogais: a e o Possui as consoantes: c l p r t Pa
cleto escrita ao contrário: otelcarap
7. Diego garcia
8. Paciência
momentos difíceis na vida crendo que tudo dará certo. Espe
r por boas novas, novidade de vida, apesar das dificuldades.
9. Carapicuíba
em poços", "cascudo", "escamose", "cará ruim comprido" (at
vés da junção dos termos ka'rá ("cará"), puku ("comprid
uku ("comprido") e aíb ("ruim"), "acará ruim comprido" (at
vés do termo aka'ra ("acará"), "aquele que se resolve em p
íb ("ruim"), "acará ruim comprido" (através do termo aka'
("acará"), "aquele que se resolve em poços" (derivado de
se resolve em poços" (derivado de "Quar-I-Picui-Bae", que e
o nome dado pelos índios ao ribeirão que, cortando a cida
e, cortando a cidade, faz divisa com Osasco) ou "fruto de ca
picu (Urena sinuata)", através da junção dos termos akar
ivisa com Osasco) ou "fruto de carapicu (Urena sinuata)", at
vés da junção dos termos akará, puku e 'ybá ("fruto).
10. Barca
rão, o amor se faz No barquinho pelo mar Que desliza sem pa
r Sem intenção, nossa canção Vai saindo desse mar E o so
ade de cantar Céu tão azul, ilhas do sul E o barquinho, co
ção Deslizando na canção Tudo isso é paz Tudo isso traz
oração Deslizando na canção Tudo isso é paz Tudo isso t
z Uma calma de verão E então O barquinho vai E a tardinha
------------------------------------------------- Auto de mo
lidade composto por Gil Vicente por contemplação da seren
icente por contemplação da sereníssima e muito católica
inha Lianor, nossa senhora, e representado por seu mandado a
da sereníssima e muito católica rainha Lianor, nossa senho
, e representado por seu mandado ao poderoso príncipe e mui
rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome. Começa a decla
ção e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto,
ortugal deste nome. Começa a declaração e argumento da ob
. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no ponto q
ste nome. Começa a declaração e argumento da obra. Primei
mente, no presente auto, se fegura que, no ponto que acabamo
argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegu
que, no ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente
presente auto, se fegura que, no ponto que acabamos de espi
r, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos
atéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pe
o paraíso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem c
que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o pa
íso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um
stão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pe
o inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa:
o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um seu ar
is na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais
no: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do pa
íso um anjo, e o do inferno um arrais infernal e um companh
arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um ar
is infernal e um companheiro. O primeiro intrelocutor é um
ocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um
bo mui comprido e üa cadeira de espaldas. E começa o Arrai
a com um Paje, que lhe leva um rabo mui comprido e üa cadei
de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidal
rabo mui comprido e üa cadeira de espaldas. E começa o Ar
is do Inferno ante que o Fidalgo venha. DIABO À barca, à b
IABO À barca, à barca, houlá! que temos gentil maré! - O
venha o carro a ré! COMPANHEIRO Feito, feito! Bem está! V
ro a ré! COMPANHEIRO Feito, feito! Bem está! Vai tu muitie
má, e atesa aquele palanco e despeja aquele banco, pera a g
itieramá, e atesa aquele palanco e despeja aquele banco, pe
a gente que virá. À barca, à barca, hu-u! Asinha, que se
se quer ir! Oh, que tempo de partir, louvores a Berzebu! - O
, sus! que fazes tu? Despeja todo esse leito! COMPANHEIRO Em
que fazes tu? Despeja todo esse leito! COMPANHEIRO Em boa ho
! Feito, feito! DIABO Abaixa aramá esse cu! Faze aquela poj
leito! COMPANHEIRO Em boa hora! Feito, feito! DIABO Abaixa a
má esse cu! Faze aquela poja lesta e alija aquela driça. C
OMPANHEIRO Oh-oh, caça! Oh-oh, iça, iça! DIABO Oh, que ca
vela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga alta! Âncora
Oh-oh, iça, iça! DIABO Oh, que caravela esta! Põe bandei
s, que é festa. Verga alta! Âncora a pique! - Ó poderoso
ravela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga alta! Ânco
a pique! - Ó poderoso dom Anrique, cá vindes vós?... Que
egando ao batel infernal, diz: FIDALGO Esta barca onde vai o
, que assi está apercebida? DIABO Vai pera a ilha perdida,
barca onde vai ora, que assi está apercebida? DIABO Vai pe
a ilha perdida, e há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pera
a? DIABO Vai pera a ilha perdida, e há-de partir logo ess'o
. FIDALGO Pera lá vai a senhora? DIABO Senhor, a vosso serv
era a ilha perdida, e há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pe
lá vai a senhora? DIABO Senhor, a vosso serviço. FIDALGO
, e há-de partir logo ess'ora. FIDALGO Pera lá vai a senho
? DIABO Senhor, a vosso serviço. FIDALGO Parece-me isso cor
GO Parece-me isso cortiço... DIABO Porque a vedes lá de fo
. FIDALGO Porém, a que terra passais? DIABO Pera o inferno,
DIABO Porque a vedes lá de fora. FIDALGO Porém, a que ter
passais? DIABO Pera o inferno, senhor. FIDALGO Terra é bem
s lá de fora. FIDALGO Porém, a que terra passais? DIABO Pe
o inferno, senhor. FIDALGO Terra é bem sem-sabor. DIABO Qu
que terra passais? DIABO Pera o inferno, senhor. FIDALGO Ter
é bem sem-sabor. DIABO Quê?... E também cá zombais? FID
?... E também cá zombais? FIDALGO E passageiros achais pe
tal habitação? DIABO Vejo-vos eu em feição pera ir ao n
chais pera tal habitação? DIABO Vejo-vos eu em feição pe
ir ao nosso cais... FIDALGO Parece-te a ti assi!... DIABO E
so cais... FIDALGO Parece-te a ti assi!... DIABO Em que espe
s ter guarida? FIDALGO Que leixo na outra vida quem reze sem
. DIABO Em que esperas ter guarida? FIDALGO Que leixo na out
vida quem reze sempre por mi. DIABO Quem reze sempre por ti
r ti?!.. Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi!... E tu viveste a teu p
zer, cuidando cá guarecer por que rezam lá por ti?!... Emb
por ti?!... Embarca - ou embarcai... que haveis de ir à der
deira! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. FI
i?!... Embarca - ou embarcai... que haveis de ir à derradei
! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. FIDALGO
rcai... que haveis de ir à derradeira! Mandai meter a cadei
, que assi passou vosso pai. FIDALGO Quê? Quê? Quê? Assi
DIABO Não, senhor, que este fretastes, e primeiro que expi
stes me destes logo sinal. FIDALGO Que sinal foi esse tal? D
se tal? DIABO Do que vós vos contentastes. FIDALGO A estout
barca me vou. Hou da barca! Para onde is? Ah, barqueiros! N
tentastes. FIDALGO A estoutra barca me vou. Hou da barca! Pa
onde is? Ah, barqueiros! Não me ouvis? Respondei-me! Houl
O Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do Pa
íso é esta em que navegais. ANJO Esta é; que demandais? F
o de solar, é bem que me recolhais. ANJO Não se embarca ti
nia neste batel divinal. FIDALGO Não sei porque haveis por
porque haveis por mal que entre a minha senhoria... ANJO Pe
vossa fantesia mui estreita é esta barca. FIDALGO Pera sen
O Pera vossa fantesia mui estreita é esta barca. FIDALGO Pe
senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a pra
ra senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a p
ncha e atavio! Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós
ais cortesia? Venha a prancha e atavio! Levai-me desta ribei
! ANJO Não vindes vós de maneira pera entrar neste navio.
avio! Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de manei
pera entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira
Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de maneira pe
entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entr
-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de maneira pera ent
r neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e
ra pera entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadei
entrará e o rabo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá
a entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira ent
rá e o rabo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá mais e
este navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e o
bo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá mais espaçoso,
is lá mais espaçoso, vós e vossa senhoria, cuidando na ti
nia do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezas
DIABO À barca, à barca, senhores! Oh! que maré tão de p
ta! Um ventozinho que mata e valentes remadores! Diz, cantan
me veniredes. FIDALGO Ao Inferno, todavia! Inferno há i pe
mi? Oh triste! Enquanto vivi não cuidei que o i havia: Tiv
triste! Enquanto vivi não cuidei que o i havia: Tive que e
fantesia! Folgava ser adorado, confiei em meu estado e não
cuidei que o i havia: Tive que era fantesia! Folgava ser ado
do, confiei em meu estado e não vi que me perdia. Venha ess
confiei em meu estado e não vi que me perdia. Venha essa p
ncha! Veremos esta barca de tristura. DIABO Embarque vossa d
me perdia. Venha essa prancha! Veremos esta barca de tristu
. DIABO Embarque vossa doçura, que cá nos entenderemos...
! Veremos esta barca de tristura. DIABO Embarque vossa doçu
, que cá nos entenderemos... Tomarês um par de remos, vere
egando ao nosso cais, todos bem vos serviremos. FIDALGO Espe
r-me-ês vós aqui, tornarei à outra vida ver minha dama qu
erviremos. FIDALGO Esperar-me-ês vós aqui, tornarei à out
vida ver minha dama querida que se quer matar por mi. Dia,
r por ti?!... FIDALGO Isto bem certo o sei eu. DIABO Ó namo
do sandeu, o maior que nunca vi!... FIDALGO Como pod'rá iss
d'rá isso ser, que m'escrevia mil dias? DIABO Quantas menti
s que lias, e tu... morto de prazer!... FIDALGO Pera que é
il dias? DIABO Quantas mentiras que lias, e tu... morto de p
zer!... FIDALGO Pera que é escarnecer, quem nom havia mais
as mentiras que lias, e tu... morto de prazer!... FIDALGO Pe
que é escarnecer, quem nom havia mais no bem? DIABO Assi v
Isto quanto ao que eu conheço... DIABO Pois estando tu expi
ndo, se estava ela requebrando com outro de menos preço. FI
ço... DIABO Pois estando tu expirando, se estava ela requeb
ndo com outro de menos preço. FIDALGO Dá-me licença, te p
Quanto ela hoje rezou, antre seus gritos e gritas, foi dar g
ças infinitas a quem a desassombrou. FIDALGO Cant'a ela, be
E as lástimas que dezia? DIABO Sua mãe lhas ensinou... Ent
i, meu senhor, entrai: Ei la prancha! Ponde o pé... FIDALGO
ezia? DIABO Sua mãe lhas ensinou... Entrai, meu senhor, ent
i: Ei la prancha! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que
Sua mãe lhas ensinou... Entrai, meu senhor, entrai: Ei la p
ncha! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que assi é. DIA
! Ponde o pé... FIDALGO Entremos, pois que assi é. DIABO O
, senhor, descansai, passeai e suspirai. Em tanto virá mais
s que assi é. DIABO Ora, senhor, descansai, passeai e suspi
i. Em tanto virá mais gente. FIDALGO Ó barca, como és ard
dente! Maldito quem em ti vai! Diz o Diabo ao Moço da cadei
: DIABO Nom entras cá! Vai-te d'i! A cadeira é cá sobeja;
em em ti vai! Diz o Diabo ao Moço da cadeira: DIABO Nom ent
s cá! Vai-te d'i! A cadeira é cá sobeja; cousa que esteve
Moço da cadeira: DIABO Nom entras cá! Vai-te d'i! A cadei
é cá sobeja; cousa que esteve na igreja nom se há-de emb
hetada de dolores, com tais modos de lavores, que estará fo
de si... À barca, à barca, boa gente, que queremos dar à
! que barca tão valente! Vem um Onzeneiro, e pergunta ao Ar
is do Inferno, dizendo: ONZENEIRO Pera onde caminhais? DIABO
eiro, e pergunta ao Arrais do Inferno, dizendo: ONZENEIRO Pe
onde caminhais? DIABO Oh! que má-hora venhais, onzeneiro,
dizendo: ONZENEIRO Pera onde caminhais? DIABO Oh! que má-ho
venhais, onzeneiro, meu parente! Como tardastes vós tanto?
meu parente! Como tardastes vós tanto? ONZENEIRO Mais quise
eu lá tardar... Na safra do apanhar me deu Saturno quebran
s vós tanto? ONZENEIRO Mais quisera eu lá tardar... Na saf
do apanhar me deu Saturno quebranto. DIABO Ora mui muito m'
era eu lá tardar... Na safra do apanhar me deu Saturno queb
nto. DIABO Ora mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro
dar... Na safra do apanhar me deu Saturno quebranto. DIABO O
mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro!... ONZENEIRO
Saturno quebranto. DIABO Ora mui muito m'espanto nom vos liv
r o dinheiro!... ONZENEIRO Solamente para o barqueiro nom me
espanto nom vos livrar o dinheiro!... ONZENEIRO Solamente pa
o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO Ora entrai,
nheiro!... ONZENEIRO Solamente para o barqueiro nom me leixa
m nem tanto... DIABO Ora entrai, entrai aqui! ONZENEIRO Não
amente para o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO O
entrai, entrai aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar! DI
para o barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO Ora ent
i, entrai aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar! DIABO Oh
barqueiro nom me leixaram nem tanto... DIABO Ora entrai, ent
i aqui! ONZENEIRO Não hei eu i d'embarcar! DIABO Oh! que ge
u i d'embarcar! DIABO Oh! que gentil recear, e que cousas pe
mi!... ONZENEIRO Ainda agora faleci, leixa-me buscar batel!
gentil recear, e que cousas pera mi!... ONZENEIRO Ainda ago
faleci, leixa-me buscar batel! DIABO Pesar de Jam Pimentel!
r de Jam Pimentel! Porque não irás aqui?... ONZENEIRO E pe
onde é a viagem? DIABO Pera onde tu hás-de ir. ONZENEIRO
o irás aqui?... ONZENEIRO E pera onde é a viagem? DIABO Pe
onde tu hás-de ir. ONZENEIRO Havemos logo de partir? DIABO
partir? DIABO Não cures de mais linguagem. ONZENEIRO Mas pe
onde é a passagem? DIABO Pera a infernal comarca. ONZENEIR
s linguagem. ONZENEIRO Mas pera onde é a passagem? DIABO Pe
a infernal comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu tal barca. Es
nfernal comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu tal barca. Estout
tem avantagem. Vai-se à barca do Anjo, e diz: Hou da barca
is logo de partir? ANJO E onde queres tu ir? ONZENEIRO Eu pe
o Paraíso vou. ANJO Pois cant'eu mui fora estou de te leva
de partir? ANJO E onde queres tu ir? ONZENEIRO Eu pera o Pa
íso vou. ANJO Pois cant'eu mui fora estou de te levar para
? ONZENEIRO Eu pera o Paraíso vou. ANJO Pois cant'eu mui fo
estou de te levar para lá. Essoutra te levará; vai pera q
araíso vou. ANJO Pois cant'eu mui fora estou de te levar pa
lá. Essoutra te levará; vai pera quem te enganou! ONZENEI
NJO Pois cant'eu mui fora estou de te levar para lá. Essout
te levará; vai pera quem te enganou! ONZENEIRO Porquê? AN
fora estou de te levar para lá. Essoutra te levará; vai pe
quem te enganou! ONZENEIRO Porquê? ANJO Porque esse bolsã
ONZENEIRO Juro a Deus que vai vazio! ANJO Não já no teu co
ção. ONZENEIRO Lá me fica, de rondão, minha fazenda e al
! Sabês vós no que me fundo? Quero lá tornar ao mundo e t
zer o meu dinheiro. que aqueloutro marinheiro, porque me vê
, porque me vê vir sem nada, dá-me tanta borregada como ar
is lá do Barreiro. DIABO Entra, entra, e remarás! Nom perc
á-me tanta borregada como arrais lá do Barreiro. DIABO Ent
, entra, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENEIRO Toda
anta borregada como arrais lá do Barreiro. DIABO Entra, ent
, e remarás! Nom percamos mais maré! ONZENEIRO Todavia...
ZENEIRO Todavia... DIABO Per força é! Que te pês, cá ent
rás! Irás servir Satanás, pois que sempre te ajudou. ONZE
ZENEIRO Oh! Triste, quem me cegou? DIABO Cal'te, que cá cho
rás. Entrando o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo em
Triste, quem me cegou? DIABO Cal'te, que cá chorarás. Ent
ndo o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo embarcado, di
o Onzeneiro no batel, onde achou o Fidalgo embarcado, diz ti
ndo o barrete: ONZENEIRO Santa Joana de Valdês! Cá é voss
a com um remo que renegueis! Vem Joane, o Parvo, e diz ao Ar
is do Inferno: PARVO Hou daquesta! DIABO Quem é? PARVO Eu s
Hou daquesta! DIABO Quem é? PARVO Eu soo. É esta a naviar
nossa? DIABO De quem? PARVO Dos tolos. DIABO Vossa. Entra!
arra nossa? DIABO De quem? PARVO Dos tolos. DIABO Vossa. Ent
! PARVO De pulo ou de voo? Hou! Pesar de meu avô! Soma, vim
voo? Hou! Pesar de meu avô! Soma, vim adoecer e fui má-ho
morrer, e nela, pera mi só. DIABO De que morreste? PARVO D
eu avô! Soma, vim adoecer e fui má-hora morrer, e nela, pe
mi só. DIABO De que morreste? PARVO De quê? Samicas de ca
ó. DIABO De que morreste? PARVO De quê? Samicas de caganei
. DIABO De quê? PARVO De caga merdeira! Má rabugem que te
? Samicas de caganeira. DIABO De quê? PARVO De caga merdei
! Má rabugem que te dê! DIABO Entra! Põe aqui o pé! PARV
as de caganeira. DIABO De quê? PARVO De caga merdeira! Má
bugem que te dê! DIABO Entra! Põe aqui o pé! PARVO Houlá
? PARVO De caga merdeira! Má rabugem que te dê! DIABO Ent
! Põe aqui o pé! PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco! DIABO
õe aqui o pé! PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco! DIABO Ent
, tolaço eunuco, que se nos vai a maré! PARVO Aguardai, ag
Ao porto de Lucifer. PARVO Ha-á-a... DIABO Ó Inferno! Ent
cá! PARVO Ò Inferno?... Eramá... Hiu! Hiu! Barca do corn
-á-a... DIABO Ó Inferno! Entra cá! PARVO Ò Inferno?... E
má... Hiu! Hiu! Barca do cornudo. Pêro Vinagre, beiçudo,
má... Hiu! Hiu! Barca do cornudo. Pêro Vinagre, beiçudo,
chador d'Alverca, huhá! Sapateiro da Candosa! Antrecosto de
or d'Alverca, huhá! Sapateiro da Candosa! Antrecosto de car
pato! Hiu! Hiu! Caga no sapato, filho da grande aleivosa! Tu
ntrecosto de carrapato! Hiu! Hiu! Caga no sapato, filho da g
nde aleivosa! Tua mulher é tinhosa e há-de parir um sapo c
pão que te caiu! A mulher que te fugiu per'a Ilha da Madei
! Cornudo atá mangueira, toma o pão que te caiu! Hiu! Hiu!
her que te fugiu per'a Ilha da Madeira! Cornudo atá manguei
, toma o pão que te caiu! Hiu! Hiu! Lanço-te üa pulha! D
! Hump! Caga na vela! Hio, cabeça de grulha! Perna de cigar
velha, caganita de coelha, pelourinho da Pampulha! Mija n'a
e quiseres; porque em todos teus fazeres per malícia nom er
ste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos prazeres. Espera e
s fazeres per malícia nom erraste. Tua simpreza t'abaste pe
gozar dos prazeres. Espera entanto per i: veremos se vem al
malícia nom erraste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos p
zeres. Espera entanto per i: veremos se vem alguém, mereced
erraste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos prazeres. Espe
entanto per i: veremos se vem alguém, merecedor de tal bem
eremos se vem alguém, merecedor de tal bem, que deva de ent
r aqui. Vem um Sapateiro com seu avental e carregado de form
APATEIRO Hou da barca! DIABO Quem vem i? Santo sapateiro hon
do, como vens tão carregado?... SAPATEIRO Mandaram-me vir a
ateiro honrado, como vens tão carregado?... SAPATEIRO Manda
m-me vir assi... E pera onde é a viagem? DIABO Pera o lago
ns tão carregado?... SAPATEIRO Mandaram-me vir assi... E pe
onde é a viagem? DIABO Pera o lago dos danados. SAPATEIRO
RO Mandaram-me vir assi... E pera onde é a viagem? DIABO Pe
o lago dos danados. SAPATEIRO Os que morrem confessados ond
.. DIABO Tu morreste excomungado: Nom o quiseste dizer. Espe
vas de viver, calaste dous mil enganos... Tu roubaste bem tr
Tu roubaste bem trint'anos o povo com teu mester. Embarca, e
má pera ti, que há já muito que t'espero! SAPATEIRO Pois
ste bem trint'anos o povo com teu mester. Embarca, eramá pe
ti, que há já muito que t'espero! SAPATEIRO Pois digo-te
caminho per'aqui. SAPATEIRO E as ofertas que darão? E as ho
s dos finados? DIABO E os dinheiros mal levados, que foi da
os mal levados, que foi da satisfação? SAPATEIRO Ah! Nom p
za ò cordovão, nem à puta da badana, se é esta boa traqu
praza ò cordovão, nem à puta da badana, se é esta boa t
quitana em que se vê Jan Antão! Ora juro a Deus que é gra
adana, se é esta boa traquitana em que se vê Jan Antão! O
juro a Deus que é graça! Vai-se à barca do Anjo, e diz:
raquitana em que se vê Jan Antão! Ora juro a Deus que é g
ça! Vai-se à barca do Anjo, e diz: Hou da santa caravela,
e é graça! Vai-se à barca do Anjo, e diz: Hou da santa ca
vela, poderês levar-me nela? ANJO A cárrega t'embaraça. S
nta caravela, poderês levar-me nela? ANJO A cárrega t'emba
ça. SAPATEIRO Nom há mercê que me Deus faça? Isto uxique
uer irá. ANJO Essa barca que lá está Leva quem rouba de p
ça. Oh! almas embaraçadas! SAPATEIRO Ora eu me maravilho h
arca que lá está Leva quem rouba de praça. Oh! almas emba
çadas! SAPATEIRO Ora eu me maravilho haverdes por grão peg
va quem rouba de praça. Oh! almas embaraçadas! SAPATEIRO O
eu me maravilho haverdes por grão peguilho quatro forminha
ba de praça. Oh! almas embaraçadas! SAPATEIRO Ora eu me ma
vilho haverdes por grão peguilho quatro forminhas cagadas q
bem ir i chantadas num cantinho desse leito! ANJO Se tu vive
s dereito, Elas foram cá escusadas. SAPATEIRO Assi que dete
um cantinho desse leito! ANJO Se tu viveras dereito, Elas fo
m cá escusadas. SAPATEIRO Assi que determinais que vá coze
z: SAPATEIRO Hou barqueiros! Que aguardais? Vamos, venha a p
ncha logo e levai-me àquele fogo! Não nos detenhamos mais!
e levai-me àquele fogo! Não nos detenhamos mais! Vem um F
de com üa Moça pela mão, e um broquel e üa espada na out
de com üa Moça pela mão, e um broquel e üa espada na out
, e um casco debaixo do capelo; e, ele mesmo fazendo a baixa
, ele mesmo fazendo a baixa, começou de dançar, dizendo: F
DE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai
mo fazendo a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-
i-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-r
azendo a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-rai-
i-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: t
do a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-
-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-t
ançar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-
i-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Hu
ar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-
i-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huhá!
dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-
i-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huhá! DIA
im-rim-rã. Huhá! DIABO Que é isso, padre?! Que vai lá? F
DE Deo gratias! Som cortesão. DIABO Sabês também o tordi
. Huhá! DIABO Que é isso, padre?! Que vai lá? FRADE Deo g
tias! Som cortesão. DIABO Sabês também o tordião? FRADE
o gratias! Som cortesão. DIABO Sabês também o tordião? F
DE Porque não? Como ora sei! DIABO Pois entrai! Eu tangerei
. DIABO Sabês também o tordião? FRADE Porque não? Como o
sei! DIABO Pois entrai! Eu tangerei e faremos um serão. Es
o tordião? FRADE Porque não? Como ora sei! DIABO Pois ent
i! Eu tangerei e faremos um serão. Essa dama é ela vossa?
! Eu tangerei e faremos um serão. Essa dama é ela vossa? F
DE Por minha la tenho eu, e sempre a tive de meu, DIABO Feze
mosa! E não vos punham lá grosa no vosso convento santo? F
DE E eles fazem outro tanto! DIABO Que cousa tão preciosa..
eles fazem outro tanto! DIABO Que cousa tão preciosa... Ent
i, padre reverendo! FRADE Para onde levais gente? DIABO Pera
DIABO Que cousa tão preciosa... Entrai, padre reverendo! F
DE Para onde levais gente? DIABO Pera aquele fogo ardente qu
Que cousa tão preciosa... Entrai, padre reverendo! FRADE Pa
onde levais gente? DIABO Pera aquele fogo ardente que nom t
rai, padre reverendo! FRADE Para onde levais gente? DIABO Pe
aquele fogo ardente que nom temestes vivendo. FRADE Juro a
? DIABO Pera aquele fogo ardente que nom temestes vivendo. F
DE Juro a Deus que nom t'entendo! E este hábito no me val?
val? DIABO Gentil padre mundanal, a Berzebu vos encomendo! F
DE Corpo de Deus consagrado! Pela fé de Jesu Cristo, que eu
undanal, a Berzebu vos encomendo! FRADE Corpo de Deus consag
do! Pela fé de Jesu Cristo, que eu nom posso entender isto!
tender isto! Eu hei-de ser condenado?!... Um padre tão namo
do e tanto dado à virtude? Assi Deus me dê saúde, que eu
to dado à virtude? Assi Deus me dê saúde, que eu estou ma
vilhado! DIABO Não curês de mais detença. Embarcai e part
de mais detença. Embarcai e partiremos: tomareis um par de
mos. FRADE Nom ficou isso n'avença. DIABO Pois dada está j
detença. Embarcai e partiremos: tomareis um par de ramos. F
DE Nom ficou isso n'avença. DIABO Pois dada está já a sen
cou isso n'avença. DIABO Pois dada está já a sentença! F
DE Pardeus! Essa seria ela! Não vai em tal caravela minha s
sentença! FRADE Pardeus! Essa seria ela! Não vai em tal ca
vela minha senhora Florença. Como? Por ser namorado e folga
ardeus! Essa seria ela! Não vai em tal caravela minha senho
Florença. Como? Por ser namorado e folgar com üa mulher s
em tal caravela minha senhora Florença. Como? Por ser namo
do e folgar com üa mulher se há um frade de perder, com ta
. Como? Por ser namorado e folgar com üa mulher se há um f
de de perder, com tanto salmo rezado?!... DIABO Ora estás b
há um frade de perder, com tanto salmo rezado?!... DIABO O
estás bem aviado! FRADE Mais estás bem corregido! DIABO D
, com tanto salmo rezado?!... DIABO Ora estás bem aviado! F
DE Mais estás bem corregido! DIABO Dovoto padre marido, hav
oto padre marido, haveis de ser cá pingado... Descobriu o F
de a cabeça, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o
haveis de ser cá pingado... Descobriu o Frade a cabeça, ti
ndo o capelo; e apareceu o casco, e diz o Frade: FRADE Mante
e a cabeça, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o F
de: FRADE Mantenha Deus esta c'oroa! DIABO ó padre Frei Cap
eça, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o Frade: F
DE Mantenha Deus esta c'oroa! DIABO ó padre Frei Capacete!
ABO ó padre Frei Capacete! Cuidei que tínheis barrete... F
DE Sabê que fui da pessoa! Esta espada é roloa e este broq
Reverença lição d'esgrima, que é cousa boa! Começou o f
de a dar lição d'esgrima com a espada e broquel, que eram
frade a dar lição d'esgrima com a espada e broquel, que e
m d'esgrimir, e diz desta maneira: FRADE Deo gratias! Demos
m a espada e broquel, que eram d'esgrimir, e diz desta manei
: FRADE Deo gratias! Demos caçada! Pera sempre contra sus!
spada e broquel, que eram d'esgrimir, e diz desta maneira: F
DE Deo gratias! Demos caçada! Pera sempre contra sus! Um fe
oquel, que eram d'esgrimir, e diz desta maneira: FRADE Deo g
tias! Demos caçada! Pera sempre contra sus! Um fendente! Or
r, e diz desta maneira: FRADE Deo gratias! Demos caçada! Pe
sempre contra sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primeira
maneira: FRADE Deo gratias! Demos caçada! Pera sempre cont
sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primeira levada. Alto!
atias! Demos caçada! Pera sempre contra sus! Um fendente! O
sus! Esta é a primeira levada. Alto! Levantai a espada! Ta
ra sempre contra sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primei
levada. Alto! Levantai a espada! Talho largo, e um revés!
nada! Quando o recolher se tarda o ferir nom é prudente. O
, sus! Mui largamente, cortai na segunda guarda! - Guarde-me
lá! Guardai as queixadas! DIABO Oh que valentes levadas! F
DE Ainda isto nom é nada... Demos outra vez caçada! Contra
valentes levadas! FRADE Ainda isto nom é nada... Demos out
vez caçada! Contra sus e um fendente, e, cortando largamen
RADE Ainda isto nom é nada... Demos outra vez caçada! Cont
sus e um fendente, e, cortando largamente, eis aqui sexta f
sexta feitada. Daqui saio com üa guia e um revés da primei
: esta é a quinta verdadeira. - Oh! quantos daqui feria!...
üa guia e um revés da primeira: esta é a quinta verdadei
. - Oh! quantos daqui feria!... Padre que tal aprendia no In
e tal aprendia no Inferno há-de haver pingos?!... Ah! Nom p
za a São Domingos com tanta descortesia! Tornou a tomar a M
ta descortesia! Tornou a tomar a Moça pela mão, dizendo: F
DE Vamos à barca da Glória! Começou o Frade a fazer o tor
mão, dizendo: FRADE Vamos à barca da Glória! Começou o F
de a fazer o tordião e foram dançando até o batel do Anjo
barca da Glória! Começou o Frade a fazer o tordião e fo
m dançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-ra-
tordião e foram dançando até o batel do Anjo desta manei
: FRADE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-r
ião e foram dançando até o batel do Anjo desta maneira: F
DE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-
oram dançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-
-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-
m dançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-ra-
-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-
ançando até o batel do Anjo desta maneira: FRADE Ta-ra-ra-
i-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-
njo desta maneira: FRADE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã;
i-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo gratias! H
desta maneira: FRADE Ta-ra-ra-rai-rã; ta-ri-ri-ri-rã; rai-
i-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo gratias! Há l
i-rã; rai-rai-rã; ta-ri-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo g
tias! Há lugar cá pera minha reverença? E a senhora Flore
i-ri-rã; ta-ri-ri-rã. Huhá! Deo gratias! Há lugar cá pe
minha reverença? E a senhora Florença polo meu entrará l
Deo gratias! Há lugar cá pera minha reverença? E a senho
Florença polo meu entrará lá! PARVO Andar, muitieramá!
á pera minha reverença? E a senhora Florença polo meu ent
rá lá! PARVO Andar, muitieramá! Furtaste esse trinchão,
senhora Florença polo meu entrará lá! PARVO Andar, muitie
má! Furtaste esse trinchão, frade? FRADE Senhora, dá-me
á lá! PARVO Andar, muitieramá! Furtaste esse trinchão, f
de? FRADE Senhora, dá-me à vontade que este feito mal est
PARVO Andar, muitieramá! Furtaste esse trinchão, frade? F
DE Senhora, dá-me à vontade que este feito mal está. Vamo
ar, muitieramá! Furtaste esse trinchão, frade? FRADE Senho
, dá-me à vontade que este feito mal está. Vamos onde hav
de que este feito mal está. Vamos onde havemos d'ir! Não p
za a Deus coa a ribeira! Eu não vejo aqui maneira senão, e
stá. Vamos onde havemos d'ir! Não praza a Deus coa a ribei
! Eu não vejo aqui maneira senão, enfim, concrudir. DIABO
ir! Não praza a Deus coa a ribeira! Eu não vejo aqui manei
senão, enfim, concrudir. DIABO Haveis, padre, de viir. FRA
ra senão, enfim, concrudir. DIABO Haveis, padre, de viir. F
DE Agasalhai-me lá Florença, e compra-se esta sentença: o
is, padre, de viir. FRADE Agasalhai-me lá Florença, e comp
-se esta sentença: ordenemos de partir. Tanto que o Frade f
compra-se esta sentença: ordenemos de partir. Tanto que o F
de foi embarcado, veio üa Alcoviteira, per nome Brízida Va
partir. Tanto que o Frade foi embarcado, veio üa Alcovitei
, per nome Brízida Vaz, a qual chegando à barca infernal,
zida Vaz, a qual chegando à barca infernal, diz desta manei
: BRÍZIDA Hou lá da barca, hou lá! DIABO Quem chama? BRÍ
IABO Quem chama? BRÍZIDA Brízida Vaz. DIABO E aguarda-me,
paz? Como nom vem ela já? COMPANHEIRO Diz que nom há-de vi
O Diz que nom há-de vir cá sem Joana de Valdês. DIABO Ent
i vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu entrar lá. DIABO
s. DIABO Entrai vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu ent
r lá. DIABO Que sabroso arrecear! BRÍZIDA No é essa barca
o arrecear! BRÍZIDA No é essa barca que eu cato. DIABO E t
zês vós muito fato? BRÍZIDA O que me convém levar. Día.
tir, guarda-roupa d'encobrir, enfim - casa movediça; um est
do de cortiça com dous coxins d'encobrir. A mor cárrega qu
rir. A mor cárrega que é: essas moças que vendia. Daquest
mercadoria trago eu muita, à bofé! DIABO Ora ponde aqui o
rega que é: essas moças que vendia. Daquestra mercadoria t
go eu muita, à bofé! DIABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZID
ndia. Daquestra mercadoria trago eu muita, à bofé! DIABO O
ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pera o Paraíso!
fé! DIABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pe
o Paraíso! DIABO E quem te dixe a ti isso? BRÍZIDA Lá he
ABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou pera o Pa
íso! DIABO E quem te dixe a ti isso? BRÍZIDA Lá hei-de ir
. Se fosse ò fogo infernal, lá iria todo o mundo! A estout
barca, cá fundo, me vou, que é mais real. Chegando à Bar
Barca da Glória diz ao Anjo: Barqueiro mano, meus olhos, p
ncha a Brísida Vaz. ANJO: Eu não sei quem te cá traz... B
hos, prancha a Brísida Vaz. ANJO: Eu não sei quem te cá t
z... BRÍZIDA Peço-vo-lo de giolhos! Cuidais que trago piol
e cá traz... BRÍZIDA Peço-vo-lo de giolhos! Cuidais que t
go piolhos, anjo de Deos, minha rosa? Eu sô aquela preciosa
iosa que dava as moças a molhos, a que criava as meninas pe
os cónegos da Sé... Passai-me, por vossa fé, meu amor, m
e nenhüa se perdeu. E prouve Àquele do Céu que todas acha
m dono. Cuidais que dormia eu sono? Nem ponto se me perdeu!
. Cuidais que dormia eu sono? Nem ponto se me perdeu! ANJO O
vai lá embarcar, não estês importunando. BRÍZIDA Pois e
e importunar, que não podes vir aqui. BRÍZIDA E que má-ho
eu servi, pois não me há-de aproveitar!... Torna-se Bríz
Barca do Inferno, dizendo: BRÍZIDA Hou barqueiros da má-ho
, que é da prancha, que eis me vou? E já há muito que aqu
o, dizendo: BRÍZIDA Hou barqueiros da má-hora, que é da p
ncha, que eis me vou? E já há muito que aqui estou, e pare
vou? E já há muito que aqui estou, e pareço mal cá de fo
. DIABO Ora entrai, minha senhora, e sereis bem recebida; se
há muito que aqui estou, e pareço mal cá de fora. DIABO O
entrai, minha senhora, e sereis bem recebida; se vivestes s
ito que aqui estou, e pareço mal cá de fora. DIABO Ora ent
i, minha senhora, e sereis bem recebida; se vivestes santa v
ou, e pareço mal cá de fora. DIABO Ora entrai, minha senho
, e sereis bem recebida; se vivestes santa vida, vós o sent
s bem recebida; se vivestes santa vida, vós o sentirês ago
... Tanto que Brízida Vaz se embarcou, veo um Judeu, com um
diz: JUDEU Que vai cá? Hou marinheiro! DIABO Oh! que má-ho
vieste!... JUDEU Cuj'é esta barca que preste? DIABO Esta b
om irá o judeu onde vai Brísida Vaz? Ao senhor meirinho ap
z? Senhor meirinho, irei eu? DIABO E o fidalgo, quem lhe deu
atel? Corregedor, coronel, castigai este sandeu! Azará, ped
miúda, lodo, chanto, fogo, lenha, caganeira que te venha!
eu! Azará, pedra miúda, lodo, chanto, fogo, lenha, caganei
que te venha! Má corrença que te acuda! Par el Deu, que t
la no dia de Nosso Senhor! E aperta o salvador, e mija na ca
vela! DIABO Sus, sus! Demos à vela! Vós, Judeu, irês à t
egado de feitos, e, chegando à barca do Inferno, com sua va
na mão, diz: CORREGEDOR Hou da barca! DIABO Que quereis? C
o senhor juiz? DIABO Oh amador de perdiz. gentil cárrega t
zeis! CORREGEDOR No meu ar conhecereis que nom é ela do meu
ai lá o direito? CORREGEDOR Nestes feitos o vereis. DIABO O
, pois, entrai. Veremos que diz i nesse papel... CORREGEDOR
ito? CORREGEDOR Nestes feitos o vereis. DIABO Ora, pois, ent
i. Veremos que diz i nesse papel... CORREGEDOR E onde vai o
atel? DIABO No Inferno vos poeremos. CORREGEDOR Como? À ter
dos demos há-de ir um corregedor? DIABO Santo descorregedo
regedor? DIABO Santo descorregedor, embarcai, e remaremos! O
, entrai, pois que viestes! CORREGEDOR Non est de regulae ju
? DIABO Santo descorregedor, embarcai, e remaremos! Ora, ent
i, pois que viestes! CORREGEDOR Non est de regulae juris, n
mão! Remaremos um remo destes. Fazei conta que nacestes pe
nosso companheiro. - Que fazes tu, barzoneiro? Faze-lhe ess
sso companheiro. - Que fazes tu, barzoneiro? Faze-lhe essa p
ncha prestes! CORREGEDOR Oh! Renego da viagem e de quem me h
m entendo esta barcagem, nem hoc nom potest esse. DIABO Se o
vos parecesse que nom sei mais que linguagem... Entrai, ent
O Se ora vos parecesse que nom sei mais que linguagem... Ent
i, entrai, corregedor! CORREGEDOR Hou! Videtis qui petatis -
vos parecesse que nom sei mais que linguagem... Entrai, ent
i, corregedor! CORREGEDOR Hou! Videtis qui petatis - Super j
o mando vigor? DIABO Quando éreis ouvidor nonne accepistis
pina? Pois ireis pela bolina onde nossa mercê for... Oh! qu
a bolina onde nossa mercê for... Oh! que isca esse papel pe
um fogo que eu sei! CORREGEDOR Domine, memento mei! DIABO N
ue a vossa mulher levava? CORREGEDOR Isso eu não o tomava e
m lá percalços seus. Nom som pecatus meus, peccavit uxore
não temuistis Deus. A largo modo adquiristis sanguinis labo
torum ignorantis peccatorum. Ut quid eos non audistis? CORRE
is Deus. A largo modo adquiristis sanguinis laboratorum igno
ntis peccatorum. Ut quid eos non audistis? CORREGEDOR Vós,
is peccatorum. Ut quid eos non audistis? CORREGEDOR Vós, ar
is, nonne legistis que o dar quebra os pinedos? Os direitos
stis? CORREGEDOR Vós, arrais, nonne legistis que o dar queb
os pinedos? Os direitos estão quedos, sed aliquid tradidis
quebra os pinedos? Os direitos estão quedos, sed aliquid t
didistis... DIABO Ora entrai, nos negros fados! Ireis ao lag
s direitos estão quedos, sed aliquid tradidistis... DIABO O
entrai, nos negros fados! Ireis ao lago dos cães e vereis
itos estão quedos, sed aliquid tradidistis... DIABO Ora ent
i, nos negros fados! Ireis ao lago dos cães e vereis os esc
ago dos cães e vereis os escrivães como estão tão prospe
dos. CORREGEDOR E na terra dos danados estão os Evangelista
escrivães como estão tão prosperados. CORREGEDOR E na ter
dos danados estão os Evangelistas? DIABO Os mestres das bu
elistas? DIABO Os mestres das burlas vistas lá estão bem f
guados. Estando o Corregedor nesta prática com o Arrais inf
bem fraguados. Estando o Corregedor nesta prática com o Ar
is infernal chegou um Procurador, carregado de livros, e diz
regedor nesta prática com o Arrais infernal chegou um Procu
dor, carregado de livros, e diz o Corregedor ao Procurador:
Procurador, carregado de livros, e diz o Corregedor ao Procu
dor: CORREGEDOR Ó senhor Procurador! PROCURADOR Bejo-vo-las
e diz o Corregedor ao Procurador: CORREGEDOR Ó senhor Procu
dor! PROCURADOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse arrais
egedor ao Procurador: CORREGEDOR Ó senhor Procurador! PROCU
DOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse arrais? Que diz? D
curador! PROCURADOR Bejo-vo-las mãos, Juiz! Que diz esse ar
is? Que diz? DIABO Que serês bom remador. Entrai, bacharel
diz esse arrais? Que diz? DIABO Que serês bom remador. Ent
i, bacharel doutor, e ireis dando na bomba. PROCURADOR E est
ador. Entrai, bacharel doutor, e ireis dando na bomba. PROCU
DOR E este barqueiro zomba... Jogatais de zombador? Essa gen
o zomba... Jogatais de zombador? Essa gente que aí está pe
onde a levais? DIABO Pera as penas infernais. PROCURADOR Di
bador? Essa gente que aí está pera onde a levais? DIABO Pe
as penas infernais. PROCURADOR Dix! Nom vou eu pera lá! Ou
tá pera onde a levais? DIABO Pera as penas infernais. PROCU
DOR Dix! Nom vou eu pera lá! Outro navio está cá, muito m
DIABO Pera as penas infernais. PROCURADOR Dix! Nom vou eu pe
lá! Outro navio está cá, muito milhor assombrado. DIABO
vou eu pera lá! Outro navio está cá, muito milhor assomb
do. DIABO Ora estás bem aviado! Entra, muitieramá! CORREGE
lá! Outro navio está cá, muito milhor assombrado. DIABO O
estás bem aviado! Entra, muitieramá! CORREGEDOR Confessas
, muito milhor assombrado. DIABO Ora estás bem aviado! Ent
, muitieramá! CORREGEDOR Confessaste-vos, doutor? PROCURADO
ilhor assombrado. DIABO Ora estás bem aviado! Entra, muitie
má! CORREGEDOR Confessaste-vos, doutor? PROCURADOR Bacharel
ntra, muitieramá! CORREGEDOR Confessaste-vos, doutor? PROCU
DOR Bacharel som. Dou-me à Demo! Não cuidei que era extrem
? PROCURADOR Bacharel som. Dou-me à Demo! Não cuidei que e
extremo, nem de morte minha dor. E vós, senhor Corregedor?
epois que o apanhais. DIABO Pois porque nom embarcais? PROCU
DOR Quia speramus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo...
anhais. DIABO Pois porque nom embarcais? PROCURADOR Quia spe
mus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo... Pera que espe
Quia speramus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo... Pe
que esperatis mais? Vão-se ambos ao batel da Glória, e, c
mus in Deo. DIABO Imbarquemini in barco meo... Pera que espe
tis mais? Vão-se ambos ao batel da Glória, e, chegando, di
ria, e, chegando, diz o Corregedor ao Anjo: CORREGEDOR Ó ar
is dos gloriosos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pe
Ó arrais dos gloriosos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! p
gas pera papel, pera as almas odiosos! Como vindes preciosos
is dos gloriosos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pe
papel, pera as almas odiosos! Como vindes preciosos, sendo
osos, passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pera papel, pe
as almas odiosos! Como vindes preciosos, sendo filhos da ci
e passai-nos como vossos! PARVO Hou, homens dos breviairos,
pinastis coelhorum et pernis perdigotorum e mijais nos campa
mijais nos campanairos! CORREGEDOR Oh! não nos sejais cont
iros, pois nom temos outra ponte! PARVO Belequinis ubi sunt?
ORREGEDOR Oh! não nos sejais contrairos, pois nom temos out
ponte! PARVO Belequinis ubi sunt? Ego latinus macairos. ANJ
vades embarcados nesse batel infernal. CORREGEDOR Oh! nom p
za a São Marçal! coa ribeira, nem co rio! Cuidam lá que
infernal. CORREGEDOR Oh! nom praza a São Marçal! coa ribei
, nem co rio! Cuidam lá que é desvario haver cá tamanho m
rio! Cuidam lá que é desvario haver cá tamanho mal! PROCU
DOR Que ribeira é esta tal! PARVO Parecês-me vós a mi com
que é desvario haver cá tamanho mal! PROCURADOR Que ribei
é esta tal! PARVO Parecês-me vós a mi como cagado nebri,
no Sardoal. Embarquetis in zambuquis! CORREGEDOR Venha a neg
prancha cá! Vamos ver este segredo. PROCURADOR Diz um text
ardoal. Embarquetis in zambuquis! CORREGEDOR Venha a negra p
ncha cá! Vamos ver este segredo. PROCURADOR Diz um texto do
DOR Venha a negra prancha cá! Vamos ver este segredo. PROCU
DOR Diz um texto do Degredo... DIABO Entrai, que cá se dir
ste segredo. PROCURADOR Diz um texto do Degredo... DIABO Ent
i, que cá se dirá! E Tanto que foram dentro no batel dos c
do Degredo... DIABO Entrai, que cá se dirá! E Tanto que fo
m dentro no batel dos condenados, disse o Corregedor a Bríz
rízida Vaz, porque a conhecia: CORREGEDOR Oh! esteis muitie
má, senhora Brízida Vaz! BRÍZIDA Já siquer estou em paz,
porque a conhecia: CORREGEDOR Oh! esteis muitieramá, senho
Brízida Vaz! BRÍZIDA Já siquer estou em paz, que não me
Já siquer estou em paz, que não me leixáveis lá. Cada ho
sentenciada: «Justiça que manda fazer....» CORREGEDOR E
fazer....» CORREGEDOR E vós... tornar a tecer e urdir out
meada. BRÍZIDA Dizede, juiz d'alçada: vem lá Pêro de Li
em que morreu Enforcado, e, chegando ao batel dos mal-aventu
dos, disse o Arrais, tanto que chegou: DIABO Venhais embora,
orcado, e, chegando ao batel dos mal-aventurados, disse o Ar
is, tanto que chegou: DIABO Venhais embora, enforcado! Que d
urados, disse o Arrais, tanto que chegou: DIABO Venhais embo
, enforcado! Que diz lá Garcia Moniz? ENFORCADO Eu te direi
Moniz? ENFORCADO Eu te direi que ele diz: que fui bem-aventu
do em morrer dependurado como o tordo na buiz, e diz que os
direi que ele diz: que fui bem-aventurado em morrer dependu
do como o tordo na buiz, e diz que os feitos que eu fiz me f
diz que os feitos que eu fiz me fazem canonizado. DIABO Ent
cá, governarás atá as portas do Inferno. ENFORCADO Nom
verno. DIABO Mando-te eu que aqui irás. ENFORCADO Oh! nom p
za a Barrabás! Se Garcia Moniz diz que os que morrem como e
BO Mando-te eu que aqui irás. ENFORCADO Oh! nom praza a Bar
bás! Se Garcia Moniz diz que os que morrem como eu fiz são
eu fiz são livres de Satanás... E disse que a Deus prouve
que fora ele o enforcado; e que fosse Deus louvado que em b
ão livres de Satanás... E disse que a Deus prouvera que fo
ele o enforcado; e que fosse Deus louvado que em bo'hora eu
fora ele o enforcado; e que fosse Deus louvado que em bo'ho
eu cá nacera; e que o Senhor m'escolhera; e por bem vi bel
forcado; e que fosse Deus louvado que em bo'hora eu cá nace
; e que o Senhor m'escolhera; e por bem vi beleguins. E com
uvado que em bo'hora eu cá nacera; e que o Senhor m'escolhe
; e por bem vi beleguins. E com isto mil latins, mui lindos,
i beleguins. E com isto mil latins, mui lindos, feitos de ce
. E, no passo derradeiro, me disse nos meus ouvidos que o lu
isto mil latins, mui lindos, feitos de cera. E, no passo der
deiro, me disse nos meus ouvidos que o lugar dos escolhidos
eiro, me disse nos meus ouvidos que o lugar dos escolhidos e
a forca e o Limoeiro; nem guardião do moesteiro nom tinha
ro nom tinha tão santa gente como Afonso Valente que é ago
carcereiro. DIABO Dava-te consolação isso, ou algum esfor
-te consolação isso, ou algum esforço? ENFORCADO Com o ba
ço no pescoço, mui mal presta a pregação... E ele leva a
as quem há-de estar no ar avorrece-lhe o sermão. DIABO Ent
, entra no batel, que ao Inferno hás-de ir! ENFORCADO O Mon
há-de estar no ar avorrece-lhe o sermão. DIABO Entra, ent
no batel, que ao Inferno hás-de ir! ENFORCADO O Moniz há-
São Miguel jentaria pão e mel tanto que fosse enforcado. O
, já passei meu fado, e já feito é o burel. Agora não se
rcado. Ora, já passei meu fado, e já feito é o burel. Ago
não sei que é isso: não me falou em ribeira, nem barquei
o burel. Agora não sei que é isso: não me falou em ribei
, nem barqueiro, nem barqueira, senão - logo ò Paraíso. I
isso: não me falou em ribeira, nem barqueiro, nem barquei
, senão - logo ò Paraíso. Isto muito em seu siso. e era s
m ribeira, nem barqueiro, nem barqueira, senão - logo ò Pa
íso. Isto muito em seu siso. e era santo o meu baraço... E
eira, senão - logo ò Paraíso. Isto muito em seu siso. e e
santo o meu baraço... Eu não sei que aqui faço: que é d
go ò Paraíso. Isto muito em seu siso. e era santo o meu ba
ço... Eu não sei que aqui faço: que é desta glória empr
roviso? DIABO Falou-te no Purgatório? ENFORCADO Disse que e
o Limoeiro, e ora por ele o salteiro e o pregão vitatório
u-te no Purgatório? ENFORCADO Disse que era o Limoeiro, e o
por ele o salteiro e o pregão vitatório; e que era mui no
ro, e ora por ele o salteiro e o pregão vitatório; e que e
mui notório que àqueles deciprinados eram horas dos finad
tatório; e que era mui notório que àqueles deciprinados e
m horas dos finados e missas de São Gregório. DIABO Quero-
io; e que era mui notório que àqueles deciprinados eram ho
s dos finados e missas de São Gregório. DIABO Quero-te des
o Gregório. DIABO Quero-te desenganar: se o que disse toma
s, certo é que te salvaras. Não o quiseste tomar... - Alto
te desenganar: se o que disse tomaras, certo é que te salva
s. Não o quiseste tomar... - Alto! Todos a tirar, que está
que te salvaras. Não o quiseste tomar... - Alto! Todos a ti
r, que está em seco o batel! - Saí vós, Frei Babriel! Aju
dai ali a botar! Vêm Quatro Cavaleiros cantando, os quais t
zem cada um a Cruz de Cristo, pelo qual Senhor e acrecentame
ual Senhor e acrecentamento de Sua santa fé católica morre
m em poder dos mouros. Absoltos a culpa e pena per privilég
Santa Igreja. E a cantiga que assi cantavam, quanto a palav
dela, é a seguinte: CAVALEIROS À barca, à barca segura,
avra dela, é a seguinte: CAVALEIROS À barca, à barca segu
, barca bem guarnecida, à barca, à barca da vida! Senhores
a bem guarnecida, à barca, à barca da vida! Senhores que t
balhais pola vida transitória, memória , por Deus, memóri
barca, à barca da vida! Senhores que trabalhais pola vida t
nsitória, memória , por Deus, memória deste temeroso cais
barca da vida! Vigiai-vos, pecadores, que, depois da sepultu
, neste rio está a ventura de prazeres ou dolores! À barca
pecadores, que, depois da sepultura, neste rio está a ventu
de prazeres ou dolores! À barca, à barca, senhores, barca
es, que, depois da sepultura, neste rio está a ventura de p
zeres ou dolores! À barca, à barca, senhores, barca mui no
anados assi cantando, com suas espadas e escudos, disse o Ar
is da perdição desta maneira: DIABO Cavaleiros, vós passa
espadas e escudos, disse o Arrais da perdição desta manei
: DIABO Cavaleiros, vós passais e nom perguntais onde is? 1
r conhecê-nos bem: morremos nas Partes d'Além, e não quei
is saber mais. DIABO Entrai cá! Que cousa é essa? Eu nom p
os nas Partes d'Além, e não queirais saber mais. DIABO Ent
i cá! Que cousa é essa? Eu nom posso entender isto! CAVALE
morre por Jesu Cristo não vai em tal barca como essa! Torna
m a prosseguir, cantando, seu caminho direito à barca da Gl
m, diz o Anjo: ANJO Ó cavaleiros de Deus, a vós estou espe
ndo, que morrestes pelejando por Cristo, Senhor dos Céus! S
11. Sépia
12. Iletrado
Se tu vais continuar a ser assim tão ta
do, inda um dia hás-de acordar solenemente enrabado ... ape
ssim tão tarado, inda um dia hás-de acordar solenemente en
bado ... apenas p'ra variar e não morrer iletrado... MISSIV
da um dia hás-de acordar solenemente enrabado ... apenas p'
variar e não morrer iletrado... MISSIVA, Pedro Laranjeira
'ra variar e não morrer iletrado... MISSIVA, Pedro Laranjei
13. Jurerê
14. Ignorado
"Fulano" havia ignorado o companheiro "Belt
no" ao falar sobre os principais concorrentes ao título do
o" ao falar sobre os principais concorrentes ao título do B
sileirão. O projeto, porém, foi abandonado em 2009 pela ge
andonado em 2009 pela gestão de "Fulano"(Partido XT) e igno
do pela gestão de seu sucessor "Beltrano". Ele ignora as re
o"(Partido XT) e ignorado pela gestão de seu sucessor "Belt
no". Ele ignora as regras. Cumprimentou, mas foi ignorado. "
e ignorado pela gestão de seu sucessor "Beltrano". Ele igno
as regras. Cumprimentou, mas foi ignorado. "Quero ignorado,
o pela gestão de seu sucessor "Beltrano". Ele ignora as reg
s. Cumprimentou, mas foi ignorado. "Quero ignorado, e calmo
"Beltrano". Ele ignora as regras. Cumprimentou, mas foi igno
do. "Quero ignorado, e calmo Por ignorado, e próprio Por ca
gnora as regras. Cumprimentou, mas foi ignorado. "Quero igno
do, e calmo Por ignorado, e próprio Por calmo, encher meus
imentou, mas foi ignorado. "Quero ignorado, e calmo Por igno
do, e próprio Por calmo, encher meus dias " ( Fernando Pess
Pessoa) http://www.youtube.com/watch?v=BALj7sMOpIo Classe g
matical de ignorado: Adjetivo Separação das sílabas de ig
ww.youtube.com/watch?v=BALj7sMOpIo Classe gramatical de igno
do: Adjetivo Separação das sílabas de ignorado: ig-no-ra-
h?v=BALj7sMOpIo Classe gramatical de ignorado: Adjetivo Sepa
ção das sílabas de ignorado: ig-no-ra-do Possui 8 letras
15. Bacante
Existe um povo que a bandeira empresta = (o povo b
sileiro...bandeira brasileira) P"ra cobrir tanta infâmia e
m povo que a bandeira empresta = (o povo brasileiro...bandei
brasileira) P"ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (ve
vo que a bandeira empresta = (o povo brasileiro...bandeira b
sileira) P"ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (vergon
a bandeira empresta = (o povo brasileiro...bandeira brasilei
) P"ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (vergonhosa co
eira empresta = (o povo brasileiro...bandeira brasileira) P"
cobrir tanta infâmia e cobardia!... = (vergonhosa covardia
infâmia e cobardia!... = (vergonhosa covardia) E deixa-a t
nsformar-se nessa festa =(festa macabra) Em manto impuro de
covardia) E deixa-a transformar-se nessa festa =(festa macab
) Em manto impuro de bacante fria!... =(manto sujo de mulher
que participa em suruba) Meu Deus! meu Deus! mas que bandei
é esta, = (admirado com tanta pouca vergonha) Que impudent
uruba) Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, = (admi
do com tanta pouca vergonha) Que impudente na gávea tripudi