Exemplos de
Ma
231 resultados encontrados
1. Mestre
es títulos, que são, para o mestrado em artes e letras, o
ster of Arts ( MA), para o mestrado em ciências, o Master o
são, para o mestrado em artes e letras, o Master of Arts (
), para o mestrado em ciências, o Master of Science ( MS ou
as, o Master of Arts ( MA), para o mestrado em ciências, o
ster of Science ( MS ou MSc ) e centenas de outros similares
MS ou MSc ) e centenas de outros similares e equivalentes (
ster of Fine Arts, MFA, Master of Public Health (MPH), etc,
outros similares e equivalentes ( Master of Fine Arts, MFA,
ster of Public Health (MPH), etc, etc.. Nos Estados Unidos d
2. Marajá
3. Equilíbrio
ada estrela fria um brilho de a...lu...guel E nuvens lá no
ta-borrão do céu Chupavam manchas torturadas, que sufoco l
a...lu...guel E nuvens lá no mata-borrão do céu Chupavam
nchas torturadas, que sufoco louco O bêbado com chapéu coc
um rabo de foguete Chora a nossa pátria mãe gentil Choram
rias e clarisses no solo do Brasil Mas sei que uma dor assim
ria mãe gentil Choram marias e clarisses no solo do Brasil
s sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
il Choram marias e clarisses no solo do Brasil Mas sei que u
dor assim pungente não há de ser inutilmente A espe...ran
orda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha pode se
...chu...car Azar, a esperança equilibrista Sabe que o show
4. Restinga
Um dos exemplos que podemos citar é a restinga da
- rambaia, no estado do Rio de Janeiro, zona militar usada p
5. Amore
erebbe non conoscerlo mai, l'amore. Continuare a sperarci..
che non venisse mai", Carlo Cassola.
6. Ji-parana-ro
7. Guiana
8. Maçarico
As principais espécies são : maçarico-galego;
çarico- -do-Congo; maçarico-solitário; maçarico-das-roch
is espécies são : maçarico-galego; maçarico- -do-Congo;
çarico-solitário; maçarico-das-rochas; ma- çarico-real.
9. Anonáceas
As espécies mais conhecidas são: a graviola (VIDE) , o
- rolo (VIDE), o biribá (VIDE) e a cabeça-de-negro (VIDE).
10. Taverna
antasy? What think you of it? Hamlet. Ato I. Shakespeare I U
NOITE DO SÉCULO Bebamos! nem um canto de saudade! Morrem n
enas horríveis! Não vedes que as mulheres dormem ébrias,
cilentas como defuntos? Não sentis que o sono da embriaguez
mece murmurando as canções de orgia de Tieck, que música
is bela que o alarido da saturnal? Quando as nuvens correm n
negras no céu como um bando de corvos errantes, e a lua des
ia como a luz de uma lâmpada sobre a alvura de uma beleza q
um bando de corvos errantes, e a lua desmaia como a luz de u
lâmpada sobre a alvura de uma beleza que dorme, que melhor
a lua desmaia como a luz de uma lâmpada sobre a alvura de u
beleza que dorme, que melhor noite que a passada ao reflexo
aças? — És um louco, Bertram! não é a lua que lá vai
cilenta: e o relâmpago que passa e ri de escárnio as agoni
? — É o Fichtismo na embriaguez! Espiritualista, bebe a i
terialidade da embriaguez! — Oh! vazio! meu copo esta vazi
borrifa de lava? — O vinho acabou-se nos copos, Bertram,
s o fumo ondula ainda nos cachimbos! Após os vapores do vin
da nos cachimbos! Após os vapores do vinho os vapores da fu
ça! Senhores, em nome de todas as nossas reminiscências, d
e mentiram, de todas as nossas esperanças que desbotaram, u
última saúde! A taverneira ai nos trouxe mais vinho: uma
am, de todas as nossas esperanças que desbotaram, uma últi
saúde! A taverneira ai nos trouxe mais vinho: uma saúde!
desbotaram, uma última saúde! A taverneira ai nos trouxe
is vinho: uma saúde! O fumo e a imagem do idealismo, e o tr
uma última saúde! A taverneira ai nos trouxe mais vinho: u
saúde! O fumo e a imagem do idealismo, e o transunto de tu
averneira ai nos trouxe mais vinho: uma saúde! O fumo e a i
gem do idealismo, e o transunto de tudo quanto ha mais vapor
mo e a imagem do idealismo, e o transunto de tudo quanto ha
is vaporoso naquele espiritualismo que nos fala da imortalid
so naquele espiritualismo que nos fala da imortalidade da al
! e pois, ao fumo das Antilhas, a imortalidade da alma! —
da alma! e pois, ao fumo das Antilhas, a imortalidade da al
! — Bravo! bravo! Um urrah! tríplice respondeu ao moço m
se-lhe o reflexo das luzes do festim. Falou: — Calai-vos,
lditos! a imortalidade da alma!? pobres doidos! e porque a a
festim. Falou: — Calai-vos, malditos! a imortalidade da al
!? pobres doidos! e porque a alma é bela, por que não conc
ditos! a imortalidade da alma!? pobres doidos! e porque a al
é bela, por que não concebeis que esse ideal posse tornar
er que ele morra? Doidos! nunca velada levastes porventura u
noite a cabeceira de um cadáver? E então não duvidastes
ópio do sono que emudecia aquele homem? Imortalidade da al
! e por que também não sonhar a das flores, a das brisas,
ores, a das brisas, a dos perfumes? Oh! não mil vezes! a al
não é como a lua, sempre moça, nua e bela em sue virgind
e moça, nua e bela em sue virgindade eterna! a vida não e
is que a reunião ao acaso das moléculas atraídas: o que e
aídas: o que era um corpo de mulher vai porventura transfor
r-se num cipreste ou numa nuvem de miasmas; o que era um cor
o de mulher vai porventura transformar-se num cipreste ou nu
nuvem de miasmas; o que era um corpo do verme vai alvejar-s
porventura transformar-se num cipreste ou numa nuvem de mias
s; o que era um corpo do verme vai alvejar-se no cálice da
vai alvejar-se no cálice da flor ou na fronte da criança
is loira e bela. Como Schiller o disse, o átomo da intelig
o; pelo platonismo, não! — Solfieri! és um insensato! o
terialismo é árido como o deserto, é escuro como um túmu
mo o deserto, é escuro como um túmulo! A nós frontes quei
das pelo mormaço do sol da vida, a nós sobre cuja cabeça
é escuro como um túmulo! A nós frontes queimadas pelo mor
ço do sol da vida, a nós sobre cuja cabeça a velhice rege
ho da minha cabeceira era o espírito puro ajoelhado no seu
nto argênteo, num oceano de aromas e luzes! Ilusões! a rea
ito puro ajoelhado no seu manto argênteo, num oceano de aro
s e luzes! Ilusões! a realidade é a febre do libertino, a
alpitante sobre os joelhos. — Blasfêmia! e não crês em
is nada? teu ceticismo derribou todas as estátuas do teu te
utopia do bem absoluto, o sol da luz e do amor, muito bem!
s, se entendeis por ele os ídolos que os homens ergueram ba
ergueram banhados de sangue e o fanatismo beija em sua inani
ção de mármore de há cinco mil anos... não creio nele!
a ardente daquela terra como nem Homero as sonhou, como a hu
nidade inteira ajoelhada sobre os túmulos do passado nunca
nidade inteira ajoelhada sobre os túmulos do passado nunca
is lembrará! Mas, quando me falarem em verdades religiosas,
joelhada sobre os túmulos do passado nunca mais lembrará!
s, quando me falarem em verdades religiosas, em visões sant
panteísmo de Spinoza — o judeu, e o esterismo crente de
lebranche nos seus sonhos da visão em Deus. A verdadeira fi
elemento sensível quem domina. E pois ergamo-nos, nos que a
nhecemos nas noites desbotadas de estudo insano, e vimos que
dade chamou Baco o filho das coxas de um deus e do amor de u
mulher, e que nos chamamos melhor pelo seu nome — o vinho
das coxas de um deus e do amor de uma mulher, e que nos cha
mos melhor pelo seu nome — o vinho!... — Ao vinho! ao vi
caíram vazios na mesa. — Agora ouvi-me, senhores! entre u
saúde e uma baforada de fumaça, quando as cabeças queima
s na mesa. — Agora ouvi-me, senhores! entre uma saúde e u
baforada de fumaça, quando as cabeças queimam e os cotove
ora ouvi-me, senhores! entre uma saúde e uma baforada de fu
ça, quando as cabeças queimam e os cotovelos se estendem n
ma saúde e uma baforada de fumaça, quando as cabeças quei
m e os cotovelos se estendem na toalha molhada de vinho, com
braços do carniceiro no cepo gotejante, o que nos cabe é u
historia sanguinolenta, um daqueles contos fantásticos com
ria sanguinolenta, um daqueles contos fantásticos como Hoff
nn os delirava ao clarão dourado do Johannisberg! — Uma h
ffmann os delirava ao clarão dourado do Johannisberg! — U
história medonha, não, Archibald? falou um moço pálido
alou um moço pálido que a esse reclamo erguera a cabeça a
relenta. Pois bem, dir-vos-ei uma historia. Mas quanto a ess
reclamo erguera a cabeça amarelenta. Pois bem, dir-vos-ei u
historia. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis
ra a cabeça amarelenta. Pois bem, dir-vos-ei uma historia.
s quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis suar a frio d
io da fronte grossas bagas de terror. Não é um conto, é u
lembrança do passado. — Solfieri! Solfieri! aí vens com
ri! aí vens com teus sonhos! — Conta! Solfieri falou: os
is fizeram silêncio. II SOLFIERI ...Yet one kiss on your pa
so warm — my heart! my heart! Cain. Byron — Sabei-lo. Ro
é a cidade do fanatismo e da perdição: na alcova do sace
mor, o beijo lascivo à embriaguez da crença! — Era em Ro
. Uma noite a lua ia bela como vai ela no verão pôr aquele
o beijo lascivo à embriaguez da crença! — Era em Roma. U
noite a lua ia bela como vai ela no verão pôr aquele céu
. Eu passeava a sós pela ponte de... As luzes se apagaram u
por uma nos palácios, as ruas se fazias ermas, e a lua de
seava a sós pela ponte de... As luzes se apagaram uma por u
nos palácios, as ruas se fazias ermas, e a lua de sonolent
se apagaram uma por uma nos palácios, as ruas se fazias er
s, e a lua de sonolenta se escondia no leito de nuvens. Uma
rmas, e a lua de sonolenta se escondia no leito de nuvens. U
sombra de mulher apareceu numa janela solitária e escura.
scondia no leito de nuvens. Uma sombra de mulher apareceu nu
janela solitária e escura. Era uma forma branca. — A fac
ra de mulher apareceu numa janela solitária e escura. Era u
forma branca. — A face daquela mulher era como a de uma e
mulher apareceu numa janela solitária e escura. Era uma for
branca. — A face daquela mulher era como a de uma estátu
uma forma branca. — A face daquela mulher era como a de u
estátua pálida à lua. Pelas faces dela, como gotas de um
a estátua pálida à lua. Pelas faces dela, como gotas de u
taça caída, rolavam fios de lágrimas. Eu me encostei a a
dela, como gotas de uma taça caída, rolavam fios de lágri
s. Eu me encostei a aresta de um palácio. A visão desapare
desapareceu no escuro da janela... e daí um canto se derra
va. Não era só uma voz melodiosa: havia naquele cantar um
ro da janela... e daí um canto se derramava. Não era só u
voz melodiosa: havia naquele cantar um como choro de frenes
Não viu a ninguém: saiu. Eu segui-a. A noite ia cada vez
is alta: a lua sumira-se no céu, e a chuva caía as gotas p
esadas: apenas eu sentia nas faces caírem-me grossas lágri
s de água, como sobre um túmulo prantos de órfão. Andamo
aves da noite. Não sei se adormeci: sei apenas que quando a
nheceu achei-me a sós no cemitério. Contudo a criatura pá
a sós no cemitério. Contudo a criatura pálida não fora u
ilusão: as urzes, as cicutas do campo-santo estavam quebra
urzes, as cicutas do campo-santo estavam quebradas junto a u
cruz. O frio da noite, aquele sono dormido à chuva, causar
O frio da noite, aquele sono dormido à chuva, causaram-me u
febre. No meu delírio passava e repassava aquela brancura
se perdia num canto suavíssimo... Um ano depois voltei a Ro
. Nos beijos das mulheres nada me saciava: no sono da sacied
me saciava: no sono da saciedade me vinha aquela visão... U
noite, e após uma orgia, eu deixara dormida no leito dela
da saciedade me vinha aquela visão... Uma noite, e após u
orgia, eu deixara dormida no leito dela a condessa Bárbara
o dela a condessa Bárbara. Dei um último olhar àquela for
nua e adormecida com a febre nas faces e a lascívia nos l
na mesa: nos lábios daquela criatura eu bebera até a últi
gota o vinho do deleite... Quando dei acordo de mim estava
o círios batiam num caixão entreaberto. Abri-o: era o de u
moça. Aquele branco da mortalha, as grinaldas da morte na
dela, naquela tez lívida e embaçada, o vidrento dos olhos
l apertados... Era uma defunta! ... e aqueles traços todos
ida e embaçada, o vidrento dos olhos mal apertados... Era u
defunta! ... e aqueles traços todos me lembraram uma idéi
Era uma defunta! ... e aqueles traços todos me lembraram u
idéia perdida. . — Era o anjo do cemitério? Cerrei as p
fora do caixão. Pesava como chumbo... Sabeis a historia de
ria Stuart degolada e o algoz, "do cadáver sem cabeça
homem sem coração" como a conta Brantôme? — Foi u
idéia singular a que eu tive. Tomei-a no colo. Preguei-lhe
o véu e a capela como o noivo as despe a noiva. Era mesmo u
estátua: tão branca era ela. A luz dos tocheiros dava-lhe
zo foi fervoroso — cevei em perdição aquela vigília. A
drugada passava já frouxa nas janelas. Àquele calor de meu
, à convulsão de meu amor, a donzela pálida parecia reani
r-se. Súbito abriu os olhos empanados. Luz sombria alumiou-
abriu os olhos empanados. Luz sombria alumiou-os como a de u
estrela entre névoa, apertou-me em seus braços, um suspir
lhe nos beiços azulados... Não era já a morte: era um des
io. No aperto daquele abraço havia contudo alguma coisa de
era um desmaio. No aperto daquele abraço havia contudo algu
coisa de horrível. O leito de lájea onde eu passara uma h
guma coisa de horrível. O leito de lájea onde eu passara u
hora de embriaguez me resfriava. Pude a custo soltar-me daq
sentem-se os membros tolhidos, e as faces banhadas de lágri
s alheias sem poder revelar a vida! A moça revivia a pouco
elar a vida! A moça revivia a pouco e pouco. Ao acordar des
iara. Embucei-me na capa e tomei-a nos braços coberta com s
a capa e tomei-a nos braços coberta com seu sudário como u
criança. Ao aproximar-me da porta topei num corpo; abaixei
raços coberta com seu sudário como uma criança. Ao aproxi
r-me da porta topei num corpo; abaixei-me, olhei: era algum
ido de fechar a porta . Saí. Ao passar a praça encontrei u
patrulha. — Que levas aí? A noite era muito alta: talvez
alvez me cressem um ladrão. — É minha mulher que vai des
iada... — Uma mulher!... Mas essa roupa branca e longa? Se
m um ladrão. — É minha mulher que vai desmaiada... — U
mulher!... Mas essa roupa branca e longa? Serás acaso roub
— É minha mulher que vai desmaiada... — Uma mulher!...
s essa roupa branca e longa? Serás acaso roubador de cadáv
guarda aproximou-se. Tocou-lhe a fronte: era fria. — É u
defunta... Cheguei meus lábios aos dela. Senti um bafejo m
. Temeroso de que ouvissem-na gritar e acudissem, corri com
is esforço. Quando eu passei a porta ela acordou. O primeir
O primeiro som que lhe saiu da boca foi um grito de medo...
l eu fechara a porta, bateram nela. Era um bando de libertin
de libertinos meus companheiros que voltavam da orgia. Recla
ram que abrisse. Fechei a moça no meu quarto, e abri. Meia
de um rir convulso como a insânia, e frio como a folha de u
espada. Trespassava de dor o ouvi-la. Dois dias e duas noit
tuário que trabalhava perfeitamente em cera, e paguei-lhe u
estátua dessa virgem. Quando o escultor saiu, levantei os
com as mãos cavei aí um túmulo. Tomei-a então pela últi
vez nos braços, apertei-a a meu peito muda e fria, beijei-
lha e paguei o segredo... — Não te lembras, Bertram, de u
forma branca de mulher que entreviste pelo véu do meu cort
paguei o segredo... — Não te lembras, Bertram, de uma for
branca de mulher que entreviste pelo véu do meu cortinado?
meu cortinado? Não te lembras que eu te respondi que era u
virgem que dormia? — E quem era essa mulher, Solfieri?
Solfieri? — Quem era? seu nome? — Quem se importa com u
palavra quando sente que o vinho lhe queima assaz os lábio
se importa com uma palavra quando sente que o vinho lhe quei
assaz os lábios? quem pergunta o nome da prostituta com qu
há dele mister por escrever-lho na lousa? Solfieri encheu u
taça e bebeu-a. Ia erguer-se da mesa quando um dos conviva
e defunta. Hei-la! Abriu a camisa, e viram-lhe ao pescoço u
grinalda de flores mirradas. —Vede-la murcha e seca como
Childe Harold, I. Byron Um outro conviva se levantou. Era u
cabeça ruiva, uma tez branca, uma daquelas criaturas fleum
Byron Um outro conviva se levantou. Era uma cabeça ruiva, u
tez branca, uma daquelas criaturas fleumáticas que não he
onviva se levantou. Era uma cabeça ruiva, uma tez branca, u
daquelas criaturas fleumáticas que não hesitarão ao trop
vinho, e com a barba nas mãos alvas, com os olhos de verde-
r fixos, falou: — Sabeis, uma mulher levou-me a perdição
alvas, com os olhos de verde-mar fixos, falou: — Sabeis, u
mulher levou-me a perdição. Foi ela quem me queimou a fro
us três melhores amigos, abrir três túmulos àqueles que
is me amavam na vida — e depois, depois sentir-me só e ab
melhores amigos, abrir três túmulos àqueles que mais me a
vam na vida — e depois, depois sentir-me só e abandonado
sentir-me só e abandonado no mundo, como a infanticida que
tou o seu filho, ou aquele Mouro infeliz junto a sua Desdêm
z junto a sua Desdêmona pálida! Pois bem, vou contar-vos u
história que começa pela lembrança desta mulher... Havia
que começa pela lembrança desta mulher... Havia em Cadiz u
donzela... linda daquele moreno das Andaluzas que não há
moreno das Andaluzas que não há vê-las sob as franjas da
ntilha acetinada, com as plantas mimosas, as mãos de alabas
ão doces, são puros, são embriagadores, vos ainda o sois
is! Oh! por esse eivar a eito de gozos de uma existência fo
s ainda o sois mais! Oh! por esse eivar a eito de gozos de u
existência fogosa nunca pude esquecer-vos! Senhores! aí t
. . . . . . . . . . . . . . . . . Amei muito essa moça, cha
va-se Ângela. Quando eu estava decidido a casar-me com ela,
s ao relento a espreitar-lhe da sombra um aceno, um adeus, u
flor, quando após tanto desejo e tanta esperança eu sorvi
vi-lhe o primeiro beijo, tive de partir da Espanha para Dina
rca onde me chamava meu pai. Foi uma noite de soluços e lá
beijo, tive de partir da Espanha para Dinamarca onde me cha
va meu pai. Foi uma noite de soluços e lágrimas, de choros
tir da Espanha para Dinamarca onde me chamava meu pai. Foi u
noite de soluços e lágrimas, de choros e de esperanças,
onde me chamava meu pai. Foi uma noite de soluços e lágri
s, de choros e de esperanças, de beijos e promessas, de amo
pôs as mãos na minha cabeça, banhou-me a fronte de lágri
s — eram as últimas — depois deixou-se cair, pôs as m
a cabeça, banhou-me a fronte de lágrimas — eram as últi
s — depois deixou-se cair, pôs as mãos no peito, e com o
cou-se-lhe na garganta: todos choravam. Eu também chorava,
s era de saudades de Ângela... Logo que pude reduzir minha
dela! Muito ardentes foram aquelas horas de amor e de lágri
s, de saudades e beijos, de sonhos e maldições pare nos es
s de amor e de lágrimas, de saudades e beijos, de sonhos e
ldições pare nos esqueceremos um do outro. . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . U
noite, dois vultos alvejavam nas sombras de um jardim, as f
r de um vestido, as brisas soluçavam aos soluços de dois a
ntes, e o perfume das violetas que eles pisavam, das rosas e
tes, e o perfume das violetas que eles pisavam, das rosas e
dressilvas que abriam em torno deles era ainda mais doce per
as rosas e madressilvas que abriam em torno deles era ainda
is doce perdido no perfume dos cabelos soltos de uma mulher.
a ainda mais doce perdido no perfume dos cabelos soltos de u
mulher... Essa noite — foi uma loucura! foram poucas hora
ume dos cabelos soltos de uma mulher... Essa noite — foi u
loucura! foram poucas horas de sonhos de fogo! e quão brev
ento se embriagou de deleite nas nossas frontes pálidas...
s um dia o marido soube tudo: quis representar de Otelo com
agou de deleite nas nossas frontes pálidas... Mas um dia o
rido soube tudo: quis representar de Otelo com ela. Doido!..
ssar nas cortinas brancas a sombra do anjo. Quando passei, u
voz chamou-me. Entrei. — Ângela com os pés nus, o vesti
ola sacudiu seus longos cabelos negros e riu-se. Entramos nu
sala. Ela foi buscar uma luz, e deixou-me no escuro. Procur
abelos negros e riu-se. Entramos numa sala. Ela foi buscar u
luz, e deixou-me no escuro. Procurei, tateando, um lugar pa
ro. Procurei, tateando, um lugar para assentar-me: toquei nu
mesa. Mas ao passar-lhe a mão senti-a banhada de umidade:
rei, tateando, um lugar para assentar-me: toquei numa mesa.
s ao passar-lhe a mão senti-a banhada de umidade: além sen
passar-lhe a mão senti-a banhada de umidade: além senti u
cabeça fria como neve e molhada de um líquido espesso e m
Quando Ângela veio com a luz, eu vi... Era horrível!... O
rido estava degolado. Era uma estátua de gesso lavada em sa
, eu vi... Era horrível!... O marido estava degolado. Era u
estátua de gesso lavada em sangue... Sobre o peito do assa
so lavada em sangue... Sobre o peito do assassinado estava u
criança de bruços. Ela ergueu-a pelos cabelos... Estava m
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Foi u
vida insana a minha com aquela mulher! Era um viajar sem fi
viajar sem fim. Ângela vestia-se de homem: era um formoso
ncebo assim. No demais ela era como todos os moços libertin
gela vestia-se de homem: era um formoso mancebo assim. No de
is ela era como todos os moços libertinos que nas mesas da
da orgia batiam com a taça na taça dela. Bebia já como u
inglesa, fumava como uma Sultana, montava a cavalo como um
am com a taça na taça dela. Bebia já como uma inglesa, fu
va como uma Sultana, montava a cavalo como um Árabe, e atir
ça na taça dela. Bebia já como uma inglesa, fumava como u
Sultana, montava a cavalo como um Árabe, e atirava as arma
ma Sultana, montava a cavalo como um Árabe, e atirava as ar
s como um Espanhol. Quando o vapor dos licores me ardia a fr
Espanhol. Quando o vapor dos licores me ardia a fronte ela
repousava em seus joelhos, tomava um bandolim e me cantava
cores me ardia a fronte ela ma repousava em seus joelhos, to
va um bandolim e me cantava as modas de sua terra... Nossos
. . . . . . . . . . . . . . . . Um dia ela partiu: partiu,
s deixou-me os lábios ainda queimados dos seus, e o coraç
dia ela partiu: partiu, mas deixou-me os lábios ainda quei
dos dos seus, e o coração cheio de gérmen de vícios que
o cheio de gérmen de vícios que ela aí lançara. Partiu.
s sua lembrança ficou como o fantasma de um mau anjo perto
aí lançara. Partiu. Mas sua lembrança ficou como o fantas
de um mau anjo perto de meu leito. Quis esquecê-la no jogo
ara. Partiu. Mas sua lembrança ficou como o fantasma de um
u anjo perto de meu leito. Quis esquecê-la no jogo, nas beb
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . U
noite eu caíra ébrio as portas de um palácio: os cavalos
e eu caíra ébrio as portas de um palácio: os cavalos de u
carruagem pisaram-me ao passar e partiram-me a cabeça de e
de encontro à lájea. Acudiram-me desse palácio. Depois a
ram-me: a família era um nobre velho viúvo e uma beleza pe
. Depois amaram-me: a família era um nobre velho viúvo e u
beleza peregrina de dezoito anos. Não era amor de certo o
certo o que eu sentia por ela... Não sei o que foi... Era u
fatalidade infernal. A pobre inocente amou-me; e eu, recebi
oubei-a, fugi com ela... E o velho teve de chorar suas cãs
nchadas na desonra de sua filha, sem poder vingar-se. Depois
njoei-me dessa mulher. A saciedade é um tédio terrível. U
noite que eu jogava com Siegfried — o pirata, depois de p
jogava com Siegfried — o pirata, depois de perder as últi
s jóias dela, vendi-a. A moça envenenou Siegfried logo na
istórias do meu viver, vossas vigílias correriam breves de
is… Um dia — era na Itália — saciado de vinho e mulhe
eu chegara só na praia. Subi num rochedo: daí minha últi
voz foi uma blasfêmia, meu último adeus uma maldição, m
só na praia. Subi num rochedo: daí minha última voz foi u
blasfêmia, meu último adeus uma maldição, meu último..
í minha última voz foi uma blasfêmia, meu último adeus u
maldição, meu último... digo mal, porque senti-me erguid
minha última voz foi uma blasfêmia, meu último adeus uma
ldição, meu último... digo mal, porque senti-me erguido n
mia, meu último adeus uma maldição, meu último... digo
l, porque senti-me erguido nas águas pelo cabelo. Então na
o anelo da vida acordou-se em mim. A princípio tinha sido u
cegueira, uma nuvem ante meus olhos, como aos daquele que l
a acordou-se em mim. A princípio tinha sido uma cegueira, u
nuvem ante meus olhos, como aos daquele que labuta na treva
eio ardente: apertei aquele que me socorria: fiz tanto, em u
palavra, que, sem querê-lo, matei-o. Cansado do esforço d
me socorria: fiz tanto, em uma palavra, que, sem querê-lo,
tei-o. Cansado do esforço desmaiei... Quando recobrei os se
alavra, que, sem querê-lo, matei-o. Cansado do esforço des
iei... Quando recobrei os sentidos estava num escaler de mar
smaiei... Quando recobrei os sentidos estava num escaler de
rinheiros que remavam mar em fora. Aí soube eu que meu salv
ecobrei os sentidos estava num escaler de marinheiros que re
vam mar em fora. Aí soube eu que meu salvador tinha morrido
i os sentidos estava num escaler de marinheiros que remavam
r em fora. Aí soube eu que meu salvador tinha morrido afoga
ue meu salvador tinha morrido afogado por minha culpa. Era u
sina, e negra; e por isso ri-me; ri-me, enquanto os filhos
na, e negra; e por isso ri-me; ri-me, enquanto os filhos do
r choravam. Chegamos a uma corveta que estava erguendo ânco
-me; ri-me, enquanto os filhos do mar choravam. Chegamos a u
corveta que estava erguendo âncora. O comandante era um be
am. Chegamos a uma corveta que estava erguendo âncora. O co
ndante era um belo homem. Pelas faces vermelhas caiam-lhe os
m-lhe os crespos cabelos loiros onde a velhice alvejava algu
s cãs. Ele perguntou-me: — Quem és? — Um desgraçado q
ado que não pode viver na terra, e não deixaram morrer no
r. — Queres pois vir a bordo? — A menos que não prefira
is vir a bordo? — A menos que não prefirais atirar-me ao
r. — Não o faria: tens uma bela figura. Levar-te-ei comig
ue não prefirais atirar-me ao mar. — Não o faria: tens u
bela figura. Levar-te-ei comigo. Servirás... — Servir!?.
e ri-me: depois respondi-lhe frio: deixai que me atire ao
r... — Não queres servir? queres então viajar de braços
viajar de braços cruzados? — Não: quando for a hora da
nobra dormirei: mas quando vier a hora do combate ninguém s
cruzados? — Não: quando for a hora da manobra dormirei:
s quando vier a hora do combate ninguém será mais valente
dormirei: mas quando vier a hora do combate ninguém será
is valente do que eu... — Muito bem: gosto de ti, disse o
que eu... — Muito bem: gosto de ti, disse o velho lobo do
r. Agora que estamos conhecidos Dize-me teu nome e tua hist
po que se corrompe! lereis sobre a lousa um nome — e não
is! O comandante franziu as sobrancelhas, e passou adiante p
corrompe! lereis sobre a lousa um nome — e não mais! O co
ndante franziu as sobrancelhas, e passou adiante para comand
comandante franziu as sobrancelhas, e passou adiante para co
ndar a manobra. O comandante trazia a bordo uma bela moça.
e franziu as sobrancelhas, e passou adiante para comandar a
nobra. O comandante trazia a bordo uma bela moça. Criatura
sobrancelhas, e passou adiante para comandar a manobra. O co
ndante trazia a bordo uma bela moça. Criatura pálida, pare
iante para comandar a manobra. O comandante trazia a bordo u
bela moça. Criatura pálida, parecera a um poeta o anjo da
anjo da esperança adormecendo esquecido entre as ondas. Os
rinheiros a respeitavam: quando pelas noites de lua ela repo
lhares de orgulho, nem lhe ouvira palavras de cólera: era u
santa. Era a mulher do comandante. Entre aquele homem bruta
uvira palavras de cólera: era uma santa. Era a mulher do co
ndante. Entre aquele homem brutal e valente, rei bravio ao a
te. Entre aquele homem brutal e valente, rei bravio ao alto
r, esposado, como os Doges de Veneza ao Adriático, à sua g
à sua garrida corveta — entre aquele homem pois e aquela
dona havia um amor de homem como palpita o peito que longas
nuvens da tarde… Pobres doidos! parece que esses homens a
m muito! A bordo ouvi a muitos marinheiros seus amores singe
! parece que esses homens amam muito! A bordo ouvi a muitos
rinheiros seus amores singelos: eram moças loiras da Bretan
eus amores singelos: eram moças loiras da Bretanha e da Nor
ndia, ou alguma espanhola de cabelos negros vista ao passar
elos: eram moças loiras da Bretanha e da Normandia, ou algu
espanhola de cabelos negros vista ao passar sentada na prai
... junto a mim, muitas faces ásperas e tostadas ao sol do
r que se banharam de lágrimas... Voltemos a história. —
ásperas e tostadas ao sol do mar que se banharam de lágri
s... Voltemos a história. — O comandante a estremecia com
e se banharam de lágrimas... Voltemos a história. — O co
ndante a estremecia como um louco: — um pouco menos que a
como um louco: — um pouco menos que a sua honra, um pouco
is que sua corveta. E ela!?... ela no meio de sua melancolia
e sua tristeza e sua palidez, ela sorria as vezes quando cis
va sozinha, mas era um sorrir tão triste que doía. Coitada
e sua palidez, ela sorria as vezes quando cismava sozinha,
s era um sorrir tão triste que doía. Coitada! Um poeta a a
s era um sorrir tão triste que doía. Coitada! Um poeta a a
ria de joelhos. Uma noite — de certo eu estava ébrio —
o triste que doía. Coitada! Um poeta a amaria de joelhos. U
noite — de certo eu estava ébrio — fiz-lhe uns versos.
ébrio — fiz-lhe uns versos. Na lânguida poesia, eu derra
ra uma essência preciosa e límpida que ainda não se polu
— fiz-lhe uns versos. Na lânguida poesia, eu derramara u
essência preciosa e límpida que ainda não se poluíra no
, meses depois, li-os, ri-me deles e de mim; e os atirei ao
r... Era a última folha da minha virgindade que lançava ao
-os, ri-me deles e de mim; e os atirei ao mar... Era a últi
folha da minha virgindade que lançava ao esquecimento... A
.. Agora, enchei os copos: o que vou dizer-vos é negro, e u
lembrança horrível, como os pesadelos no Oceano. Com suas
nça horrível, como os pesadelos no Oceano. Com suas lágri
s, com seus sorrisos, com seus olhos úmidos e os seios intu
suspiros, aquela mulher me enlouquecia as noites. Era como u
vida nova que nascia cheia de desejos, quando eu cria que t
as afogadas em sangue ao nascer. Amei-a: por que dizer-vos
is? Ela amou-me também. Uma vez a luz ia límpida e serena
scer. Amei-a: por que dizer-vos mais? Ela amou-me também. U
vez a luz ia límpida e serena sobre as águas, as nuvens e
na sobre as águas, as nuvens eram brancas como um véu reca
do de pérolas da noite, o vento cantava nas cordas. Bebi-lh
fresco dessa noite, mil beijos nas faces molhadas de lágri
s, como se bebe o orvalho de um lírio cheio. Aquele seio pa
lpitante, o contorno acetinado, apertei-os sobre mim... O co
ndante dormia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . U
vez ao madrugar o gajeiro assinalou um navio. Meia hora dep
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma vez ao
drugar o gajeiro assinalou um navio. Meia hora depois descon
depois desconfiou que era um pirata... Chegávamos cada vez
is perto. Um tiro de pólvora seca da corveta reclamou a ban
iro de bala foi cair nas águas do barco desconhecido como u
luva de duelo. O barco que até então tinha seguido rumo o
a nossa proa virou de bordo e apresentou-nos seu flanco enfu
çado: um relâmpago correu nas baterias do pirata, um estro
correu nas baterias do pirata, um estrondo seguiu-se... e u
nuvem de balas veio morrer perto da corveta. Ela não dormi
a: a corveta deu-lhe caça: as descargas trocaram-se então
is fortes de ambos os lados. Enfim o pirata pareceu ceder. A
irata pareceu ceder. Atracaram-se os dois navios como para u
luta. A corveta vomitou sua gente a bordo do inimigo. O com
bordo do inimigo. O combate tornou-se sangrento — era um
tadouro!... o chão do navio escorregava de tanto sangue, o
tadouro!... o chão do navio escorregava de tanto sangue, o
r ansiava cheio de escumas ao boiar de tantos cadáveres. Ne
vio escorregava de tanto sangue, o mar ansiava cheio de escu
s ao boiar de tantos cadáveres. Nesta ocasião sentiu-se um
as ao boiar de tantos cadáveres. Nesta ocasião sentiu-se u
fumaça que subia do porão. O pirata dera fogo às pólvor
boiar de tantos cadáveres. Nesta ocasião sentiu-se uma fu
ça que subia do porão. O pirata dera fogo às pólvoras...
. O pirata dera fogo às pólvoras... Apenas a corveta por u
manobra atrevida pôde afastar-se do perigo. Mas a explosã
pirata dera fogo às pólvoras... Apenas a corveta por uma
nobra atrevida pôde afastar-se do perigo. Mas a explosão f
orveta por uma manobra atrevida pôde afastar-se do perigo.
s a explosão fez-lhe grandes estragos. Alguns minutos depoi
guns minutos depois o barco do pirata voou pelos ares. Era u
cena pavorosa ver entre aquela fogueira de chamas, ao estro
ares. Era uma cena pavorosa ver entre aquela fogueira de cha
s, ao estrondo da pólvora, ao reverberar deslumbrador do fo
homens arrojados ao ar irem cair no oceano. Uns a meio quei
dos se atiravam a água, outros com os membros esfolados e a
davam ainda entre dores horríveis e morriam torcendo-se em
ldições. A uma légua da cena do combate havia uma praia b
e dores horríveis e morriam torcendo-se em maldições. A u
légua da cena do combate havia uma praia bravia, cortada d
o-se em maldições. A uma légua da cena do combate havia u
praia bravia, cortada de rochedos Aí se salvaram os pirata
am os piratas que puderam fugir. E nesse tempo enquanto o co
ndante se batia como um bravo, eu o desonrava como um covard
o sei como se passou o tempo todo que decorreu depois. Foi u
visão de gozos malditos!... eram os amores de Satã e de E
u o tempo todo que decorreu depois. Foi uma visão de gozos
lditos!... eram os amores de Satã e de Eloá, da morte e da
amores de Satã e de Eloá, da morte e da vida, no leito do
r. Quando acordei um dia desse sonho, o navio tinha encalhad
ar foi a um grito de agonia... — Olá, mulher, taverneira
ldita, não vês que o vinho acabou-se? Depois foi um quadro
o acabou-se? Depois foi um quadro horrível! Éramos nós nu
jangada no meio do mar. Vós que lestes o Don Juan, que fiz
i um quadro horrível! Éramos nós numa jangada no meio do
r. Vós que lestes o Don Juan, que fizestes talvez daquele v
obre ele e com os olhos ainda fitos nele, vistes tanta vez a
nhecer, sabeis quanto se côa de horror ante aqueles homens
is quanto se côa de horror ante aqueles homens atirados ao
r, num mar sem horizonte, ao balanço das águas, que parece
se côa de horror ante aqueles homens atirados ao mar, num
r sem horizonte, ao balanço das águas, que parecem sufocar
águas, que parecem sufocar seu escárnio na mudez fria de u
fatalidade! Uma noite, a tempestade veio... apenas houve te
cem sufocar seu escárnio na mudez fria de uma fatalidade! U
noite, a tempestade veio... apenas houve tempo de amarrar n
ade! Uma noite, a tempestade veio... apenas houve tempo de a
rrar nossas munições... Fora mister ver o Oceano bramindo
, pare saber o que é a borrasca!... fora mister vê-la de u
jangada à luz da tempestade, às blasfêmias dos que não
à luz da tempestade, às blasfêmias dos que não crêem e
ldizem, às lágrimas dos que esperam e desesperam, aos solu
, às blasfêmias dos que não crêem e maldizem, às lágri
s dos que esperam e desesperam, aos soluços dos que tremem
ga que varria nossas tábuas descosidas arrastava um homem,
s cada vaga que me rugia aos pés parecia respeitar-me. Era
a morte era para os filhos de Deus, não pare o bastardo do
l! Toda aquela noite, passei-a com a mulher do comandante no
tardo do mal! Toda aquela noite, passei-a com a mulher do co
ndante nos braços. Era um himeneu terrível aquele que se c
te nos braços. Era um himeneu terrível aquele que se consu
va entre um descrido e uma mulher pálida que enlouquecia: o
eneu terrível aquele que se consumava entre um descrido e u
mulher pálida que enlouquecia: o tálamo era o oceano, a e
lher pálida que enlouquecia: o tálamo era o oceano, a escu
das vagas era a seda que nos a alcatifava o leito. Em meio
Quando a aurora veio, restávamos cinco: eu, a mulher do co
ndante, ele e dois marinheiros… Alguns dias comemos umas b
, restávamos cinco: eu, a mulher do comandante, ele e dois
rinheiros… Alguns dias comemos umas bolachas repassadas da
comandante, ele e dois marinheiros… Alguns dias comemos u
s bolachas repassadas da salsugem da água do mar. Depois tu
as comemos umas bolachas repassadas da salsugem da água do
r. Depois tudo o que houve de mais horrível se passou...
das da salsugem da água do mar. Depois tudo o que houve de
is horrível se passou... — Por que empalideces, Solfieri!
assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o homem? é a escu
que ferve hoje na torrente e amanha desmaia, alguma coisa d
O que é o homem? é a escuma que ferve hoje na torrente e a
nha desmaia, alguma coisa de louco e movediço como a vaga,
o homem? é a escuma que ferve hoje na torrente e amanha des
ia, alguma coisa de louco e movediço como a vaga, de fatal
a escuma que ferve hoje na torrente e amanha desmaia, algu
coisa de louco e movediço como a vaga, de fatal como o sep
esperanças, oscilamos entre o passado visionário e este a
nhã do velho, gelado e ermo despido como um cadáver que se
a! loucura! — Muito bem! miséria e loucura! interrompeu u
voz. O homem que falara era um velho. A fronte se lhe desca
a sulcavam: eram ondas que o vento da velhice lhe cavava no
r da vida... Sob espessas sobrancelhas grisalhas lampejavam-
bria parte dos lábios. Trazia um gibão negro e roto, e um
nto desbotado, da mesma cor, lhe caia dos ombros. — Quem
Trazia um gibão negro e roto, e um manto desbotado, da mes
cor, lhe caia dos ombros. — Quem és, velho? perguntou o
pestade era medonha, entrei. Boa-noite, senhores! se houver
is uma taça na vossa mesa, enchei-a ate as bordas e beberei
e era medonha, entrei. Boa-noite, senhores! se houver mais u
taça na vossa mesa, enchei-a ate as bordas e beberei convo
ertei ao fogo da batalha a mão do homem do século. Bebi nu
taverna com Bocage — o português, ajoelhei-me na Itália
s braços na primeira noite de embriaguez e de febre — e u
agonia de poeta... Dela, tenho uma rosa murcha e a fita que
iaguez e de febre — e uma agonia de poeta... Dela, tenho u
rosa murcha e a fita que prendia seus cabelos. Dele olhai..
lençol vermelho o invólucro: desataram-no: dentro estava u
caveira. — Uma caveira! gritaram em torno: és um profana
o invólucro: desataram-no: dentro estava uma caveira. — U
caveira! gritaram em torno: és um profanador de sepulturas
o disse: — a poesia é a insânia. Talvez o gênio seja u
alucinação e o entusiasmo precise da embriaguez para escr
ão no cadáver. Na vida misteriosa de Dante, nas orgias de
rlowe, no peregrinar de Byron havia uma sombra da doença de
Dante, nas orgias de Marlowe, no peregrinar de Byron havia u
sombra da doença de Hamlet: quem sabe? — Mas a que vem t
Byron havia uma sombra da doença de Hamlet: quem sabe? —
s a que vem tudo isso? — Não bradastes — miséria e lou
isso? — Não bradastes — miséria e loucura!... vós, al
s onde talvez borbulhava o sopro de Deus, cérebros que a lu
ebei a lembrança do cérebro que ardeu nesse crânio, da al
que aí habitou, do poeta louco — Werner! e eu bradarei a
í habitou, do poeta louco — Werner! e eu bradarei ainda u
vez: — miséria e loucura! O velho esvaziou o copo, embu
ontinuou a sua história — Eu vos dizia que ia passar-se u
coisa horrível: não havia mais alimentos, e no homem desp
vos dizia que ia passar-se uma coisa horrível: não havia
is alimentos, e no homem despertava a voz do instinto, das e
tranhas que tinham fome, que pediam seu cevo como o cão do
tadouro, fosse embora sangue. A fome! a sede!... tudo quanto
fosse embora sangue. A fome! a sede!... tudo quanto há de
is horrível!... Na verdade, senhores, o homem é uma criatu
há de mais horrível!... Na verdade, senhores, o homem é u
criatura perfeita? Estatuário sublime, Deus esgotou no tal
se-lhe: Vê, tudo isso e belo — vales e montes, águas do
r que espumam, folhas das florestas que tremem e sussurram c
tudo isso e belo — vales e montes, águas do mar que espu
m, folhas das florestas que tremem e sussurram como as asas
nha a fronte olímpica nessas brisas, nesse orvalho, na escu
dessas cataratas. Sonha como a noite, canta como os anjos,
re as flores! Olha! entre as folhas floridas do vale dorme u
criatura branca como o véu das minhas virgens, loira como
aragens do céu nos arvoredos da terra. É tua: acorda-a, a
-a e ela te amará; no seio dela, nas ondas daquele cabelo,
u nos arvoredos da terra. É tua: acorda-a, ama-a e ela te a
rá; no seio dela, nas ondas daquele cabelo, afoga-te como o
levanta-te, vai, e serás feliz! Tudo isso é belo, sim!...
s é a ironia mais amarga, a decepção mais árida de todas
e serás feliz! Tudo isso é belo, sim!... mas é a ironia
is amarga, a decepção mais árida de todas as ironias e de
ás feliz! Tudo isso é belo, sim!... mas é a ironia mais a
rga, a decepção mais árida de todas as ironias e de todas
é belo, sim!... mas é a ironia mais amarga, a decepção
is árida de todas as ironias e de todas as decepções. Tud
que se perde nas nuvens, que se aquenta no eflúvio da luz
is ardente do sol — cair assim com as asas torpes e vermin
sas no lodo das charnecas? Poeta! porque no meio do arroubo
is sublime do espírito, uma voz sarcástica e mefistofélic
oeta! porque no meio do arroubo mais sublime do espírito, u
voz sarcástica e mefistofélica te brada: — meu Faust, i
lica te brada: — meu Faust, ilusões... a realidade é a
téria!?... Deus escreveu L n a ´g k h na fronte de sua cri
Don Juan! porque choras a esse beijo morno de Haidea que des
ia-te nos braços?!... a prostituta vender-tos-a amanhã mai
que desmaia-te nos braços?!... a prostituta vender-tos-a a
nhã mais queimadores!... Miséria!... E dizer que tudo o qu
smaia-te nos braços?!... a prostituta vender-tos-a amanhã
is queimadores!... Miséria!... E dizer que tudo o que há d
nos braços?!... a prostituta vender-tos-a amanhã mais quei
dores!... Miséria!... E dizer que tudo o que há de mais di
queimadores!... Miséria!... E dizer que tudo o que há de
is divino no homem, de mais santo e perfumado na alma se inf
!... E dizer que tudo o que há de mais divino no homem, de
is santo e perfumado na alma se infunde no lodo da realidade
udo o que há de mais divino no homem, de mais santo e perfu
do na alma se infunde no lodo da realidade, se revolve no ch
há de mais divino no homem, de mais santo e perfumado na al
se infunde no lodo da realidade, se revolve no charco e ach
de no lodo da realidade, se revolve no charco e ache ainda u
convulsão infame pare dizer — sou feliz!. . . Isso tudo,
er — sou feliz!. . . Isso tudo, senhores, pare dizer-vos u
coisa muito simples... um fato velho e batido, uma pratica
zer-vos uma coisa muito simples... um fato velho e batido, u
pratica do mar, uma lei do naufrágio — a antropofagia. D
isa muito simples... um fato velho e batido, uma pratica do
r, uma lei do naufrágio — a antropofagia. Dois dias depoi
ito simples... um fato velho e batido, uma pratica do mar, u
lei do naufrágio — a antropofagia. Dois dias depois de a
s de acabados os alimentos, restavam três pessoas: eu, o co
ndante e ela. — Eram três figuras macilentas como o cadá
ês pessoas: eu, o comandante e ela. — Eram três figuras
cilentas como o cadáver, cujos peitos nus arquejavam como a
e sombrios se injetavam de sangue como a loucura. O uso do
r — não quero dizer a voz da natureza física, o brado do
a voz da natureza física, o brado do egoísmo do homem —
nda a morte de um para a vida de todos. Tiramos a sorte... o
a morte de um para a vida de todos. Tiramos a sorte... o co
ndante teve por lei morrer. Então o instinto de vida se lhe
ntão o instinto de vida se lhe despertou ainda. Por um dia
is, de existência, mais um dia de fome e sede, de leito úm
da se lhe despertou ainda. Por um dia mais, de existência,
is um dia de fome e sede, de leito úmido e varrido pelos ve
ede, de leito úmido e varrido pelos ventos frios do norte,
is umas horas mortas de blasfêmia e de agonia, de esperanç
e leito úmido e varrido pelos ventos frios do norte, mais u
s horas mortas de blasfêmia e de agonia, de esperança e de
meus pés... — Olhai, dizia o miserável, esperemos até a
nhã... Deus terá compaixão de nos... Por vossa mãe, pela
ixai, deixai-me ainda viver! Oh! a esperança é pois como u
parasita que morde e despedaça o tronco, mas quando ele ca
é pois como uma parasita que morde e despedaça o tronco,
s quando ele cai, quando morre e apodrece, ainda o aperta em
perta em seus convulsos braços! Esperar! quando o vento do
r açoita as ondas, quando a escuma do oceano vos lava o cor
perar! quando o vento do mar açoita as ondas, quando a escu
do oceano vos lava o corpo lívido e nu, quando o horizonte
u ri-me do velho. Tinha as entranhas em fogo. Morrer hoje, a
nhã, ou depois... tudo me era indiferente, mas hoje eu tinh
Morrer hoje, amanhã, ou depois... tudo me era indiferente,
s hoje eu tinha fome, e ri-me porque tinha fome. O velho lem
colhera a seu bordo, por piedade de mim, lembrou-me que me a
va... e uma torrente de soluços e lágrimas afogava o bravo
eu bordo, por piedade de mim, lembrou-me que me amava... e u
torrente de soluços e lágrimas afogava o bravo que nunca
mbrou-me que me amava... e uma torrente de soluços e lágri
s afogava o bravo que nunca empalidecera diante da morte. Pa
faces, lhes ensopa as mãos, correm a morte como um rio ao
r, como a cascavel ao fogo. Mas assim... no deserto das águ
correm a morte como um rio ao mar, como a cascavel ao fogo.
s assim... no deserto das águas... eles temem-na, tremem di
Então o homem ergueu-se. A fúria levantou nele com a últi
agonia. Cambaleava e um suor frio lhe corria no peito desca
he corria no peito descarnado. Apertou-me nos seus braços a
relentos, e lutamos ambos corpo a corpo, peito a peito, pé
eito a peito, pé por pé... por um dia de miséria! A lua a
relada erguia sua face desbotada, como uma meretriz cansada
miséria! A lua amarelada erguia sua face desbotada, como u
meretriz cansada de uma noite de devassidão, o céu escuro
da erguia sua face desbotada, como uma meretriz cansada de u
noite de devassidão, o céu escuro parecia zombar desses d
curo parecia zombar desses dois moribundos que lutavam por u
hora de agonia... O valente do combate desfalecia... caiu:
cadáver foi nosso alimento dois dias... Depois, as aves do
r já baixavam para partilhar minha presa; e às minhas noit
para partilhar minha presa; e às minhas noites fastientas u
sombra vinha reclamar sua ração de carne humana... Lancei
presa; e às minhas noites fastientas uma sombra vinha recla
r sua ração de carne humana... Lancei os restos ao mar...
fastientas uma sombra vinha reclamar sua ração de carne hu
na... Lancei os restos ao mar... Eu e a mulher do comandante
reclamar sua ração de carne humana... Lancei os restos ao
r... Eu e a mulher do comandante passamos um dia, dois, sem
rne humana... Lancei os restos ao mar... Eu e a mulher do co
ndante passamos um dia, dois, sem comer nem beber... Então
orrer comigo. — Eu disse-lhe que sim. Esse dia foi a últi
agonia do amor que nos queimava: gastamo-lo em convulsões
que sim. Esse dia foi a última agonia do amor que nos quei
va: gastamo-lo em convulsões para sentir ainda o mel fresco
os dela a fraqueza a fazia desvairar. O delírio tornava-se
is longo, mais longo: debruçava-se nas ondas e bebia a águ
aqueza a fazia desvairar. O delírio tornava-se mais longo,
is longo: debruçava-se nas ondas e bebia a água salgada, e
debruçava-se nas ondas e bebia a água salgada, e oferecia-
nas mãos pálidas, dizendo que era vinho. As gargalhadas f
álidas, dizendo que era vinho. As gargalhadas frias vinham
is de entuviada... Estava louca. Não dormi, não podia dorm
entuviada... Estava louca. Não dormi, não podia dormir: u
modorra ardente me fervia as pálpebras, o hálito de meu p
orvalhavam de sangue. Tinha febre no cérebro... e meu estô
go tinha fome. Tinha fome como a fera. Apertei-a nos meus br
o bela! Não sei que delírio estranho se apoderou de mim. U
vertigem me rodeava. O mar parecia rir de mim, e rodava em
rio estranho se apoderou de mim. Uma vertigem me rodeava. O
r parecia rir de mim, e rodava em torno, escumante e esverde
e rodeava. O mar parecia rir de mim, e rodava em torno, escu
nte e esverdeado, como um sorvedouro. As nuvens pairavam cor
sangue negro. O vento que me passava nos cabelos murmurava u
lembrança. De repente senti-me só. Uma onda me arrebatara
cabelos murmurava uma lembrança. De repente senti-me só. U
onda me arrebatara o cadáver. Eu o vi boiar pálido como s
com os cabelos banhados de água; eu via-o erguer-se na escu
das vagas, desaparecer, e boiar de novo; depois não o dist
agas, desaparecer, e boiar de novo; depois não o distingui
is: — era como a escuma das vagas, como um lençol lançad
r de novo; depois não o distingui mais: — era como a escu
das vagas, como um lençol lançado nas águas... Quantas h
, ou embebes-te no sabor do último trago do vinho, da últi
fumaça do teu cachimbo? — Não: quando contavas tua hist
embebes-te no sabor do último trago do vinho, da última fu
ça do teu cachimbo? — Não: quando contavas tua história
imbo? — Não: quando contavas tua história, lembrava-me u
folha da vida, folha seca e avermelhada como as do outono e
e avermelhada como as do outono e que o vento varreu. — U
história? — Sim: e uma das minhas historias. Sabes, Bert
outono e que o vento varreu. — Uma história? — Sim: e u
das minhas historias. Sabes, Bertram, eu sou pintor... É u
das minhas historias. Sabes, Bertram, eu sou pintor... É u
lembrança triste essa que vou revelar, porque é a histór
velhos sublimes, em cujas cabeças as cãs semelham o diade
prateado do gênio. Velho já, casara em segundas núpcias
eado do gênio. Velho já, casara em segundas núpcias com u
beleza de vinte anos. Godofredo era pintor: diziam uns que
este casamento fora um amor artístico por aquela beleza ro
na, como que feita ao molde das belezas antigas; outros cria
ha única de seu primeiro casamento, Laura!... corada como u
rosa e loira como um anjo. Eu era nesse tempo moço: era ap
longos quarenta e dois anos de vida! Eu era aquele tipo de
ncebo ainda puro do ressumbrar infantil, pensativo e melanc
mestre. Nauza tinha vinte e eu tinha dezoito anos. Amei-a;
s meu amor era puro como meus sonhos de dezoito anos. Nauza
ra puro como meus sonhos de dezoito anos. Nauza também me a
va: era um sentir tão puro! era uma emoção solitária e p
anos. Nauza também me amava: era um sentir tão puro! era u
emoção solitária e perfumosa como as primaveras cheias d
o puro! era uma emoção solitária e perfumosa como as pri
veras cheias de flores e de brisas que nos embalavam aos cé
avam aos céus da Itália. Como eu o disse: o mestre tinha u
filha chamada Laura. Era uma moca pálida, de cabelos casta
us da Itália. Como eu o disse: o mestre tinha uma filha cha
da Laura. Era uma moca pálida, de cabelos castanhos e olhos
mo eu o disse: o mestre tinha uma filha chamada Laura. Era u
moca pálida, de cabelos castanhos e olhos azulados; sua te
ar-me, ao passar pelo corredor escuro com minha lâmpada,, u
sombra me apagava a luz e um beijo me pousava nas faces, na
me pousava nas faces, nas trevas. Muitas noites foi assim. U
manhã — eu dormia ainda — o mestre saíra e Nauza fora
pousava nas faces, nas trevas. Muitas noites foi assim. Uma
nhã — eu dormia ainda — o mestre saíra e Nauza fora a
Acordei nos braços dela. O fogo de meus dezoito anos, a pri
vera virginal de uma beleza, ainda inocente, o seio seminu d
dela. O fogo de meus dezoito anos, a primavera virginal de u
beleza, ainda inocente, o seio seminu de uma donzela a bate
a virginal de uma beleza, ainda inocente, o seio seminu de u
donzela a bater sobre o meu, isso tudo... ao despertar dos
sobre o meu, isso tudo... ao despertar dos sonhos alvos da
drugada, me enlouqueceu... Todas as manhãs Laura vinha a me
r dos sonhos alvos da madrugada, me enlouqueceu... Todas as
nhãs Laura vinha a meu quarto... Três meses passaram assim
peças a meu pai, ouves, Gennaro? Eu calei-me. — Não me a
s então? Eu calei-me. — Oh! Gennaro! Gennaro! E caiu no m
Carreguei-a assim fria e fora de si para seu quarto. Nunca
is tornou a falar-me em casamento. Que havia de eu fazer? co
eu fazer? contar tudo ao pai e pedi-la em casamento? Fora u
loucura... Ele me mataria e a ela: ou pelo menos me expulsa
o ao pai e pedi-la em casamento? Fora uma loucura... Ele me
taria e a ela: ou pelo menos me expulsaria de sua casa...: E
menos me expulsaria de sua casa...: E Nauza? cada vez eu a a
va mais. Era uma luta terrível essa que se travava entre o
me expulsaria de sua casa...: E Nauza? cada vez eu a amava
is. Era uma luta terrível essa que se travava entre o dever
ria de sua casa...: E Nauza? cada vez eu a amava mais. Era u
luta terrível essa que se travava entre o dever e o amor,
e o amor, e entre o dever e o remorso. Laura não me falara
is. Seu sorriso era frio: cada dia tornava-se mais pálida,
o me falara mais. Seu sorriso era frio: cada dia tornava-se
is pálida, mas a gravidez não crescia, antes mais nenhum s
is. Seu sorriso era frio: cada dia tornava-se mais pálida,
s a gravidez não crescia, antes mais nenhum sinal se lhe no
tornava-se mais pálida, mas a gravidez não crescia, antes
is nenhum sinal se lhe notava ... O velho levava as noites p
ão pintava. Vendo a filha que morria aos sons secretos de u
harmonia de morte, que empalidecia cada vez mais, o misérr
secretos de uma harmonia de morte, que empalidecia cada vez
is, o misérrimo arrancava as cãs. Eu contudo não esquecer
pre noites de esperança e de sede que me banhavam de lágri
s o travesseiro. Só as vezes a sombra de um remorso me pass
ravesseiro. Só as vezes a sombra de um remorso me passava,
s a imagem dela dissipava todas essas névoas ... Uma noite.
iro. Só as vezes a sombra de um remorso me passava, mas a i
gem dela dissipava todas essas névoas ... Uma noite... foi
ssava, mas a imagem dela dissipava todas essas névoas ... U
noite... foi horrível... vieram chamar-me: Laura morria. N
s essas névoas ... Uma noite... foi horrível... vieram cha
r-me: Laura morria. Na febre murmurava meu nome e palavras q
o: eu te perdôo tudo... Eras um infame... Morrerei... Fui u
louca... Morrerei... por tua causa... teu filho... o meu...
por tua causa... teu filho... o meu... vou vê-lo ainda...
s no céu... Meu filho que matei... antes de nascer... Deu u
. o meu... vou vê-lo ainda... mas no céu... Meu filho que
tei... antes de nascer... Deu um grito, estendeu convulsivam
ito, estendeu convulsivamente os braços como para repelir u
idéia, passou a mão pelos lábios como para enxugar as ú
éia, passou a mão pelos lábios como para enxugar as últi
s gotas de uma bebida, estorceu-se no leito, lívida, fria,
mão pelos lábios como para enxugar as últimas gotas de u
bebida, estorceu-se no leito, lívida, fria, banhada de suo
depois as passadas pesadas do mestre se ouviam pelo quarto,
s vacilantes como de um bêbedo que cambaleia. Uma noite eu
o quarto, mas vacilantes como de um bêbedo que cambaleia. U
noite eu disse a Nauza que a amava: ajoelhei-me junto dela,
um bêbedo que cambaleia. Uma noite eu disse a Nauza que a a
va: ajoelhei-me junto dela, beijei-lhe as mãos, reguei seu
e junto dela, beijei-lhe as mãos, reguei seu colo de lágri
s. Ela voltou a face: eu cri que era desdém, ergui-me —En
cri que era desdém, ergui-me —Então Nauza, tu não me a
s, disse eu. Ela permanecia com o rosto voltado. — Adeus,
ergui-me —Então Nauza, tu não me amas, disse eu. Ela per
necia com o rosto voltado. — Adeus, pois; perdoai-me se vo
do. — Adeus, pois; perdoai-me se vos ofendi; meu amor é u
loucura, minha vida é uma desesperança — o que me resta
i-me se vos ofendi; meu amor é uma loucura, minha vida é u
desesperança — o que me resta? Adeus, irei longe daqui..
ndo ergui a cabeça, eu a vi: ela estava debulhada em lágri
s. — Nauza! Nauza! uma palavra, tu me amas? . . . . . . .
a vi: ela estava debulhada em lágrimas. — Nauza! Nauza! u
palavra, tu me amas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
bulhada em lágrimas. — Nauza! Nauza! uma palavra, tu me a
s? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tudo o
is foi um sonho: a lua passava entre os vidros da janela abe
filha, eu as passava no leito dele, nos braços de Nauza. U
noite houve um fato pasmoso. O mestre veio ao leito de Nauz
ao quarto de Laura... Atirou-me ao chão: fechou a porta. U
lâmpada estava acesa no quarto defronte de um painel. Ergu
l. Ergueu o lençol que o cobria. Era Laura moribunda! E eu
cilento como ela tremia como um condenado. A moca com seus l
um calafrio se apoderou de mim. Ajoelhei-me, e chorei lágri
s ardentes. Confessei tudo: parecia-me que era ela quem o ma
mas ardentes. Confessei tudo: parecia-me que era ela quem o
ndava, que era Laura que se erguia dentre os lençóis do se
remorso e no remorso me rasgava o peito. Por Deus! que foi u
agonia! No outro dia o mestre conversou comigo friamente. L
conversou comigo friamente. Lamentou a falta de sua filha,
s sem uma lágrima. Mas sobre o passado na noite, nem palavr
u comigo friamente. Lamentou a falta de sua filha, mas sem u
lágrima. Mas sobre o passado na noite, nem palavra. Todas
friamente. Lamentou a falta de sua filha, mas sem uma lágri
. Mas sobre o passado na noite, nem palavra. Todas as noites
mente. Lamentou a falta de sua filha, mas sem uma lágrima.
s sobre o passado na noite, nem palavra. Todas as noites era
e o passado na noite, nem palavra. Todas as noites era a mes
tortura, todos os dias a mesma frieza. O mestre era sonâmb
ra. Todas as noites era a mesma tortura, todos os dias a mes
frieza. O mestre era sonâmbulo… E pois eu não me cri pe
E pois eu não me cri perdido… Contudo, lembrei-me que u
noite, quando eu saia do quarto de Laura com o mestre, no e
do eu saia do quarto de Laura com o mestre, no escuro vira u
roupa branca passar-me por perto, roçaram-me uns cabelos s
me uns cabelos soltos, e nas lájeas do corredor estalavam u
s passadas tímidas de pés nus Era Nauza que tudo vira c tu
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . U
noite, depois da ceia, o mestre Walsh tomou sua capa e uma
Uma noite, depois da ceia, o mestre Walsh tomou sua capa e u
lanterna e chamou-me para acompanhá-lo. Tinha de sair fora
has secas do chão. Caminhamos juntos muito tempo: cada vez
is nos entranhávamos pelas montanhas, cada vez o caminho er
nos entranhávamos pelas montanhas, cada vez o caminho era
is solitário. O velho parou. Era na fralda de uma montanha.
minho era mais solitário. O velho parou. Era na fralda de u
montanha. À direita o rochedo se abria num trilho: à esqu
som como de água onde cai um peso… A noite era escuríssi
. Apenas a lanterna alumiava o caminho tortuoso que seguíam
s do caminho. Por fim vi-a parar. O velho bateu a porta de u
cabana: a porta abriu-se. Entrou. O que aí se passou nem o
e aí se passou nem o sei: quando a porta abriu-se de novo u
mulher lívida e desgrenhada apareceu com um facho na mão.
do, despiu a capa e disse-me: — Gennaro, quero contar-te u
história. É um crime, quero que sejas juiz dele. Um velho
crime, quero que sejas juiz dele. Um velho era casado com u
moça bela. De outras núpcias tinha uma filha bela também
ho era casado com uma moça bela. De outras núpcias tinha u
filha bela também Um aprendiz — um miserável que ele er
el que ele erguera da poeira, como o vento às vezes ergue u
folha, mas que ele podia reduzir a ela quando quisesse… E
erguera da poeira, como o vento às vezes ergue uma folha,
s que ele podia reduzir a ela quando quisesse… Eu estremec
as ao Cristo. — Mestre, perdão! — Perdão! e perdoou o
lvado ao pobre coração do velho? — Piedade! — E teve e
os corvos e os vermes. E pois, se tens ainda no coração
ldito um remorso, reza tua última oração: mas seja breve.
e tens ainda no coração maldito um remorso, reza tua últi
oração: mas seja breve. O algoz espera a vítima, a hiena
no coração maldito um remorso, reza tua última oração:
s seja breve. O algoz espera a vítima, a hiena tem fome de
tua última oração: mas seja breve. O algoz espera a víti
, a hiena tem fome de cadáver… Eu estava ali pendente jun
morte. Tinha só a escolher o suicídio ou ser assassinado.
tar o velho era impossível. Uma luta entre mim e ele fora i
icídio ou ser assassinado. Matar o velho era impossível. U
luta entre mim e ele fora insana. Ele era robusto, a sua es
losos me quebrariam como o vendaval rebenta um ramo seco. De
is, ele estava armado. Eu... eu era uma criança débil: ao
como o vendaval rebenta um ramo seco. Demais, ele estava ar
do. Eu... eu era uma criança débil: ao meu primeiro passo
enta um ramo seco. Demais, ele estava armado. Eu... eu era u
criança débil: ao meu primeiro passo ele me arrojaria da
Só me restaria morrer com ele, arrastá-lo na minha queda.
s para que? E curvei-me no abismo: tudo era negro, o vento l
nhais ressequidos, e a torrente lá chocalhava no fundo escu
ndo nas pedras. Eu tive medo. Orações, ameaças, tudo seri
bios estalados de febre. Só vi aquele riso... Depois foi u
vertigem… o ar que sufocava, um peso que me arrastava, co
que me arrastava, como naqueles pesadelos em que se cai de u
torre e se fica preso ainda pela mão, mas a mão cansa, fr
em que se cai de uma torre e se fica preso ainda pela mão,
s a mão cansa, fraqueja, sua, esfria... Era horrível: ramo
pinhais. A queda era muito rápida… De repente não senti
is nada…Quando acordei estava junto a uma cabana de campon
pente não senti mais nada…Quando acordei estava junto a u
cabana de camponeses que me tinham apanhado junto da torren
e me tinham apanhado junto da torrente, preso nos ramos de u
azinheira gigantesca que assombrava o rio. Era depois de um
ra gigantesca que assombrava o rio. Era depois de um dia e u
noite de delírios que eu acordara. Logo que sarei, uma id
e uma noite de delírios que eu acordara. Logo que sarei, u
idéia me veio: ir ter com o mestre. Ao ver-me salvo assim
então eu seria seu escravo, seu cão, tudo o que houvesse
is abjeto num homem que se humilha — tudo! — contanto qu
topei um punhal. Ergui-o: era o do mestre. Veio-me então u
idéia de vingança e de soberba. Ele quisera matar-me, ele
me então uma idéia de vingança e de soberba. Ele quisera
tar-me, ele tinha rido à minha agonia e eu havia ir chorar-
aos pés para ele repelir-me ainda, cuspir-me nas faces, e a
nhã procurar outra vingança mais segura?... Eu humilhar-me
da, cuspir-me nas faces, e amanhã procurar outra vingança
is segura?... Eu humilhar-me quando ele me tinha abatido! Os
o e as portas que davam para ele estavam também fechadas. U
delas era fraca: com pouco esforço arrombei-a. Ao estrondo
espondeu nas salas. Todas as janelas estavam fechadas: nem u
lamparina acesa. Caminhei tateando ate a sala do pintor. Ch
a e um bafo pestilento corria daí. O raio da luz bateu em u
mesa. Junto estava uma forma de mulher com a face na mesa,
corria daí. O raio da luz bateu em uma mesa. Junto estava u
forma de mulher com a face na mesa, e os cabelos caídos: a
daí. O raio da luz bateu em uma mesa. Junto estava uma for
de mulher com a face na mesa, e os cabelos caídos: atirado
mulher com a face na mesa, e os cabelos caídos: atirado nu
poltrona um vulto coberto com um capote. Entre eles um copo
frasco vazio. Depois eu o soube — a velha da cabana era u
mulher que vendia veneno e fora ela decerto que o vendera,
elos da mulher, levantei-lhe a cabeça... — Era Nauza!...
s Nauza cadáver, já desbotada pela podridão. Não era aqu
desbotada pela podridão. Não era aquela estátua alvíssi
de outrora, as faces macias e colo de neve... Era um corpo
o. Não era aquela estátua alvíssima de outrora, as faces
cias e colo de neve... Era um corpo amarelo... Levantei uma
de outrora, as faces macias e colo de neve... Era um corpo a
relo... Levantei uma ponta da capa do outro: o corpo caiu de
macias e colo de neve... Era um corpo amarelo... Levantei u
ponta da capa do outro: o corpo caiu de bruços com a cabe
m e roxo e apodrecido!... Eu o vi: — da boca lhe corria u
escuma esverdeada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
xo e apodrecido!... Eu o vi: — da boca lhe corria uma escu
esverdeada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V CLAUDIUS HER
NN . . . Ecstacy! My guise as yours doth temperately keep ti
. Ecstacy! My guise as yours doth temperately keep time And
kes a healthful music: It is not madness. That I have utter'
emperately keep time And makes a healthful music: It is not
dness. That I have utter'd. Hamlet. Shakespeare — E tu, He
ness. That I have utter'd. Hamlet. Shakespeare — E tu, Her
nn! Chegou a tua vez. Um por um evocamos ao cemitério do pa
dáver. Um por um erguemo-lhe o sudário para amostrar-lhe u
nódoa de sangue. Fala que chegou tua vez. — Claudius son
. — Claudius sonha algum soneto ao jeito do Petrarca, algu
auréola de pureza como a dos espíritos puros da Messiada!
ureza como a dos espíritos puros da Messiada! disse entre u
fumaça e uma gargalhada Johann erguendo a cabeça da mesa.
como a dos espíritos puros da Messiada! disse entre uma fu
ça e uma gargalhada Johann erguendo a cabeça da mesa. —
os espíritos puros da Messiada! disse entre uma fumaça e u
gargalhada Johann erguendo a cabeça da mesa. — Pois bem!
Eu pudera conta-las, como vos, loucuras de noites de orgia;
s para que? Fora escárnio Faust ir lembrar a Mefistóteles
er das ruas pudera conta-lo. Nessa torrente negra que se cha
a vida, e que corre para o passado enquanto nos caminhamos
sfolhei muitas crenças, e lancei despidas as minhas roupas
is perfumadas, para trajar a túnica da Saturnal! O passado
itas crenças, e lancei despidas as minhas roupas mais perfu
das, para trajar a túnica da Saturnal! O passado é o que f
rchou, o sol que se apagou, o cadáver que apodreceu. Lágri
s a ele? fora loucura! Que durma com suas lembranças negras
dáver que apodreceu. Lágrimas a ele? fora loucura! Que dur
com suas lembranças negras! revivam: acordem apenas os mio
le pântano! Sobreágüe naquele não-ser o eflúvio de algu
lembrança pura! — Bravo! Bravíssimo! Claudius, estas co
romântico! — Silêncio, Bertram! certo que esta não é u
lenda para inscrever-se após das vossas: uma dessas coisas
esta não é uma lenda para inscrever-se após das vossas: u
dessas coisas que se contêm com os cotovelos na toalha ver
a, e os lábios borrifados de vinho e saciados de beijos...
s que importa ? Vos todos, que amais o jogo, que vistes um d
o e saciados de beijos... Mas que importa ? Vos todos, que a
is o jogo, que vistes um dia correr naquele abismo uma onda
que amais o jogo, que vistes um dia correr naquele abismo u
onda de ouro e redemoinhar-lhe no fundo, como um mar de esp
abismo uma onda de ouro e redemoinhar-lhe no fundo, como um
r de esperanças que se embate na ressaca do acaso, sabeis m
e milhares de homens, onde fortuna, aspirações, a vida mes
vão-se na rapidez de uma corrida, onde todo esse complexo
fortuna, aspirações, a vida mesma vão-se na rapidez de u
corrida, onde todo esse complexo de misérias e desejos, de
lexo de misérias e desejos, de crimes e virtudes que se cha
a existência se joga numa parelha de cavalos! Apostei como
, de crimes e virtudes que se chama a existência se joga nu
parelha de cavalos! Apostei como homem a quem não doera em
a quem não doera empobrecer: o luxo também sacia, e essa u
saciedade terrível! para ela nada basta... nem as danças
nada basta... nem as danças do Oriente, nem as lupercais ro
nas, nem os incêndios de uma cidade inteira lhe alimentaria
do Oriente, nem as lupercais romanas, nem os incêndios de u
cidade inteira lhe alimentariam a seiva de morte, essa vita
era rico, muito rico então: em Londres ninguém ostentava
is dispendiosas devassidões: nenhum nababo numa noite esper
m ostentava mais dispendiosas devassidões: nenhum nababo nu
noite esperdiçava somas como eu. O suor de três geraçõe
iosas devassidões: nenhum nababo numa noite esperdiçava so
s como eu. O suor de três gerações derramava-o eu no leit
esperdiçava somas como eu. O suor de três gerações derra
va-o eu no leito das perdidas e no chão das minhas orgias.
riso... e depois eram as frontes que se expandiam e depois u
mulher passou a cavalo. Víssei-la como eu, no cavalo negro
lábios finos, o esmero do colo ressaltando nas roupas de a
zona: víssei-la assim e, à fé, senhores, que não havíei
que não havíeis rir de escárnio como rides agora! — Ro
ntismo! deves estar muito ébrio, Claudius, para que nos teu
sse Harlowe, pobre anjo, cujas asas brancas ele ia desbotar
ldizendo essa fatalidade que fez do amor uma infâmia e um c
ele ia desbotar maldizendo essa fatalidade que fez do amor u
infâmia e um crime. Mil vezes insanos que nunca sonhastes
s sonoras e vãs que um pugilo de homens pálidos entende, u
escada de sons e harmonias que aquelas almas loucas parecem
lidos entende, uma escada de sons e harmonias que aquelas al
s loucas parecem idéias e lhes despertam ilusões como a lu
spertam ilusões como a lua as sombras... Isto no que se cha
os poetas. Agora, no ideal, na mulher, o ressaibo do últim
poetas. Agora, no ideal, na mulher, o ressaibo do último ro
nce, o delírio e a paixão da última heroína de novela e
ressaibo do último romance, o delírio e a paixão da últi
heroína de novela e o presente incerto e vago de um gozo m
sabe-lo por que... — Silêncio, Bertram! teu cérebro quei
ram-to os vinhos, como a lava de um vulcão as relvas e flor
Silêncio! és como essas plantas que nascem e mergulham no
r morto: cobre-as uma cristalização calcária, enfezam-se
ssas plantas que nascem e mergulham no mar morto: cobre-as u
cristalização calcária, enfezam-se e mirram. A poesia, e
a, eu to direi também por minha vez, é o vôo das aves da
nhã no banho morno das nuvens vermelhas da madrugada, é o
o das aves da manhã no banho morno das nuvens vermelhas da
drugada, é o cervo que se role no orvalho da montanha relvo
no orvalho da montanha relvosa, que se esquece da morte de a
nhã, da agonia de ontem em seu leito de flores! — Basta,
, como o disse Hamlet; e tudo isso é inanido e vazio como u
caveira seca, mentiroso como os vapores infectos da terra q
ra que o sol no crepúsculo irisa de mil cores, e que se cha
m as nuvens, ou essa fada zombadora e nevoenta que se chama
amam as nuvens, ou essa fada zombadora e nevoenta que se cha
a poesia! — A história! a historia! Claudius, não vês
não sei o que ouvi, nem o que vi; sei só que lá estava u
mulher, bela como tudo quanto passa mais puro à concepçã
só que lá estava uma mulher, bela como tudo quanto passa
is puro à concepção do estatuário. Essa mulher era a duq
fera! seis meses! como foram longos! Um dia achei que era de
is. Todo esse tempo havia passado em contemplação, em vê-
odo esse tempo havia passado em contemplação, em vê-la, a
-la e sonhá-la: apertei minhas mãos jurando que isso não
Gulnare aos pés do Corsário, a ele cabia ir ter com ela. U
noite tudo dormia no palácio do duque. A duquesa, cansada
o estremecia-lhe sua luz dourada na testa pálida. Parecia u
fade que dormia ao luar... O reposteiro do quarto agitou-se
il e ele a repousava no portal. A fraqueza era covarde: e de
is, esse homem comprara uma chave e uma hora a infâmia vena
tal. A fraqueza era covarde: e demais, esse homem comprara u
chave e uma hora a infâmia venal de um criado, esse homem
eza era covarde: e demais, esse homem comprara uma chave e u
hora a infâmia venal de um criado, esse homem jurava que n
e adultério, não riais deles — não que ele ria disso. A
va e queria: a sua vontade era como a folha de um punhal —
eados de pedraria e flores, seus seios meio-nus, onde os dia
ntes brilhavam como gotas de orvalho, ergueu-a nos braços,
11. Manuma
VIDE ICATU-
12. Brasileiro
eiro que era sinômino de "Criatividade" se transformou em "
FÉ". . "O brasileiro tem que louvar, servir e ser fiel ao
13. Oitava-rima
Exemplo: Tradução do poema épico do poeta ro
no Virgílio ?Eneida? feita por João Franco Barreto, poeta
eto, poeta português: Livro V - página 238 Estrofe 148 A u
voz todas juntas requeriam, 1º verso rima A (requeriam) Qu
8 Estrofe 148 A uma voz todas juntas requeriam, 1º verso ri
A (requeriam) Que lhes dessem cidade, porque odioso. 2º ve
queriam) Que lhes dessem cidade, porque odioso. 2º verso ri
B (odioso) Lhes era navegar, e não podiam 3º verso rima A
rima B (odioso) Lhes era navegar, e não podiam 3º verso ri
A (pediam) Co' o trabalho do mar tempestuoso. 4º verso rim
, e não podiam 3º verso rima A (pediam) Co' o trabalho do
r tempestuoso. 4º verso rima B (tempestuoso) Por tanto, com
a A (pediam) Co' o trabalho do mar tempestuoso. 4º verso ri
B (tempestuoso) Por tanto, como não se lhe escondiam 5º v
pestuoso) Por tanto, como não se lhe escondiam 5º verso ri
A (requeriam) Tretas de mal fazer, com enganoso 6º verso r
ão se lhe escondiam 5º verso rima A (requeriam) Tretas de
l fazer, com enganoso 6º verso rima B (enganoso) Rosto, dei
A (requeriam) Tretas de mal fazer, com enganoso 6º verso ri
B (enganoso) Rosto, deixando o habito, e maneira 7º verso
oso 6º verso rima B (enganoso) Rosto, deixando o habito, e
neira 7º verso rima C (maneira) De deusa, entre elas entra
(enganoso) Rosto, deixando o habito, e maneira 7º verso ri
C (maneira) De deusa, entre elas entra mui matreira, 8º ve
noso) Rosto, deixando o habito, e maneira 7º verso rima C (
neira) De deusa, entre elas entra mui matreira, 8º verso ri
a 7º verso rima C (maneira) De deusa, entre elas entra mui
treira, 8º verso rima C (matreira) Verso Decassílabo, dez
neira) De deusa, entre elas entra mui matreira, 8º verso ri
C (matreira) Verso Decassílabo, dez sílabas poéticas: A
De deusa, entre elas entra mui matreira, 8º verso rima C (
treira) Verso Decassílabo, dez sílabas poéticas: A u/ma/
(matreira) Verso Decassílabo, dez sílabas poéticas: A u/
/ voz/ to/das/ jun/tas/ re/que/riam 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10