Exemplos de
Al
212 resultados encontrados
1. Polissílaba
2. Inferno
er, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trab
ho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seo
) (*"Seol", "Xeol" ou "Cheol", IBB, BJ, BMD; "a sepultura",
, So; "inferno", Dy; "região dos mortos", MC.)
3. Patíbulo
"Ele subiu com calma ao patíbulo, resoluto e v
ente", disse o conselheiro de Segurança Nacional, Muafaq al
esoluto e valente", disse o conselheiro de Segurança Nacion
, Muafaq al-Rubai, que testemunhou a execução.
4. Etimologia
os quatro elementos dos exércitos na época: elefantes, cav
aria, carruagens (ou barcos) e infantaria, os quais eram as
) schatrayan -> schatrayn -> shadrayn / shadran -> (árabe)
xedrech -> alxedrez -> aljedrez (espanhol) e xadrez (portug
> schatrayn -> shadrayn / shadran -> (árabe) al xedrech ->
xedrez -> aljedrez (espanhol) e xadrez (português). No orie
-> shadrayn / shadran -> (árabe) al xedrech -> alxedrez ->
jedrez (espanhol) e xadrez (português). No oriente se torno
e (xiangi -> xongi) Shogi (Japão). O estudo da origem das p
avras pode, contudo, levar a armadilhas e a falácias etimol
origem das palavras pode, contudo, levar a armadilhas e a f
ácias etimológicas. Um exemplo, bastante discutido, é o d
ias etimológicas. Um exemplo, bastante discutido, é o da p
avra cadáver que, segundo alguns autores, teria origem na i
, bastante discutido, é o da palavra cadáver que, segundo
guns autores, teria origem na inscrição latina "Caro Data
deste género. Hoje é defendido pelos etimologistas que a p
avra deriva da raiz latina "cado", que significa "caído". A
ltado. Um exemplo de armadilha brasileira é etimologia da p
avra forró. Muitos acreditam que tenha vindo de for all, do
da palavra forró. Muitos acreditam que tenha vindo de for
l, do inglês, durante a Segunda Guerra Mundial, quando os e
vindo de for all, do inglês, durante a Segunda Guerra Mundi
, quando os estadunidenses tinham bases no nordeste brasilei
idenses tinham bases no nordeste brasileiro. Entretanto, a p
avra é uma simples derivação de forrobodó e já existia
5. Alcova
árabe, al-kobba significa esconderijo (MÉRITO, 1957), loc
onde se busca segurança. Também é o quarto da mulher e p
r extensão, o quarto de dormir, onde o território individu
ou de um grupo familiar é marcado. No século XIX, alcova
ividual ou de um grupo familiar é marcado. No século XIX,
cova era o quarto dos prazeres, um espaço muitas vezes sem
ão, nem iluminação: o ambiente mais privado da casa. Atu
mente, pode-se afirmar que a alcova é um espaço relacionad
nte mais privado da casa. Atualmente, pode-se afirmar que a
cova é um espaço relacionado à territorialidade e ao espa
afirmar que a alcova é um espaço relacionado à territori
idade e ao espaço íntimo e pessoal, onde o acesso não é
relacionado à territorialidade e ao espaço íntimo e pesso
, onde o acesso não é permitido a qualquer um; ela é impo
aço íntimo e pessoal, onde o acesso não é permitido a qu
quer um; ela é importante porque a privacidade é uma neces
6. Belial
ta palavra são da Biblia sagrada. O termo habraico [beliya'
] é aplicado a idéias, a palavras e a conselhos (De 15:9;
ada. O termo habraico [beliya'al] é aplicado a idéias, a p
avras e a conselhos (De 15:9; Sal 101:3; Na 1:11), a circuns
é aplicado a idéias, a palavras e a conselhos (De 15:9; S
101:3; Na 1:11), a circunstâncias calamitosas (Sal 41;8),
conselhos (De 15:9; Sal 101:3; Na 1:11), a circunstâncias c
amitosas (Sal 41;8), e, mais frequentemente a homens imprest
15:9; Sal 101:3; Na 1:11), a circunstâncias calamitosas (S
41;8), e, mais frequentemente a homens imprestáveis da esp
reiniciou a escrita da Bíblia, no primeiro século, ''Beli
'' era usado como nome para Satanás. Assim, quando Paulo es
escreveu em 2Coríntios 6:15 na sua série de contrastes par
elos: ''Que harmonia há entre Cristo e Belial?'' a conclus
contrastes paralelos: ''Que harmonia há entre Cristo e Beli
?'' a conclusão usualmente tirada é que ''Belial'' é Sata
''Que harmonia há entre Cristo e Belial?'' a conclusão usu
mente tirada é que ''Belial'' é Satanás. A Pesito Siriaca
sto e Belial?'' a conclusão usualmente tirada é que ''Beli
'' é Satanás. A Pesito Siriaca aqui reza ''Satanás''.
7. Deontologia
bem estar, passando longe do tema felicidade." LEOPARDI et
. O Processo de trabalho em saúde - 1999)
8. Eufrates
e Bassora (VIDE) se une ao rio Tigre for- mando o rio Shatt
-Arab, que deságua no Golfo Pérsico.
9. Et al.
10. Algarve
11. Teológico
12. Atafona
13. Atalaia
14. Enxovia
15. Barca
Deslizando na canção Tudo isso é paz Tudo isso traz Uma c
ma de verão E então O barquinho vai E a tardinha cai AUTO
------------------------------------------------ Auto de mor
idade composto por Gil Vicente por contemplação da serení
e representado por seu mandado ao poderoso príncipe e mui
to rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome. Começa a de
poderoso príncipe e mui alto rei Manuel, primeiro de Portug
deste nome. Começa a declaração e argumento da obra. Pri
que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qu
per força havemos de passar em um de dous batéis que naqu
proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais infern
e um companheiro. O primeiro intrelocutor é um Fidalgo que
infernal e um companheiro. O primeiro intrelocutor é um Fid
go que chega com um Paje, que lhe leva um rabo mui comprido
Paje, que lhe leva um rabo mui comprido e üa cadeira de esp
das. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.
ra de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fid
go venha. DIABO À barca, à barca, houlá! que temos gentil
eito, feito! Bem está! Vai tu muitieramá, e atesa aquele p
anco e despeja aquele banco, pera a gente que virá. À barc
eito! DIABO Abaixa aramá esse cu! Faze aquela poja lesta e
ija aquela driça. COMPANHEIRO Oh-oh, caça! Oh-oh, iça, i
Oh, que caravela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga
ta! Âncora a pique! - Ó poderoso dom Anrique, cá vindes v
Anrique, cá vindes vós?... Que cousa é esta?... Vem o Fid
go e, chegando ao batel infernal, diz: FIDALGO Esta barca on
cousa é esta?... Vem o Fidalgo e, chegando ao batel infern
, diz: FIDALGO Esta barca onde vai ora, que assi está aperc
ta?... Vem o Fidalgo e, chegando ao batel infernal, diz: FID
GO Esta barca onde vai ora, que assi está apercebida? DIABO
O Vai pera a ilha perdida, e há-de partir logo ess'ora. FID
GO Pera lá vai a senhora? DIABO Senhor, a vosso serviço. F
Pera lá vai a senhora? DIABO Senhor, a vosso serviço. FID
GO Parece-me isso cortiço... DIABO Porque a vedes lá de fo
ce-me isso cortiço... DIABO Porque a vedes lá de fora. FID
GO Porém, a que terra passais? DIABO Pera o inferno, senhor
rém, a que terra passais? DIABO Pera o inferno, senhor. FID
GO Terra é bem sem-sabor. DIABO Quê?... E também cá zomb
é bem sem-sabor. DIABO Quê?... E também cá zombais? FID
GO E passageiros achais pera tal habitação? DIABO Vejo-vos
. E também cá zombais? FIDALGO E passageiros achais pera t
habitação? DIABO Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso
? DIABO Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso cais... FID
GO Parece-te a ti assi!... DIABO Em que esperas ter guarida?
arece-te a ti assi!... DIABO Em que esperas ter guarida? FID
GO Que leixo na outra vida quem reze sempre por mi. DIABO Qu
eira! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. FID
GO Quê? Quê? Quê? Assi lhe vai?! DIABO Vai ou vem! Embarc
Pois que já a morte passastes, haveis de passar o rio. FID
GO Não há aqui outro navio? DIABO Não, senhor, que este f
este fretastes, e primeiro que expirastes me destes logo sin
. FIDALGO Que sinal foi esse tal? DIABO Do que vós vos cont
etastes, e primeiro que expirastes me destes logo sinal. FID
GO Que sinal foi esse tal? DIABO Do que vós vos contentaste
rimeiro que expirastes me destes logo sinal. FIDALGO Que sin
foi esse tal? DIABO Do que vós vos contentastes. FIDALGO A
xpirastes me destes logo sinal. FIDALGO Que sinal foi esse t
? DIABO Do que vós vos contentastes. FIDALGO A estoutra bar
sinal foi esse tal? DIABO Do que vós vos contentastes. FID
GO A estoutra barca me vou. Hou da barca! Para onde is? Ah,
aviado estou! Cant'a isto é já pior...) Oue jericocins, s
vanor! Cuidam cá que são eu grou? ANJO Que quereis? FIDALG
salvanor! Cuidam cá que são eu grou? ANJO Que quereis? FID
GO Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do P
so é esta em que navegais. ANJO Esta é; que demandais? FID
GO Que me leixeis embarcar. Sou fidalgo de solar, é bem que
é; que demandais? FIDALGO Que me leixeis embarcar. Sou fid
go de solar, é bem que me recolhais. ANJO Não se embarca t
me recolhais. ANJO Não se embarca tirania neste batel divin
. FIDALGO Não sei porque haveis por mal que entre a minha s
lhais. ANJO Não se embarca tirania neste batel divinal. FID
GO Não sei porque haveis por mal que entre a minha senhoria
ia neste batel divinal. FIDALGO Não sei porque haveis por m
que entre a minha senhoria... ANJO Pera vossa fantesia mui
... ANJO Pera vossa fantesia mui estreita é esta barca. FID
GO Pera senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venh
antesia mui estreita é esta barca. FIDALGO Pera senhor de t
marca nom há aqui mais cortesia? Venha a prancha e atavio!
res! Oh! que maré tão de prata! Um ventozinho que mata e v
entes remadores! Diz, cantando: Vós me veniredes a la mano,
do: Vós me veniredes a la mano, a la mano me veniredes. FID
GO Ao Inferno, todavia! Inferno há i pera mi? Oh triste! En
is, e, chegando ao nosso cais, todos bem vos serviremos. FID
GO Esperar-me-ês vós aqui, tornarei à outra vida ver minh
se quer matar por mi. Dia, Que se quer matar por ti?!... FID
GO Isto bem certo o sei eu. DIABO Ó namorado sandeu, o maio
i eu. DIABO Ó namorado sandeu, o maior que nunca vi!... FID
GO Como pod'rá isso ser, que m'escrevia mil dias? DIABO Qua
O Quantas mentiras que lias, e tu... morto de prazer!... FID
GO Pera que é escarnecer, quem nom havia mais no bem? DIABO
o bem? DIABO Assi vivas tu, amém, como te tinha querer! FID
GO Isto quanto ao que eu conheço... DIABO Pois estando tu e
do, se estava ela requebrando com outro de menos preço. FID
GO Dá-me licença, te peço, que vá ver minha mulher. DIAB
gritas, foi dar graças infinitas a quem a desassombrou. FID
GO Cant'a ela, bem chorou! DIABO Nom há i choro de alegria?
u. FIDALGO Cant'a ela, bem chorou! DIABO Nom há i choro de
egria?.. FIDALGO E as lástimas que dezia? DIABO Sua mãe lh
t'a ela, bem chorou! DIABO Nom há i choro de alegria?.. FID
GO E as lástimas que dezia? DIABO Sua mãe lhas ensinou...
ntrai, meu senhor, entrai: Ei la prancha! Ponde o pé... FID
GO Entremos, pois que assi é. DIABO Ora, senhor, descansai,
escansai, passeai e suspirai. Em tanto virá mais gente. FID
GO Ó barca, como és ardente! Maldito quem em ti vai! Diz o
anto virá mais gente. FIDALGO Ó barca, como és ardente! M
dito quem em ti vai! Diz o Diabo ao Moço da cadeira: DIABO
ela! Chegar ela! Muitos e de boamente! Oh! que barca tão v
ente! Vem um Onzeneiro, e pergunta ao Arrais do Inferno, diz
til recear, e que cousas pera mi!... ONZENEIRO Ainda agora f
eci, leixa-me buscar batel! DIABO Pesar de Jam Pimentel! Por
. ONZENEIRO Mas pera onde é a passagem? DIABO Pera a infern
comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu tal barca. Estoutra tem
? DIABO Pera a infernal comarca. ONZENEIRO Dix! Nom vou eu t
barca. Estoutra tem avantagem. Vai-se à barca do Anjo, e d
ração. ONZENEIRO Lá me fica, de rondão, minha fazenda e
hea. ANJO Ó onzena, como és fea e filha de maldição! Tor
a fazenda e alhea. ANJO Ó onzena, como és fea e filha de m
dição! Torna o Onzeneiro à barca do Inferno e diz: ONZENE
mpre te ajudou. ONZENEIRO Oh! Triste, quem me cegou? DIABO C
'te, que cá chorarás. Entrando o Onzeneiro no batel, onde
chorarás. Entrando o Onzeneiro no batel, onde achou o Fid
go embarcado, diz tirando o barrete: ONZENEIRO Santa Joana d
embarcado, diz tirando o barrete: ONZENEIRO Santa Joana de V
dês! Cá é vossa senhoria? FIDALGO Dá ò demo a cortesia!
ONZENEIRO Santa Joana de Valdês! Cá é vossa senhoria? FID
GO Dá ò demo a cortesia! DIABO Ouvis? Falai vós cortês!
ssa senhoria? FIDALGO Dá ò demo a cortesia! DIABO Ouvis? F
ai vós cortês! Vós, fidalgo, cuidareis que estais na voss
demo a cortesia! DIABO Ouvis? Falai vós cortês! Vós, fid
go, cuidareis que estais na vossa pousada? Dar-vos-ei tanta
Hiu! Barca do cornudo. Pêro Vinagre, beiçudo, rachador d'
verca, huhá! Sapateiro da Candosa! Antrecosto de carrapato!
sto de carrapato! Hiu! Hiu! Caga no sapato, filho da grande
eivosa! Tua mulher é tinhosa e há-de parir um sapo chantad
VO Hou da barca! ANJO Que me queres? PARVO Queres-me passar
ém? ANJO Quem és tu? PARVO Samica alguém. ANJO Tu passar
ARVO Queres-me passar além? ANJO Quem és tu? PARVO Samica
guém. ANJO Tu passarás, se quiseres; porque em todos teus
u passarás, se quiseres; porque em todos teus fazeres per m
ícia nom erraste. Tua simpreza t'abaste pera gozar dos praz
ra gozar dos prazeres. Espera entanto per i: veremos se vem
guém, merecedor de tal bem, que deva de entrar aqui. Vem um
Espera entanto per i: veremos se vem alguém, merecedor de t
bem, que deva de entrar aqui. Vem um Sapateiro com seu aven
bem, que deva de entrar aqui. Vem um Sapateiro com seu avent
e carregado de formas, e chega ao batel infernal, e diz: SA
m seu avental e carregado de formas, e chega ao batel infern
, e diz: SAPATEIRO Hou da barca! DIABO Quem vem i? Santo sap
ste excomungado: Nom o quiseste dizer. Esperavas de viver, c
aste dous mil enganos... Tu roubaste bem trint'anos o povo c
s que darão? E as horas dos finados? DIABO E os dinheiros m
levados, que foi da satisfação? SAPATEIRO Ah! Nom praza
NJO Essa barca que lá está Leva quem rouba de praça. Oh!
mas embaraçadas! SAPATEIRO Ora eu me maravilho haverdes por
FRADE Juro a Deus que nom t'entendo! E este hábito no me v
? DIABO Gentil padre mundanal, a Berzebu vos encomendo! FRAD
entendo! E este hábito no me val? DIABO Gentil padre mundan
, a Berzebu vos encomendo! FRADE Corpo de Deus consagrado! P
á a sentença! FRADE Pardeus! Essa seria ela! Não vai em t
caravela minha senhora Florença. Como? Por ser namorado e
folgar com üa mulher se há um frade de perder, com tanto s
mo rezado?!... DIABO Ora estás bem aviado! FRADE Mais está
ontra sus! Um fendente! Ora sus! Esta é a primeira levada.
to! Levantai a espada! Talho largo, e um revés! E logo colh
a sus! Esta é a primeira levada. Alto! Levantai a espada! T
ho largo, e um revés! E logo colher os pés, que todo o al
Talho largo, e um revés! E logo colher os pés, que todo o
no é nada! Quando o recolher se tarda o ferir nom é prude
ais de homem denodado. Aqui estou tão bem guardado como a p
há n'albarda. Saio com meia espada... Hou lá! Guardai as q
omem denodado. Aqui estou tão bem guardado como a palhá n'
barda. Saio com meia espada... Hou lá! Guardai as queixadas
meia espada... Hou lá! Guardai as queixadas! DIABO Oh que v
entes levadas! FRADE Ainda isto nom é nada... Demos outra v
quinta verdadeira. - Oh! quantos daqui feria!... Padre que t
aprendia no Inferno há-de haver pingos?!... Ah! Nom praza
o, frade? FRADE Senhora, dá-me à vontade que este feito m
está. Vamos onde havemos d'ir! Não praza a Deus coa a rib
, enfim, concrudir. DIABO Haveis, padre, de viir. FRADE Agas
hai-me lá Florença, e compra-se esta sentença: ordenemos
enemos de partir. Tanto que o Frade foi embarcado, veio üa
coviteira, per nome Brízida Vaz, a qual chegando à barca i
embarcado, veio üa Alcoviteira, per nome Brízida Vaz, a qu
chegando à barca infernal, diz desta maneira: BRÍZIDA Hou
eira, per nome Brízida Vaz, a qual chegando à barca infern
, diz desta maneira: BRÍZIDA Hou lá da barca, hou lá! DIA
a já? COMPANHEIRO Diz que nom há-de vir cá sem Joana de V
dês. DIABO Entrai vós, e remarês. BRÍZIDA Nom quero eu e
e três arcas de feitiços que nom podem mais levar. Três
mários de mentir, e cinco cofres de enlheos, e alguns furto
ar. Três almários de mentir, e cinco cofres de enlheos, e
guns furtos alheos, assi em jóias de vestir, guarda-roupa d
rios de mentir, e cinco cofres de enlheos, e alguns furtos
heos, assi em jóias de vestir, guarda-roupa d'encobrir, enf
o? BRÍZIDA Lá hei-de ir desta maré. Eu sô üa mártela t
!... Açoutes tenho levados e tormentos suportados que ningu
tenho levados e tormentos suportados que ninguém me foi igu
. Se fosse ò fogo infernal, lá iria todo o mundo! A estout
uportados que ninguém me foi igual. Se fosse ò fogo infern
, lá iria todo o mundo! A estoutra barca, cá fundo, me vou
o mundo! A estoutra barca, cá fundo, me vou, que é mais re
. Chegando à Barca da Glória diz ao Anjo: Barqueiro mano,
Santa Úrsula nom converteu tantas cachopas como eu: todas s
vas polo meu que nenhüa se perdeu. E prouve Àquele do Céu
que eis me vou? E já há muito que aqui estou, e pareço m
cá de fora. DIABO Ora entrai, minha senhora, e sereis bem
nhor meirinho apraz? Senhor meirinho, irei eu? DIABO E o fid
go, quem lhe deu... JUDEU O mando, dizês, do batel? Correge
urtaste a chiba cabrão? Parecês-me vós a mim gafanhoto d'
meirim chacinado em um seirão. DIABO Judeu, lá te passarã
comia a carne da panela no dia de Nosso Senhor! E aperta o s
vador, e mija na caravela! DIABO Sus, sus! Demos à vela! V
me há-de levar! Há 'qui meirinho do mar? DIABO Não há t
costumagem. CORREGEDOR Nom entendo esta barcagem, nem hoc n
es tempus, bacharel! Imbarquemini in batel quia Judicastis m
itia. CORREGEDOR Sempre ego justitia fecit, e bem por nivel.
ulher levava? CORREGEDOR Isso eu não o tomava eram lá perc
ços seus. Nom som pecatus meus, peccavit uxore mea. DIABO E
que o dar quebra os pinedos? Os direitos estão quedos, sed
iquid tradidistis... DIABO Ora entrai, nos negros fados! Ire
dos. Estando o Corregedor nesta prática com o Arrais infern
chegou um Procurador, carregado de livros, e diz o Correged
passai-nos neste batel! ANJO Oh! pragas pera papel, pera as
mas odiosos! Como vindes preciosos, sendo filhos da ciência
quinis ubi sunt? Ego latinus macairos. ANJO A justiça divin
vos manda vir carregados porque vades embarcados nesse bate
da vir carregados porque vades embarcados nesse batel infern
. CORREGEDOR Oh! nom praza a São Marçal! coa ribeira, nem
nesse batel infernal. CORREGEDOR Oh! nom praza a São Març
! coa ribeira, nem co rio! Cuidam lá que é desvario haver
, nem co rio! Cuidam lá que é desvario haver cá tamanho m
! PROCURADOR Que ribeira é esta tal! PARVO Parecês-me vós
ario haver cá tamanho mal! PROCURADOR Que ribeira é esta t
! PARVO Parecês-me vós a mi como cagado nebri, mandado no
VO Parecês-me vós a mi como cagado nebri, mandado no Sardo
. Embarquetis in zambuquis! CORREGEDOR Venha a negra prancha
tornar a tecer e urdir outra meada. BRÍZIDA Dizede, juiz d'
çada: vem lá Pêro de Lixboa? Levá-lo-emos à toa e irá
em um homem que morreu Enforcado, e, chegando ao batel dos m
-aventurados, disse o Arrais, tanto que chegou: DIABO Venhai
rdião do moesteiro nom tinha tão santa gente como Afonso V
ente que é agora carcereiro. DIABO Dava-te consolação iss
ue é agora carcereiro. DIABO Dava-te consolação isso, ou
gum esforço? ENFORCADO Com o baraço no pescoço, mui mal p
u algum esforço? ENFORCADO Com o baraço no pescoço, mui m
presta a pregação... E ele leva a devação que há-de to
já feito é o burel. Agora não sei que é isso: não me f
ou em ribeira, nem barqueiro, nem barqueira, senão - logo
sei que aqui faço: que é desta glória emproviso? DIABO F
ou-te no Purgatório? ENFORCADO Disse que era o Limoeiro, e
ório? ENFORCADO Disse que era o Limoeiro, e ora por ele o s
teiro e o pregão vitatório; e que era mui notório que àq
ero-te desenganar: se o que disse tomaras, certo é que te s
varas. Não o quiseste tomar... - Alto! Todos a tirar, que e
maras, certo é que te salvaras. Não o quiseste tomar... -
to! Todos a tirar, que está em seco o batel! - Saí vós, F
ue está em seco o batel! - Saí vós, Frei Babriel! Ajudai
i a botar! Vêm Quatro Cavaleiros cantando, os quais trazem
Saí vós, Frei Babriel! Ajudai ali a botar! Vêm Quatro Cav
eiros cantando, os quais trazem cada um a Cruz de Cristo, pe
cantando, os quais trazem cada um a Cruz de Cristo, pelo qu
Senhor e acrecentamento de Sua santa fé católica morreram
adre Santa Igreja. E a cantiga que assi cantavam, quanto a p
avra dela, é a seguinte: CAVALEIROS À barca, à barca segu
que assi cantavam, quanto a palavra dela, é a seguinte: CAV
EIROS À barca, à barca segura, barca bem guarnecida, à ba
em guarnecida, à barca, à barca da vida! Senhores que trab
hais pola vida transitória, memória , por Deus, memória d
cudos, disse o Arrais da perdição desta maneira: DIABO Cav
eiros, vós passais e nom perguntais onde is? 1º CAVALEIRO
O Cavaleiros, vós passais e nom perguntais onde is? 1º CAV
EIRO Vós, Satanás, presumis? Atentai com quem falais! 2º
? 1º CAVALEIRO Vós, Satanás, presumis? Atentai com quem f
ais! 2º CAVALEIRO Vós que nos demandais? Siquer conhecê-n
O Vós, Satanás, presumis? Atentai com quem falais! 2º CAV
EIRO Vós que nos demandais? Siquer conhecê-nos bem: morrem
s demandais? Siquer conhecê-nos bem: morremos nas Partes d'
ém, e não queirais saber mais. DIABO Entrai cá! Que cousa
trai cá! Que cousa é essa? Eu nom posso entender isto! CAV
EIROS Quem morre por Jesu Cristo não vai em tal barca como
er isto! CAVALEIROS Quem morre por Jesu Cristo não vai em t
barca como essa! Tornaram a prosseguir, cantando, seu camin
rca da Glória, e, tanto que chegam, diz o Anjo: ANJO Ó cav
eiros de Deus, a vós estou esperando, que morrestes pelejan
elejando por Cristo, Senhor dos Céus! Sois livres de todo m
, mártires da Santa Igreja, que quem morre em tal peleja me
de todo mal, mártires da Santa Igreja, que quem morre em t
peleja merece paz eternal. E assi embarcam.