98. Grupiara
Cascalheira (depósito de cascalho aurífero lavado) depositada na beira de córrego ou rio, acima do nível de suas águas. A palavra deriva do tupi "ku'ru" = seixo + "pi'ara"= que fica.
97. Tartária
Tartária é também o nome de uma antiga estação ferroviária da Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM). De acordo com informações contidas na página virtual "Estações Ferroviárias do Brasil" (www.estacoesferroviarias.com.br), "a Estação Ferroviária da Tartária foi inaugurada em 1888. A partir do ano de 1966, com a ampliação de bitola para métrica e retificação do trecho Aureliano Mourão-Divinópolis, a estação foi desativada e posteriormente demolida. Uma nova estação com o mesmo nome passou a atender a linha de bitola métrica..." Carlos Chagas Filho (filho do cientista Carlos Chagas) registrou este depoimento sobre a sua passagem pela Estação da Tartária: "... o trem parava numa pequena estação onde era servido um rápido almoço. Tudo para mim era maravilhoso e, mais ainda, a passagem pela estação da Tartária de onde se via, um pouco ao alto, a Fazenda de meu tio Henrique. (...) Ficam na minha memória afetiva, as atenções e o carinho que recebi de todos os parentes com quem convivi na Tartária e em Oliveira." (In: www.vertentes.com.br/chagas/ontem.htm).
96. Oliveira
Oliveira é um município brasileiro do Estado de Minas Gerais. Fica 165 quilômetros a sudoeste de Belo Horizonte. Possui 39.469 habitantes (censo 2010 - IBGE). É a cidade natal do médico sanitarista Carlos Chagas (nascido na Fazenda Bom Retiro, próxima a Oliveira). Carlos Chagas foi o descobridor da Doença de Chagas.
95. Tartária
TARTÁRIA: denominação de uma antiga fazenda, construída provavelmente no ano de 1760, e que fica localizada no Município de Santo Antônio do Amparo - Estado de Minas Gerais - Brasil.
94. Ninho de guacho
Guacho (Guaxo ou Guaxe) é um passarídeo da família Emberizidae (subfamília Icterinae, espécie Cacicus haemorrhous) que constrói ninhos usando gravetos trançados em torno dos ramos pendente das árvores. O pássaro é também conhecido por Japira, Japiim-do-Mato, Japim-Guaxe.
93. Laço
Espécie de corda forte, comprida, trançada artesanalmente, geralmente em couro cru, que era/é usada para os peões prenderem - ou laçarem - animais nas fazendas.
92. Tartária
FAZENDA DA TARÁRIA é o nome de uma antiga fazenda, construída por volta do ano de 1760 e que fica situada no Município de Santo Antônio do Amparo - MG:
"... Foi comprada pelo Cap. Carlos Ribeiro da Silva com parte da sua sede já construída. Embora não se tenha encontrado nenhuma prova documental em relação a seus primeiros proprietários nem sobre a data em que foi construída, estima-se que isso tenha sido (...) na década de 1760. (...) Posteriormente, o Cap. Henrique da Silva Castro, filho do Cap. Carlos e de sua esposa Ana Cândida, recebeu a Fazenda da Tartária como herança de seus pais, conforme está explícito nos autos do inventário do Cap. Henrique, de 1957 (Cartório do 1º de Oliveira-MG). Ele nasceu nessa fazenda em 1873 e faleceu aos 83 anos em Oliveira. Casou-se com Maria José de Castro, Zezé, sua sobrinha, filha de Adolfo Ribeiro de Castro, filho do Cap. Carlos e Joana Felícia (primeiro matrimônio). Na descrição do montante dos bens deixados pelo Cap. Henrique, relacionam-se a casa-sede e as construções rurais que a circundam: paiol, tulha, moinho, fábrica de polvilho, casinhas para empregados, além de terras de cultura e campo com aproximadamente 400 aqueires (1736ha). (...) A fazenda era autosuficiente, cultivando praticamente tudo: cereais, café, mandioca (comestível e para fabricação de polvilho), frutas, hortaliças etc. Criava gado de raça Caracu, aves domésticas e carneiros. Fabricava manteiga do creme extraído do leite que, acondicionada em caixas era vendida em São João del-Rei. O soro era aproveitado para complementar a alimentação dos porcos, necessários para consumo na própria fazenda e para abastecimento dos empregados; o excedente era vendido. (Observa-se que mais de 30 famílias moravam na propriedade, em casinhas dispersas, dedicando-se a diversas atividades). (...) A importância da Fazenda da Tartária, além do porte de suas atividades agropecuárias, ligava-se também ao fato de o Cap. Henrique ter sidoi homem de muito bom conceito, relacionado com pessoas proeminentes, por laços de parentesco ou amizade. (...) Além da instrução formal recebida por seus dez filhos e filhas fora de casa, algumas delas aprenderam também a tocar piano, violino e acordeão com um italiano chamado Rociotti Volpi que passou uma temporada naquela Fazenda. Preocupou-se o Cap. Henrique não apenas coma educação de seus filhos. Instalou na Fazenda uma escola rural, cujas primeiras professoras foram algumas de suas filhas. (...) O casal Max Zeringota de Castro e Maria Lúcia Vivas de Castro, a quem pertence agora a Fazenda da Tartária, lá reside e a mantém com muito cuidado e carinho. (...) No tempo do Cap. Henrique, a Fazenda era servida pela Estrada de Ferro Oeste de Minas, com a Estação da Tartária localizada a 500m da sede. (...) A sede da Tartária, quanto à sua aparência externa e sistemas construtivos, assemelha-se à da Fazenda Bom Retiro, que também pertenceu ao Cap. Carlos Ribeiro da Silva. (...) Tem porão alto na parte da frente e lateral à direita e a estrutura dessa parte em pedra seca, a superior em pau-a-pique. Na parede à esquerda da casa,com alicerce menos elevado em relação ao nível do solo, aparecem pontas de barrotes sobre o baldrame à vista. Sobre eles, grossa prancha de madeira sustenta a parede externa. Os espaços entre os barrotes ficam abertos para funcionar como respiradouros, constituindo um conjunto interessante. À vista também os esteios, frechais e cachorrada dos beirais em madeira. (...) A propriedade, atualmente, conta com pastagens em braquiária para engorda de gado. Embora com área reduzida, a Fazenda ainda é produtiva. Seus proprientários moram lá em ambiente aconchegante, que tratam de preservar com esforços e cuidados, assim como a história da Fazenda da Tartária.". (Fonte das informações: Helena Teixeira Martins, em "Sede de Fazendas Mineiras - Campos das Vertentes, séculos XVIII e XIX", Belo Horizonte: BDMG Cultural, 1998 - páginas 109 a 117).
91. Uai
"O berço da expressão popular dos mineiros UAI:
Segundo o odontólogo Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os incentivou a lhe pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação provavelmente confiável.
Os Inconfidentes Mineiros, patriotas mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se por meio de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem Maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: quem é?, e os de fora respondiam :
UAI - as iniciais de União, Amor e Independência. Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.
Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas.
Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, incorporaram-na ao vocabulário quotidiano, quase tão indispensável como
tutu e trem.
Uai, sô ... TREM BÃO..."
Nota:
A matéria acima saiu no Jornal Correio Brasiliense
90. Ponto facultativo
FACULTATIVO - Ponto: é uma espécie de "feriado", decretado pelos governos em dias úteis, nas datas especiais para o Município/Estado ou Nação, decreto válido apenas para os servidores das repartições públicas de sua alçada administrativa, os quais, naquelas datas data ficam dispensados do ponto, e, consequentemente, do serviço.
89. Pipoca
É o produto dos grãos de milho, estourados/arrebentados em panela, no calor do fogo (eles explodem, quando aquecidos); a pipoca se come, temperada com sal (ou com açúcar e/ou outros condimentos e ingredientes que nela se queira acrescentar).
88. Torar
Transformar (a madeira) em toras, ou seja, cortar troncos de árvores, separar deles a galhada, deixando-os prontos para ser serrados e transformados em táboas.
87. Pirraça
Diz se da artimanha (ou manha, uma espécie de chantagem) da criança para sensibilizar os adultos para conseguir o que ela deseja; em alguns locais diz-se: birra (ou seja, a criança geralmente chora, esperneia, grita, rola no chão até conseguir o que deseja).
86. Pimba
O finalizar de um ato; o realizar de uma ação.
85. Cio
estado em que ficam as fêmeas quando estão na época fértil; período de excitação propício para o sexo; desejo de praticar sexo; período em que as fêmeas dos animais aceitam a cópula dos machos (e vice-versa).
84. Entochar
fazer entrar com força, empurrar, meter, apertar.